«Dias de Penitência» semeiam morte em Gaza
A operação militar israelita «Dias de Penitência», iniciada há uma semana na Faixa de Gaza, provocou 73 mortos entre a população civil, só nos primeiros dias, e ameaça continuar por tempo indefinido.
Fontes hospitalares citadas pela rádio Voz da Palestina apontam para mais de 250 o número de feridos registado até domingo.
A escalada de violência levou o embaixador da Argélia na ONU, Abdalah Baali, a solicitar em nome do grupo árabe uma reunião de emergência do Conselho de Segurança. No final dos debates, na segunda-feira, a Argélia apresentou formalmente um projecto de resolução exigindo «o fim imediato de todas as operações militares no norte de Gaza e a retirada das forças de ocupação israelitas nesta zona».
O texto apela a «Israel, potência ocupante, para garantir o acesso livre e a segurança do pessoal das Nações Unidas», bem como o «respeito da inviolabilidade das instalações da ONU no terreno, incluindo a Agência da ONU para a ajuda aos refugiados palestinianos (UNRWA)».
A proposta, que suscitou vivas críticas do embaixador dos EUA na ONU, John Danforth, exortava ainda Israel e a Autoridade Palestiniana a «cumprirem imediatamente as suas obrigações nos termos do 'Roteiro' para a paz no Médio Oriente».
Parcialidades
Para os EUA, que manifestaram a sua total oposição à proposta, a iniciativa árabe não passa de «um novo passo num caminho que não vai a lado nenhum». John Danforth criticou igualmente a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança por actuarem «como se fossem adversários de Israel e apoiantes dos palestinianos».
O representante norte-americano, a quem a actuação de Israel não suscita críticas, sublinhou que não faz sentido apresentar resoluções atrás umas das outras, «todas elas parciais», e que o «‘Roteiro’ é o único caminho para a paz».
Numa clara demonstração da sua «imparcialidade», John Danforth não fez referência às vítimas da operação «Dias de Penitência», nem tão pouco às 22 pessoas feridas por soldados israelitas quando se manifestavam, no domingo, na aldeia de Beit Awa, contra a construção do muro do apartheid. A concentração, em que participaram mais de 400 pessoas, incluindo pacifistas israelitas, foi reprimida com gases lacrimogéneos e balas de borracha.
Fontes hospitalares citadas pela rádio Voz da Palestina apontam para mais de 250 o número de feridos registado até domingo.
A escalada de violência levou o embaixador da Argélia na ONU, Abdalah Baali, a solicitar em nome do grupo árabe uma reunião de emergência do Conselho de Segurança. No final dos debates, na segunda-feira, a Argélia apresentou formalmente um projecto de resolução exigindo «o fim imediato de todas as operações militares no norte de Gaza e a retirada das forças de ocupação israelitas nesta zona».
O texto apela a «Israel, potência ocupante, para garantir o acesso livre e a segurança do pessoal das Nações Unidas», bem como o «respeito da inviolabilidade das instalações da ONU no terreno, incluindo a Agência da ONU para a ajuda aos refugiados palestinianos (UNRWA)».
A proposta, que suscitou vivas críticas do embaixador dos EUA na ONU, John Danforth, exortava ainda Israel e a Autoridade Palestiniana a «cumprirem imediatamente as suas obrigações nos termos do 'Roteiro' para a paz no Médio Oriente».
Parcialidades
Para os EUA, que manifestaram a sua total oposição à proposta, a iniciativa árabe não passa de «um novo passo num caminho que não vai a lado nenhum». John Danforth criticou igualmente a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança por actuarem «como se fossem adversários de Israel e apoiantes dos palestinianos».
O representante norte-americano, a quem a actuação de Israel não suscita críticas, sublinhou que não faz sentido apresentar resoluções atrás umas das outras, «todas elas parciais», e que o «‘Roteiro’ é o único caminho para a paz».
Numa clara demonstração da sua «imparcialidade», John Danforth não fez referência às vítimas da operação «Dias de Penitência», nem tão pouco às 22 pessoas feridas por soldados israelitas quando se manifestavam, no domingo, na aldeia de Beit Awa, contra a construção do muro do apartheid. A concentração, em que participaram mais de 400 pessoas, incluindo pacifistas israelitas, foi reprimida com gases lacrimogéneos e balas de borracha.