Ruptura social
Os holandeses quebraram o verniz saindo para a rua na maior manifestação das últimas duas décadas, contra as reformas sociais apresentadas pela coligação de direita.
Os sindicatos romperam as negociações com o governo e patronato
As ruas de Amsterdão encheram-se, no sábado, 2, com manifestantes vindos de todos os pontos da Holanda. As organizações promotoras falam em 250 mil pessoas, a polícia admitiu mais de 200 mil.
Um porta-voz da polícia da cidade, Elly Florax, citado por agência internacionais, chegou a afirmar que «não via tanta gente desde as manifestações contra as armas nucleares, em 1981».
Sob o lema «A Holanda merece melhor», os manifestantes expressaram o seu descontentamento contra as reformas anunciadas pelo governo que se propõe diminuir as prestações sociais para conter o défice público e relançar o crescimento económico.
Durante os anos 90, os holandeses eram invejados pelas suas elevadas taxas de crescimento e baixos níveis de desemprego. Porém a situação alterou-se e hoje, tal como outros países, enfrentam a recessão económica.
As medidas da coligação governamental, que agrupa três partidos, Apelo Cristão-Democrata (CDA), Democratas 66 (D66) e o Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD) são vistas pelos sindicatos como injustas já que atingem essencialmente os interesses das camadas de menores recursos, ou seja a generalidade dos assalariados.
As três centrais sindicais, MHP, FNV e CNV, estão unidas na contestação das reformas e acusam o governo de ter abandonado o chamado «modelo polder», que supostamente confere primazia ao diálogo e ao consenso nas relações entre o patronato e os sindicatos, em detrimento das manifestações e greves.
Considerado com o segredo do milagre económico holandês, o «modelo polder» tem-se revelado ineficaz para dirimir os conflitos laborais dos últimos meses. Só em Setembro, vários sectores entraram em greve, designadamente os trabalhadores portuários, condutores de eléctricos e sapadores bombeiros, em protesto contra o aumento do tempos de trabalho, o aumento da idade da reforma e a diminuição do período de férias pagas.
Desde 13 de Setembro que as três centrais sindicais romperam as negociações com o governo e o patronato, ameaçando com novas movimentações sociais para obrigar o governo a recuar.
Reagindo à gigantesca manifestação de sábado, o ministro dos Assuntos Sociais, Art Jan Geus, mostrou-se disposto a discutir novamente certos aspectos das alterações ao regime de reformas. Em causa estão ainda importantes mudanças no sistema de subsídios por invalidez e por doença.
Um porta-voz da polícia da cidade, Elly Florax, citado por agência internacionais, chegou a afirmar que «não via tanta gente desde as manifestações contra as armas nucleares, em 1981».
Sob o lema «A Holanda merece melhor», os manifestantes expressaram o seu descontentamento contra as reformas anunciadas pelo governo que se propõe diminuir as prestações sociais para conter o défice público e relançar o crescimento económico.
Durante os anos 90, os holandeses eram invejados pelas suas elevadas taxas de crescimento e baixos níveis de desemprego. Porém a situação alterou-se e hoje, tal como outros países, enfrentam a recessão económica.
As medidas da coligação governamental, que agrupa três partidos, Apelo Cristão-Democrata (CDA), Democratas 66 (D66) e o Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD) são vistas pelos sindicatos como injustas já que atingem essencialmente os interesses das camadas de menores recursos, ou seja a generalidade dos assalariados.
As três centrais sindicais, MHP, FNV e CNV, estão unidas na contestação das reformas e acusam o governo de ter abandonado o chamado «modelo polder», que supostamente confere primazia ao diálogo e ao consenso nas relações entre o patronato e os sindicatos, em detrimento das manifestações e greves.
Considerado com o segredo do milagre económico holandês, o «modelo polder» tem-se revelado ineficaz para dirimir os conflitos laborais dos últimos meses. Só em Setembro, vários sectores entraram em greve, designadamente os trabalhadores portuários, condutores de eléctricos e sapadores bombeiros, em protesto contra o aumento do tempos de trabalho, o aumento da idade da reforma e a diminuição do período de férias pagas.
Desde 13 de Setembro que as três centrais sindicais romperam as negociações com o governo e o patronato, ameaçando com novas movimentações sociais para obrigar o governo a recuar.
Reagindo à gigantesca manifestação de sábado, o ministro dos Assuntos Sociais, Art Jan Geus, mostrou-se disposto a discutir novamente certos aspectos das alterações ao regime de reformas. Em causa estão ainda importantes mudanças no sistema de subsídios por invalidez e por doença.