Parar a destruição na Saúde

Na sexta-feira, quando começaram a ser publicados anúncios do Ministério da Saúde sobre os hospitais que passaram a «sociedades anónimas», a comissão especializada da CGTP-IN, onde participam os vários sindicatos do sector, veio defender que é «urgente efectuar um estudo sério e transparente» sobre aquelas unidades, que «estão com muitas dificuldades financeiras e a endividar-se cada vez mais à Banca». Para a CGTP, «isto pode querer dizer que estão a meter-se na boca do lobo, tendo presente que, hoje, os maiores grupos financeiros são detentores de áreas para a Saúde».
A central reafirma que «os hospitais não podem ser tratados como qualquer empresa» e contrapõe que «o que conta essencialmente, em matéria de prestação de cuidados de saúde, são os utentes». A Inter considera «intolerável» haver «discriminação no acesso», beneficiando os utentes que têm seguros de saúde ou pertencem a subsistemas, «conforme pretendem, com o beneplácito do próprio ministro da Saúde, os dirigentes do Centro Hospitalar do Alto Minho». É também referida a degradação da situação no Hospital Amadora-Sintra.
Depois de recordar a preocupante precariedade a que os profissionais deste sector estão sujeitos, a Comissão de Saúde da CGTP afirma que «estamos a assistir ao desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde». Para exigir intervenção que trave esta política, a central solicitou uma série de reuniões, a primeira das quais teve lugar segunda-feira, com o Grupo Parlamentar do PCP.


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