Comida estragada!
Uma empresa de Pombal foi contratada para trazer todos os dias a comida para cerca de 20 escolas de Lisboa, em carrinhas, aquecida… Parece que a situação é séria e que a comida não estará nas melhores condições: os pastéis de bacalhau avermelhados, as batatas acastanhadas e o peixe esfarelado e deteriorado.
Ao que parece, Santana Lopes não terá tido tempo, no meio das suas preocupações com a pré-campanha presidencial, para pensar neste assunto. Mas devia mandar averiguar o que se passa, tratando-se de uma população tão sensível como as crianças das escolas do 1.º Ciclo.
Há um mistério e um manto de silêncio a envolver a situação. Os pais, claro, andam muito preocupados. As crianças recusam a comida. Muitas já estão a levar outra vez o seu cestinho com comida, uma vez que não conseguem comer a refeição fornecida na escola.
O mínimo que os responsáveis políticos e os serviços municipais deviam fazer de imediato era mandar proceder a análises e investigações e, em caso positivo, suspender de imediato o fornecimento de tais refeições por parte das empresas.
Mas assim não aconteceu. O presidente da CML, a sua vereadora da Educação e o director municipal como respondem a este grave problema? Recusaram a participação de associações e pais nesta área e não equipam as cozinhas nas escolas. Mantêm um silêncio comprometedor. E a questão prolonga-se há demasiado tempo. Agora, alguns assessores vêm ainda afirmar que a situação se manterá até Julho!
Análises comprometedoras
Foram feitas análises, pagas por uma associação de pais. Como é que tem de ser uma associação de pais a mandar fazer e a pagar do seu bolso as análises, numa situação destas?
Mas, efectivamente, foram feitas análises. E o resultado é desastroso. Só a sopa escapa. O resto encontra-se com problemas de deterioração bacteriológica. Batatas acastanhadas. Peixe em estado de degradação. Temperaturas que não foram respeitadas no transporte, acrescenta a Direcção-Geral de Qualidade Alimentar…
Na CML há mesmo quem pense e diga publicamente que a situação não tem problemas e que o actual contrato com a firma fornecedora das refeições tem de prosseguir até ao fim do ano.
E, estranhamente, acrescentam que duas delegações de saúde consultadas dizem que tudo está bem! Essas delegações de saúde merecem registo: são a de Lisboa e a de Pombal (onde a firma terá sede e de onde vêm as refeições). Mas os técnicos da especialidade contratados pelas associações de pais acham que há deterioração dos alimentos. E a própria Direcção-Geral de Controlo da Qualidade Alimentar já notificou a empresa para respeitar as temperaturas definidas na lei durante o transporte. Isso, certamente, porque algo está errado.
Os pais e as suas associações não têm nem dinheiro nem obrigação de pagar do seu bolso as análises que se tornam necessárias. Os serviços públicos têm toda a obrigação de garantir a segurança nestas áreas, como noutras.
De lancheira para a escola
Voltou-se atrás trinta anos, nas escolas de Lisboa, por absoluta incapacidade dos responsáveis para aceitar as realidades e reconhecer que erraram nas medidas tomadas. As crianças de muitas escolas «servidas» pelas refeições de batatas acastanhadas e peixe em deterioração voltam a sair de casa para a escola de lancheira na mão… Uma situação inaceitável na capital do País. Provavelmente a CML, que gasta tantos milhões em publicidade «mal parada» e em festarolas de «ver do espaço», não terá dinheiro suficiente para acudir às crianças.
Talvez até mesmo ande «mal parado» o dinheiro que a CML paga à tal empresa chegada do centro do país, próximo da Figueira da Foz. É urgente pôr cobro a esta situação, devendo a CML obrigar a empresa a cumprir os termos do contrato. Os direitos das crianças e dos pais têm de ser respeitados.
Ao que parece, Santana Lopes não terá tido tempo, no meio das suas preocupações com a pré-campanha presidencial, para pensar neste assunto. Mas devia mandar averiguar o que se passa, tratando-se de uma população tão sensível como as crianças das escolas do 1.º Ciclo.
Há um mistério e um manto de silêncio a envolver a situação. Os pais, claro, andam muito preocupados. As crianças recusam a comida. Muitas já estão a levar outra vez o seu cestinho com comida, uma vez que não conseguem comer a refeição fornecida na escola.
O mínimo que os responsáveis políticos e os serviços municipais deviam fazer de imediato era mandar proceder a análises e investigações e, em caso positivo, suspender de imediato o fornecimento de tais refeições por parte das empresas.
Mas assim não aconteceu. O presidente da CML, a sua vereadora da Educação e o director municipal como respondem a este grave problema? Recusaram a participação de associações e pais nesta área e não equipam as cozinhas nas escolas. Mantêm um silêncio comprometedor. E a questão prolonga-se há demasiado tempo. Agora, alguns assessores vêm ainda afirmar que a situação se manterá até Julho!
Análises comprometedoras
Foram feitas análises, pagas por uma associação de pais. Como é que tem de ser uma associação de pais a mandar fazer e a pagar do seu bolso as análises, numa situação destas?
Mas, efectivamente, foram feitas análises. E o resultado é desastroso. Só a sopa escapa. O resto encontra-se com problemas de deterioração bacteriológica. Batatas acastanhadas. Peixe em estado de degradação. Temperaturas que não foram respeitadas no transporte, acrescenta a Direcção-Geral de Qualidade Alimentar…
Na CML há mesmo quem pense e diga publicamente que a situação não tem problemas e que o actual contrato com a firma fornecedora das refeições tem de prosseguir até ao fim do ano.
E, estranhamente, acrescentam que duas delegações de saúde consultadas dizem que tudo está bem! Essas delegações de saúde merecem registo: são a de Lisboa e a de Pombal (onde a firma terá sede e de onde vêm as refeições). Mas os técnicos da especialidade contratados pelas associações de pais acham que há deterioração dos alimentos. E a própria Direcção-Geral de Controlo da Qualidade Alimentar já notificou a empresa para respeitar as temperaturas definidas na lei durante o transporte. Isso, certamente, porque algo está errado.
Os pais e as suas associações não têm nem dinheiro nem obrigação de pagar do seu bolso as análises que se tornam necessárias. Os serviços públicos têm toda a obrigação de garantir a segurança nestas áreas, como noutras.
De lancheira para a escola
Voltou-se atrás trinta anos, nas escolas de Lisboa, por absoluta incapacidade dos responsáveis para aceitar as realidades e reconhecer que erraram nas medidas tomadas. As crianças de muitas escolas «servidas» pelas refeições de batatas acastanhadas e peixe em deterioração voltam a sair de casa para a escola de lancheira na mão… Uma situação inaceitável na capital do País. Provavelmente a CML, que gasta tantos milhões em publicidade «mal parada» e em festarolas de «ver do espaço», não terá dinheiro suficiente para acudir às crianças.
Talvez até mesmo ande «mal parado» o dinheiro que a CML paga à tal empresa chegada do centro do país, próximo da Figueira da Foz. É urgente pôr cobro a esta situação, devendo a CML obrigar a empresa a cumprir os termos do contrato. Os direitos das crianças e dos pais têm de ser respeitados.