A participação, o conhecimento, e o direito de decidir são condicionantes da vida dos cidadãos. Delas dependem as perspectivas de mudança nas políticas económicas, sociais e culturais.
Por todo o País, em grandes e pequenas reuniões, os militantes comunistas participam na construção das orientações políticas do Partido para os próximos anos, que serão aprovadas no XVII Congresso do PCP, que se realiza em Almada em Novembro. O plenário regional de quadros de Setúbal, realizado anteontem, no qual participaram cerca de 350 militantes, foi só uma delas.
O Congresso do PS não passou ao lado da intervenção de Jerónimo de Sousa no plenário do Barreiro. O dirigente do PCP teceu alguns omentários, «independentemente de uma avaliação posterior».
Carlos Carvalhas anunciou, na terça-feira, no Faial, Açores, onde se encontrava a participar na campanha eleitoral da CDU para as próximas eleições regionais, que deixará as funções de secretário-geral do PCP no próximo Congresso.
«Blanqui Teixeira foi, é, um daqueles “indispensáveis” de que nos fala o belíssimo e sempre actual e inspirador poema de Brecht», disse Albano Nunes, domingo, no funeral.
A campanha de esclarecimento do PCP, «Consigo para vencermos este Governo», está já por todo o País e consta de um folheto e cinco cartazes. Carlos Carvalhas colou os primeiros.
O PCP pretende fazer, em Matosinhos, o que a maioria PS não faz e lhe cabia fazer: Ouvir os órgãos autárquicos das freguesias e as populações acerca do plano para o próximo ano.
A central prepara um dia em que se façam ouvir, por todo o País, o protesto e a revolta dos trabalhadores, referiu Carvalho da Silva no Congresso da União dos Sindicatos de Braga.
Os trabalhadores manifestaram-se frente à Câmara de Matosinhos, no dia 30, em defesa da refinaria do Porto, do terminal de Leça e da Petrogal como empresa pública.
Sindicalistas do STAL e do STML manifestaram-se, dia 30, em Lisboa, após a aprovação do caderno reivindicativo para 2005, certos de que a luta pode travar as intenções do Governo.
A Direcção Nacional da JCP, reunida na semana passada, alerta para a «indisfarçável brutal ofensiva contra direitos e garantias dos trabalhadores e da juventude».
A revolução está em marcha na Venezuela, garante Inês Zuber, dirigente da JCP que visitou o país recentemente e que, em entrevista, fala no ambiente que se vive e nas mudanças que estão em curso.
A política de imigração do Governo é uma «monumental fraude política, social e económica». A acusação é do PCP, para quem esta política apenas serve o patronato sem escrúpulos.
O Parlamento aprovou, com os votos favoráveis do PSD, CDS/PP e PS, a proposta de resolução governamental destinada a ratificar a Concordata, rubricada em Maio pelo anterior Executivo e pelo Vaticano.
O Governo apresentou no dia 24 de Setembro uma proposta de Lei do Arrendamento Urbano, que deixou centenas de milhar de famílias a fazer contas à vida. Em entrevista ao Avante!, Romão Lavadinho, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses, acusa o Governo de demagogia e denunciou que esta lei vai criar novos pobres e atingir duramente a classe média portuguesa.
Os holandeses quebraram o verniz saindo para a rua na maior manifestação das últimas duas décadas, contra as reformas sociais apresentadas pela coligação de direita.
A Comissão Europeia prorrogou o prazo de 12 de Outubro até ao final do ano para o governo espanhol apresente uma solução para os estaleiros navais do grupo estatal IZAR.
Centenas de organizações mobilizam e preparam uma marcha histórica que, no próximo dia 17, pretende levar a Washington um milhão de trabalhadores em protesto contra o neoliberalismo e a guerra.
Aproveitando a sua presença em Portugal para participar no Seminário Internacional «Civilização ou Barbárie», o Avante! entrevistou o jornalista e escritor francês Henri Alleg. Comunista de muitas lutas, correu o mundo e acompanhou de perto alguns dos mais importantes e decisivos acontecimentos dos últimos cinquenta anos.
Das suas viagens, nasceram reportagens – algumas publicadas em livro – que ajudaram à compreensão de vários processos, tão diversos como as desigualdades na América dos anos oitenta, a evolução na China ou o desaparecimento da União Soviética.
Aos 83 anos e com muito para contar, Henri Alleg permanece activo na denúncia do capitalismo e confia no socialismo como única alternativa para a sobrevivência da humanidade. Esta conversa, com um «conservador da esperança», peca por ser demasiado curta. Mas todas seriam…
A democracia e o tradicional sistema de valores que o trabalhismo tem quase sempre defendido, foram os grandes vencidos no Congresso que se desenrolou durante a passada semana em Brighton. Triunfaram as intrigas, o sistema de interesses pessoais, a perfídia, as negociações de bastidores. O povo britânico ficou a saber que os «modernizadores» do New Labour não só envenenaram o quadro de democracia ainda possível no capitalismo como se mostram, até, decididos a desmantelá-lo desde que possam manter-se no poder.