Teatro de Sombras
O «Teatro de Sombras», que, diz a lenda, surgiu na China vai para 20 séculos - era imperador Wu Ti da dinastia Han - é uma dramatização gestual de sombras numa tela em contra-luz.
Aqui e agora, o processo judicial da pedofilia e suas conexões, parece demasiadas vezes ter-se mudado do terreno real para o virtual, em que o contra-luz deixa ver as sombras indestintas para esconder a verdade.
Como se esperava a dedução de acusação levou a novo surto no vale tudo da guerra para-processual, em que as torpezas sucedem «com naturalidade», em que às irregularidades, erros, manipulações e abusos de poder de alguns que deveriam velar pela isenção, racionalidade e bom senso da justiça, se juntam «cabalas» a esmo e calúnias reles, «terramotos» pré-publicitados, expedientes dilatórios à dúzia, saldos de depoimentos e alibis, chantagens e ameaças implícitas, e shows tele-massificados de vitimação, inocentação e condenação «popular».
A guerra mediática atinge o paroxismo, em que o «share», a lógica de grupo, a «obediência», ou a venalidade tudo «justificam», em que a mão que assina o compromisso deontológico de respeito pelo segredo de justiça, e o editorial à JASaraiva sobre a falta de ética dos outros (!) que «publicam sem confirmar o que as fontes lhes sopram», é a mesma que decide da próxima intriga do semanário, da foto e título sórdidos do «tabloide», ou do escândalo de abertura do tele-noticiário.
Resulta um «Teatro de Sombras» e a mistificação, a ameaça de descrédito da justiça, das instituições e do próprio Regime Democrático, como tantas vezes advertimos e como agora justamente concluíu o PR.
E sendo certo que vêm de muito longe os ataques ao regime - que é disso que se trata - de tanta política de direita, e da conivência de alguns dos que agora protestam, é também mais que certo que se somam neste ataque (re)velhos objectivos da «associação informal» da extrema direita – do PP, do «PPD», de AJJardim – que visa manipular a justiça e as instituições e secar a luta dos trabalhadores, dos democratas, dos comunistas.
E por coincidência – que é coisa que abunda em política (!) – é ao Governo que aproveita o «crime», porque o «Teatro de Sombras» distorce e ofusca a compreensão das suas políticas.
Há que lembrá-lo, para melhor o combater.
Aqui e agora, o processo judicial da pedofilia e suas conexões, parece demasiadas vezes ter-se mudado do terreno real para o virtual, em que o contra-luz deixa ver as sombras indestintas para esconder a verdade.
Como se esperava a dedução de acusação levou a novo surto no vale tudo da guerra para-processual, em que as torpezas sucedem «com naturalidade», em que às irregularidades, erros, manipulações e abusos de poder de alguns que deveriam velar pela isenção, racionalidade e bom senso da justiça, se juntam «cabalas» a esmo e calúnias reles, «terramotos» pré-publicitados, expedientes dilatórios à dúzia, saldos de depoimentos e alibis, chantagens e ameaças implícitas, e shows tele-massificados de vitimação, inocentação e condenação «popular».
A guerra mediática atinge o paroxismo, em que o «share», a lógica de grupo, a «obediência», ou a venalidade tudo «justificam», em que a mão que assina o compromisso deontológico de respeito pelo segredo de justiça, e o editorial à JASaraiva sobre a falta de ética dos outros (!) que «publicam sem confirmar o que as fontes lhes sopram», é a mesma que decide da próxima intriga do semanário, da foto e título sórdidos do «tabloide», ou do escândalo de abertura do tele-noticiário.
Resulta um «Teatro de Sombras» e a mistificação, a ameaça de descrédito da justiça, das instituições e do próprio Regime Democrático, como tantas vezes advertimos e como agora justamente concluíu o PR.
E sendo certo que vêm de muito longe os ataques ao regime - que é disso que se trata - de tanta política de direita, e da conivência de alguns dos que agora protestam, é também mais que certo que se somam neste ataque (re)velhos objectivos da «associação informal» da extrema direita – do PP, do «PPD», de AJJardim – que visa manipular a justiça e as instituições e secar a luta dos trabalhadores, dos democratas, dos comunistas.
E por coincidência – que é coisa que abunda em política (!) – é ao Governo que aproveita o «crime», porque o «Teatro de Sombras» distorce e ofusca a compreensão das suas políticas.
Há que lembrá-lo, para melhor o combater.