O capital sempre soube definir muito bem os seus inimigos principais, aqueles que põem em causa os seus interesses de classe. Os que colocam como objectivo fundamental da sua acção política a substituição da sociedade capitalista, desumana, cruel, opressora e exploradora, por uma outra, a sociedade socialista, onde o ser humano em todas as suas dimensões seja o centro da acção política e os trabalhadores o sujeito histórico da transformação social.
Estava-se no início de 1934. Com o mudar do ano, entra em vigor o Estatuto Nacional do Trabalho, fascista, e os sindicatos livres eram oficialmente proibidos, dando origem a outros, subjugados ao poder corporativo. Por todo o País, os trabalhadores combatem a fascização dos sindicatos e convocam para 18 de Janeiro uma greve geral revolucionária, com o objectivo de derrubar o governo de Salazar. A insurreição falha, mas na Marinha Grande os operários vidreiros tomam o poder. Apenas por algumas horas, é certo, pois a repressão esmagaria a revolta. No resto do País, esperavam-se acções iguais, mas em nenhum outro lado se repetiu o gesto dos operários marinhenses. Apesar de fracassada, a revolta dos trabalhadores vidreiros fica na história como um momento alto da resistência ao fascismo. E deixou sementes, que germinaram numa manhã de Abril, precisamente quatro décadas depois.
O secretário-geral do PCP participou num conjunto de iniciativas sobre as ultraperiferias no contexto da União Europeia, que decorreram na passada semana no Funchal.
Após uma série de seis greves parciais em Dezembro, os trabalhadores da Carris estão determinados a impedir o processo que abre portas à privatização e pretende eliminar até 2005, 1200 postos de trabalho.
A preparação do 10.º Congresso da CGTP-IN coincide com um intenso período de acção e luta dos trabalhadores e dos sindicatos, face a uma muito forte ofensiva do patronato e do seu Governo.
Aprovada em Conselho de Ministros no passado dia 8, a reforma do ensino secundário já faz parte do quotidiano dos estudantes desde o início do actual ano lectivo.
A promessa do Governo de melhores dias não passa de uma miragem. Essa a conclusão do PCP face a uma política que, do seu ponto de vista, condiciona e atrasa a retoma económica.
O Governo deu mais um passo na sua escalada contra o Estado democrático e os trabalhadores da administração pública. A ofensiva, sob a forma de propostas de lei, desta feita, deu pelo nome de «avaliação de desempenho» e «contratos de trabalho individuais».
«Se nada for feito, isso significa que Portugal pode ter de sacrificar sectores da economia ou obrigar os contribuintes a pagar essa factura nos seus impostos», alertou, no início da semana, a deputada Isabel de Castro, no final de uma audiência com o Presidente da República, Jorge Sampaio.
A CDU acusa a Câmara de Pombal de falta de credibilidade para garantir uma gestão capaz de resolver os mais prementes problemas do concelho e das suas gentes.
Anteontem, foi retomado na Maia o julgamento de sete mulheres acusadas de aborto clandestino. Ilda Figueiredo já reuniu cem assinaturas de eurodeputados contra a lei portuguesa.
«A guerra contra o Iraque não faz parte da luta global contra o terrorismo», afirma Jeffrey Record, professor do Colégio Militar de Montgomery, nos EUA.
A prisão em Quito, no Equador do comandante Simon Trinidad, das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo, desencadeou a nível mundial uma estranha campanha mediática de desinformação.
O tom triunfalista das notas oficiais emitidas em Bogotá e o seu conteúdo têm por objectivo prioritário confundir a opinião publica internacional.
No fim de cada trimestre, o Instituto Nacional de Estatística (INE) publica dados sobre o número oficial de desempregados no nosso País e sobre a taxa de desemprego oficial, informações estas que depois são amplamente divulgados pelos órgãos de comunicação social. São esses dados que os portugueses conhecem.
Ao longo de todo o ano de 2003 assistimos a constantes dificuldades no processo de paz no Ulster. O governo de David Trimble demitiu-se. O IRA (Exército Republicano Irlandês) recusou entregar as armas sem garantias adequadas. Os protestantes nunca se calaram afirmando-se como democratas mas recorrendo a processos próprios de fanáticos vassalos do imperialismo. Os governos de Londres e Dublin à procura da melhor oportunidade para a convocação de eleições. O povo, escravo na selva espessa do capitalismo, vivendo, ainda, com alguma esperança...