Falsa partida
Os trabalhadores perdem poder de compra desde há dois anos
A denúncia foi feita pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, que acusou o Governo de «mistificar» as negociações salariais. Na sexta-feira, dia 9, o Governo «procurou encenar um processo de negociações», mas apenas afirmou «a perspectiva de uma redução real dos salários», apresentada «em alternativa a uma actualização “muito baixa” ou diferenciada, significando sempre perda de poder de compra para todos», afirma-se num comunicado que a Frente Comum divulgou no dia seguinte.
A posição do Governo é considerada «inaceitável», já que «inviabiliza na prática a possibilidade de negociação dos valores para a actualização dos salários». A ministra das Finanças anunciou mesmo que «posteriormente seria remetido por correio um documento à Frente Comum», refere o comunicado.
O facto de, durante a tarde de sexta-feira, na comunicação social ter sido noticiada uma alegada contraproposta governamental de 2 por cento é mais um motivo para que a Frente Comum admitir que «poder-se-á estar em presença de uma tentativa de criação de uma barreira psicológica, o que não é inédito», mas tem agora «traços agravados».
Mais razões
«Os trabalhadores têm agora razões acrescidas para participarem activamente na greve nacional da Administração Pública, que envolve a Administração Central, Regional e Local, a Saúde, a Educação, a Segurança Social, a Justiça, as Finanças, o Ambiente, a Agricultura e as Autarquias Locais, marcada para o próximo dia 23», afirma a Frente Comum.
O Governo, com a posição que tomou face às negociações salariais, «vem confirmar o já revelado publicamente no Pacto de Estabilidade e Crescimento e na sua revisão para 2004-2007, em que a redução real dos salários dos trabalhadores da Administração Pública é assumida como uma das medidas estratégicas para a redução do défice público, a par do congelamento das admissões de novos efectivos e das reclassificações e revalorizações de carreiras profissionais».
À tentativa de redução dos salários reais pelo terceiro ano consecutivo, a estrutura sindical que representa a maioria dos trabalhadores do sector acrescenta «o ataque generalizado à Administração Pública e, em particular, às funções sociais do Estado, que o Governo, com a alegada reforma, procura destruir», e soma também a alteração negativa do Estatuto da Aposentação, os congelamentos das progressões e promoções, a subversão do sistema de classificação de serviço, o ataque ao regime de emprego público.
A posição do Governo é considerada «inaceitável», já que «inviabiliza na prática a possibilidade de negociação dos valores para a actualização dos salários». A ministra das Finanças anunciou mesmo que «posteriormente seria remetido por correio um documento à Frente Comum», refere o comunicado.
O facto de, durante a tarde de sexta-feira, na comunicação social ter sido noticiada uma alegada contraproposta governamental de 2 por cento é mais um motivo para que a Frente Comum admitir que «poder-se-á estar em presença de uma tentativa de criação de uma barreira psicológica, o que não é inédito», mas tem agora «traços agravados».
Mais razões
«Os trabalhadores têm agora razões acrescidas para participarem activamente na greve nacional da Administração Pública, que envolve a Administração Central, Regional e Local, a Saúde, a Educação, a Segurança Social, a Justiça, as Finanças, o Ambiente, a Agricultura e as Autarquias Locais, marcada para o próximo dia 23», afirma a Frente Comum.
O Governo, com a posição que tomou face às negociações salariais, «vem confirmar o já revelado publicamente no Pacto de Estabilidade e Crescimento e na sua revisão para 2004-2007, em que a redução real dos salários dos trabalhadores da Administração Pública é assumida como uma das medidas estratégicas para a redução do défice público, a par do congelamento das admissões de novos efectivos e das reclassificações e revalorizações de carreiras profissionais».
À tentativa de redução dos salários reais pelo terceiro ano consecutivo, a estrutura sindical que representa a maioria dos trabalhadores do sector acrescenta «o ataque generalizado à Administração Pública e, em particular, às funções sociais do Estado, que o Governo, com a alegada reforma, procura destruir», e soma também a alteração negativa do Estatuto da Aposentação, os congelamentos das progressões e promoções, a subversão do sistema de classificação de serviço, o ataque ao regime de emprego público.