Se dúvidas ainda existissem sobre a importância crescente que os media vêm a assumir na sociedade portuguesa, quer na forma como os portugueses lêem acontecimentos e agem perante as notícias, quer na intervenção directa na luta pelas ideias, os dias que correm encarregam-se de as dissipar.
O Encontro Internacional, promovido e organizado pela Fundação Rodney Arismendi, versa sobretudo a situação, os problemas e a luta libertadora na América Latina.
Tudo quanto se possa considerar e reflectir sobre a matéria tem porém necessariamente de ter em conta, como o próprio título do Encontro sublinha, o mundo em que actualmente vivemos. No Uruguai, na América Latina ou em qualquer outro ponto do planeta.
Daí a nossa reflexão sobre a definição e compreensão de «O mundo de hoje».
O Sector Intelectual da Organização Regional de Lisboa do PCP vai promover, nos próximos dias 12 e 13 de Novembro, duas iniciativas convergentes, em torno da obra de Manuel Tiago (pseudónimo literário de Álvaro Cunhal), ambas a realizar nas instalações da Voz do Operário, em Lisboa.
Habitação de luxo e armazéns ocupam hoje o lugar de algumas indústrias emblemáticas. O PCP está a percorrer as «rotas do desemprego» no distrito de Lisboa.
Há concelhos no distrito de Aveiro onde já se contactou grande parte dos militantes do Partido. A DORAV confia que até ao fim do ano a organização estará mais forte.
A Comissão Política expressou o apoio dos comunistas à manifestação de ontem, dos estudantes do Ensino Superior, exigiu a revogação da nova Lei de Financiamento e propôs a reconsideração global das alterações que o Governo pôs em marcha.
Muitos milhares de trabalhadores responderam ao apelo da CGTP e trouxeram os motivos do seu protesto para as ruas de Lisboa, Porto, Braga, Aveiro e Coimbra. Ficou claramente expressa a determinação de lutar por outra política e outro governo.
Manifestações e leilões simbólicos são algumas das acções de protesto dos estudantes do ensino universitário e politécnico contra as medidas do Governo para o sector.
A urgente interrupção da política de direita do Governo PSD/CDS-PP, que está na base do dramático agravamento das condições de vida das populações, emerge como uma questão de candente actualidade, afirmou o PCP nas suas Jornadas Parlamentares, nas quais foi reiterada como tarefa de primeiro plano a proposta de políticas alternativas e a defesa de uma política de esquerda.
Privatizar os serviços públicos, governamentalizar a administração e destruir o vínculo de emprego. Tais são, de uma penada, os objectivos do Governo no que designou por «reforma da administração pública».
Confrontados com uma política de ataque aos direitos dos cidadãos, os utentes da saúde da Península de Setúbal organizaram um colóquio sobre o tema «Ano Europeu do Cidadão com Deficiência».
Os eleitos do PCP na Câmara e Assembleia Municipal do Porto estão preocupados com um eventual «êxodo» da população pobre que vive na «Baixa» e a sua substituição por residentes ricos.
As políticas liberalizadoras e privatizadoras têm tido efeitos nefastos na prestação de serviços públicos de qualidade às populações e lançado no desemprego milhares de trabalhadores.
O que ocorreu na Colômbia nos dias 25 e 26 de Outubro parece arrancado de uma novela de Gabriel Garcia Marquez. As derrotas infligidas ao presidente Alvaro Uribe, pelo tamanho e significado, produziram no país o efeito de um terramoto.
Primeiro o povo recusou-lhe os poderes que pedia e a possibilidade de reformas constitucionais que, através de um referendo de recorte fascista, pretendia impor. No dia seguinte Uribe perdeu as eleições locais. Em Bogotá, Medellin, Cali, Barranquilla, e em outras grandes cidades do país os eleitores votaram maciçamente em candidatos da oposição.
A forçada demissão do leader do Partido Conservador britânico, Iain Duncan Smith, era inevitavel. Já durante o Congresso «Tory», realizado há poucas semanas, a insatisfação das bases, como dos parlamentares do partido, tinha ficado suficientemente demonstrada. Mas o IDS, assim ficou mais conhecido o dirigente conservador, conseguiu fazer um discurso combativo que o aguentou por alguns dias. Logo a seguir, porém, soube-se que a esposa, Betsie, recebia do Parlamento a soma de 15 000 libras (21 000 euros) anuais para organizar-lhe a agenda e o arquivo na Câmara dos Comuns havendo provas de que nunca lá punha os pés. O destino de Mr. IDS, 777 dias após a sua eleição, estava traçado.