Carris em greve no dia 12
Sobejam motivos para os trabalhadores da Carris aderirem à luta na próxima quarta-feira.
A renovação da frota vem na véspera da privatização
CT e Festru/CGTP-IN são unanimes em considerar que a chamada «reestruturação» da Carris não é mais do que uma privatização encapotada.
José Carlos Silva, da CT, Luisa Bota e João Martins da Festru explicaram ao Avante! quais os motivos que levam os trabalhadores à greve no próximo dia 12.
José Carlos Silva revelou que todo o processo de «reestruturação» tem decorrido sem serem ouvidas as ORT’s.
A administração pretende vender a estação de Cabo Ruivo e desactivar, na quase totalidade, a estação de Santo Amaro, em Alcântara.
Em poucos anos, vários direitos e regalias que tinham sido conquistados à custa das lutas de muitas gerações de trabalhadores, foram suprimidos.
O fim do complemento de doença e o aumento do horário de trabalho são intenções anunciadas. Alterações horárias passaram a contemplar os motoristas da Carris com horários diários de 9 horas, divididas em dois turnos, ou de 7 horas e meia ininterruptas.
Nas oficinas de manutenção, quase todo o trabalho passou para as mão de empresas privadas e a Carris está quase a ficar sem qualquer tipo de estrutura para a garantir, estando a chegar a uma «situação limite», com graves consequências, inclusivamente para a segurança da frota.
Os estaleiros de Santo Amaro que chegaram a ter centenas de trabalhadores especializados, estão à beira do encerramento, devido a drásticas reduções de efectivos. Também estes trabalhadores não estão a escapar às «rescisões por mútuo acordo», através de pressões e chantagens exercidas sobre aqueles com mais anos de vida dedicados à empresa. A administração pretende, até 2005, diminuir o quadro em mais 1200 trabalhadores. Previa reduzir este ano 500 postos efectivos, número que já foi ultrapassado.
Para José Carlos Silva, a desactivação da estação de Cabo Ruivo é um grave erro, já que a sua localização invejável, «é praticamente insubstituível».
Luisa Bota, da Festru, revelou que a Carris não tem recebido do Estado as indemnizações compensatórias pelo serviço público que presta e está, por isso, numa situação deficitária grave.
Criticada foi também a intenção de se municipalizar a Carris que, para os sindicatos, é um passo no sentido da privatização.
«As ORT’s concordam com uma reestruturação, desde que esta tenha em vista a expansão da oferta e não o contrário, como está a acontecer com uma cada vez maior supressão de serviços e carreiras», afirmou Luisa Bota.
A empresa anunciou a intenção de adquirir 188 novos veículos, «agora, que pretendem tornar mais apetecível a privatização», denunciou.
«Inqualificavel» é como classificam a intenção da administração de convencer trabalhadores a venderem o seu complemento de reforma e até o próprio passe social a que sempre tiveram direito.
Entretanto, o CA assumiu pretender aumentar de novo o preço dos transportes.
João Martins revelou que as ORT’s desconhecem o caderno de encargos da empresa, uma vez que a administração nunca o disponibiliza, e recordou a conquista para a segurança de veículos e passageiros que foi a concretização da proposta da Festru, de colocação do pedal de emergência em todos os veículos.
Tendo em conta o sucesso da última greve, os sindicalistas estão confiantes de que no dia 12, a paralisação deverá ser total.
José Carlos Silva, da CT, Luisa Bota e João Martins da Festru explicaram ao Avante! quais os motivos que levam os trabalhadores à greve no próximo dia 12.
José Carlos Silva revelou que todo o processo de «reestruturação» tem decorrido sem serem ouvidas as ORT’s.
A administração pretende vender a estação de Cabo Ruivo e desactivar, na quase totalidade, a estação de Santo Amaro, em Alcântara.
Em poucos anos, vários direitos e regalias que tinham sido conquistados à custa das lutas de muitas gerações de trabalhadores, foram suprimidos.
O fim do complemento de doença e o aumento do horário de trabalho são intenções anunciadas. Alterações horárias passaram a contemplar os motoristas da Carris com horários diários de 9 horas, divididas em dois turnos, ou de 7 horas e meia ininterruptas.
Nas oficinas de manutenção, quase todo o trabalho passou para as mão de empresas privadas e a Carris está quase a ficar sem qualquer tipo de estrutura para a garantir, estando a chegar a uma «situação limite», com graves consequências, inclusivamente para a segurança da frota.
Os estaleiros de Santo Amaro que chegaram a ter centenas de trabalhadores especializados, estão à beira do encerramento, devido a drásticas reduções de efectivos. Também estes trabalhadores não estão a escapar às «rescisões por mútuo acordo», através de pressões e chantagens exercidas sobre aqueles com mais anos de vida dedicados à empresa. A administração pretende, até 2005, diminuir o quadro em mais 1200 trabalhadores. Previa reduzir este ano 500 postos efectivos, número que já foi ultrapassado.
Para José Carlos Silva, a desactivação da estação de Cabo Ruivo é um grave erro, já que a sua localização invejável, «é praticamente insubstituível».
Luisa Bota, da Festru, revelou que a Carris não tem recebido do Estado as indemnizações compensatórias pelo serviço público que presta e está, por isso, numa situação deficitária grave.
Criticada foi também a intenção de se municipalizar a Carris que, para os sindicatos, é um passo no sentido da privatização.
«As ORT’s concordam com uma reestruturação, desde que esta tenha em vista a expansão da oferta e não o contrário, como está a acontecer com uma cada vez maior supressão de serviços e carreiras», afirmou Luisa Bota.
A empresa anunciou a intenção de adquirir 188 novos veículos, «agora, que pretendem tornar mais apetecível a privatização», denunciou.
«Inqualificavel» é como classificam a intenção da administração de convencer trabalhadores a venderem o seu complemento de reforma e até o próprio passe social a que sempre tiveram direito.
Entretanto, o CA assumiu pretender aumentar de novo o preço dos transportes.
João Martins revelou que as ORT’s desconhecem o caderno de encargos da empresa, uma vez que a administração nunca o disponibiliza, e recordou a conquista para a segurança de veículos e passageiros que foi a concretização da proposta da Festru, de colocação do pedal de emergência em todos os veículos.
Tendo em conta o sucesso da última greve, os sindicalistas estão confiantes de que no dia 12, a paralisação deverá ser total.