CE aperta laço
A Comissão Europeia prorrogou o prazo de 12 de Outubro até ao final do ano para o governo espanhol apresente uma solução para os estaleiros navais do grupo estatal IZAR.
Monti impõe a privatização de parte do grupo IZAR
Mário Monti, o comissário europeu da Concorrência, insistiu, na segunda-feira, 4, após uma reunião com a Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI) e representantes sindicais, que o grupo IZAR deverá restituir, agora até final do ano, as ajudas que recebeu acrescidas de juros, num montante total estimados entre 1100 e 1200 milhões de euros.
Monti sabe que tal exigência coloca os estaleiros em falência técnica já que o património da empresa não chega para cobrir esse valor. Por isso, o comissário impõe desde já as suas condições para que uma solução para o futuro do grupo IZAR possa ser aprovada por Bruxelas.
Entre estas, está a «obrigatoriedade» de uma participação maioritária de capitais privados e a separação dos estaleiros militares, não sujeitos ao controlo das ajudas do Estado. A nova empresa não poderia ter uma actividade civil superior a 20 por cento do seu volume de negócios, «de modo a limitar os prejuízos dos concorrentes de outros países».
Estas condições coincidem com o plano da SEPI que os trabalhadores e sindicatos contestam desde há semanas com poderosas manifestações e outras acções de protesto.
O secretário-geral da Federação dos Metalúrgicos das Comissiones Obreras, Felipe López, considerou o alargamento do prazo como uma medida positiva, contudo, manifestou a sua «surpresa» com as declarações do comissário claramente convergentes com a estratégia da SEPI.
Falando em nome das restantes estruturas sindicais presentes (UGT, CAT, USTG e CIG), López observou que há «uma cumplicidade maior entre o governo e a comissão do que entre o governo e os trabalhadores e cidadãos».
Por outro lado, considerou que Monti extravasou as suas competências que se limitam a prevenir a concessão de novas ajudas públicas ao grupo e não em opinar se a fórmula de viabilização deve passar pelo desmembramento ou pela privatização.
«Não existe nenhuma norma comunitária que obrigue ao desmembramento», disse o dirigente sindical, considerando como «perfeitamente negociável» o número de estaleiros que poderiam entrar numa futura empresa de modo a salvar o conjunto do Grupo IZAR.
«Não vamos admitir uma solução parcial que viabilize uma parte da empresa e condene a outra metade à extinção», sublinhou López lembrando que 50 mil pessoas dependem do grupo.
Monti sabe que tal exigência coloca os estaleiros em falência técnica já que o património da empresa não chega para cobrir esse valor. Por isso, o comissário impõe desde já as suas condições para que uma solução para o futuro do grupo IZAR possa ser aprovada por Bruxelas.
Entre estas, está a «obrigatoriedade» de uma participação maioritária de capitais privados e a separação dos estaleiros militares, não sujeitos ao controlo das ajudas do Estado. A nova empresa não poderia ter uma actividade civil superior a 20 por cento do seu volume de negócios, «de modo a limitar os prejuízos dos concorrentes de outros países».
Estas condições coincidem com o plano da SEPI que os trabalhadores e sindicatos contestam desde há semanas com poderosas manifestações e outras acções de protesto.
O secretário-geral da Federação dos Metalúrgicos das Comissiones Obreras, Felipe López, considerou o alargamento do prazo como uma medida positiva, contudo, manifestou a sua «surpresa» com as declarações do comissário claramente convergentes com a estratégia da SEPI.
Falando em nome das restantes estruturas sindicais presentes (UGT, CAT, USTG e CIG), López observou que há «uma cumplicidade maior entre o governo e a comissão do que entre o governo e os trabalhadores e cidadãos».
Por outro lado, considerou que Monti extravasou as suas competências que se limitam a prevenir a concessão de novas ajudas públicas ao grupo e não em opinar se a fórmula de viabilização deve passar pelo desmembramento ou pela privatização.
«Não existe nenhuma norma comunitária que obrigue ao desmembramento», disse o dirigente sindical, considerando como «perfeitamente negociável» o número de estaleiros que poderiam entrar numa futura empresa de modo a salvar o conjunto do Grupo IZAR.
«Não vamos admitir uma solução parcial que viabilize uma parte da empresa e condene a outra metade à extinção», sublinhou López lembrando que 50 mil pessoas dependem do grupo.