Diversificar a produção
Mais do que o futuro do sector dos curtumes, foi o futuro do próprio concelho de Alcanena que esteve em discussão no debate organizado pelo PCP. Nascido e criado em torno desta indústria, o concelho precisa hoje de diversificar o seu tecido empresarial. Foi Valdemar Henriques, dirigente regional do PCP, quem mais insistiu nesta ideia. Na sua opinião, Alcanena não pode «ficar refém deste sector, e sobretudo dos empresários do sector, que, salvo raras excepções, têm poucas perspectivas de desenvolvimento».
O dirigente do PCP acusa os patrões do sector de não investirem no concelho as mais-valias ali criadas, preferindo aplicá-las no Algarve ou no estrangeiro. Norberto Leitão acrescenta novas acusações. Segundo este reformado dos curtumes, os patrões continuam a cortar regalias e a despedir. «Há situações em que os patrões, para comprar uma nova máquina, reduzem encargos e despedem trabalhadores», revela.
A má utilização dos fundos comunitários foi outra das questões levantadas. Sérgio Ribeiro respondeu, afirmando que os fundos foram aplicados naquilo que os patrões entenderam, sem critérios razoáveis. O sindicalista António Marques acrescentou que os 5 mil milhões de euros investidos nos sectores dos têxteis, calçado e peles, nos últimos dez anos, foram utilizados fundamentalmente na cobertura de problemas de tesouraria e não para modernizar as empresas.
A Câmara Municipal de Alcanena tem elevadas responsabilidades na situação de dependência de um sector que o concelho vive, afirma Valdemar Henriques. A autarquia, acusa, não tem «um centímetro de terreno para actividades de interesse local».
O dirigente do PCP acusa os patrões do sector de não investirem no concelho as mais-valias ali criadas, preferindo aplicá-las no Algarve ou no estrangeiro. Norberto Leitão acrescenta novas acusações. Segundo este reformado dos curtumes, os patrões continuam a cortar regalias e a despedir. «Há situações em que os patrões, para comprar uma nova máquina, reduzem encargos e despedem trabalhadores», revela.
A má utilização dos fundos comunitários foi outra das questões levantadas. Sérgio Ribeiro respondeu, afirmando que os fundos foram aplicados naquilo que os patrões entenderam, sem critérios razoáveis. O sindicalista António Marques acrescentou que os 5 mil milhões de euros investidos nos sectores dos têxteis, calçado e peles, nos últimos dez anos, foram utilizados fundamentalmente na cobertura de problemas de tesouraria e não para modernizar as empresas.
A Câmara Municipal de Alcanena tem elevadas responsabilidades na situação de dependência de um sector que o concelho vive, afirma Valdemar Henriques. A autarquia, acusa, não tem «um centímetro de terreno para actividades de interesse local».