O salão da Sociedade Filarmónica Recreio Artístico da Amadora (SFRAA), junto à zona industrial da Falagueira/Venda Nova, encheu-se de gente que, no sábado, quis prestar activa solidariedade com os trabalhadores da Sorefame e, como lembrou Carlos Carvalhas na intervenção de encerramento do comício, com todos os que lutam contra a política de direita.
Há vinte anos, precisamente no dia 18 de Janeiro de 1984, morria José Carlos Ary dos Santos, o poeta da Revolução de Abril, como ele próprio gostava de ser chamado e reconhecido. Poucos poetas e artistas portugueses mostraram tão grande firmeza de convicções e terão vivido de forma tão coerente com elas como o fez Ary dos Santos. Isso valeu-lhe ódios e incompreensões, dirigidos a ele e às causas que abraçou, ao Partido que tomou.
Mas a firmeza e coerência do Poeta valeram-lhe sobretudo o carinho, a solidariedade e o reconhecimento do povo. Aquele povo simples que ele cantou e por quem optou na luta de todas as lutas, a Luta de Classes. O povo a quem ele se dirigiu com os seus poemas, que foram cantados, recitados em comícios, em iniciativas partidárias, em fábricas, cooperativas, sindicatos e associações. O mesmo povo que não esquece o seu poeta, vinte anos depois.
Os professores comunistas do Ensino Superior de Lisboa, reunidos no passado sábado, consideram a investigação um factor essencial ao desenvolvimento do País.
O PCP defende que a Casa do Douro deve manter-se uma associação pública, representativa de todos os produtores de vinho da região. O Governo não pensa assim.
A vigília de anteontem à noite, frente ao Ministério das Finanças, foi uma entre muitas acções que os sindicatos e os trabalhadores da Administração Pública levaram a cabo desde segunda-feira e que culminam com a greve nacional de amanhã.
Na reunião de segunda-feira, o Governo revelou «algum desnorte» e «receio pela amplitude da greve», denunciou a Frente Comum de Sindicatos, alertando para as graves ameaças pendentes sobre os trabalhadores.
O Encontro Regional de Braga da JCP realiza-se a 6 de Março. Até lá, os jovens comunistas continuam a informar a população sobre a situação do País e as posições da organização.
O Cinema Monumental de Salvada acolheu o 4.º Encontro Concelhio de Beja da JCP, na semana passada. Durante a iniciativa, foi sublinhada a importância do movimento associativo.
A Comissão Pró-Escolar do Poceirão/Marateca vai realizar no dia 14 de Fevereiro uma marcha de 40 quilómetros, em reivindicação da futura escola integrada 2,3.
A FENPROF critica o ante-projecto da reforma da Educação Especial do Governo porque «assenta num conceito limitador que vai afectar milhares de alunos».
Uma maioria de eurodeputados aprovou na passada semana um relatório que se congratula com a liberalização de serviços públicos em certos sectores, exaltando alegados benefícios para os consumidores.
Em simultâneo com a decisão de apresentar queixa no Tribunal de Justiça contra a suspensão do Pacto de Estabilidade, a Comissão Europeia anuncia para Fevereiro alterações às actuais regras.
Tendo em conta a necessidade de assegurar a mais sólida e abrangente cooperação possível, nomeadamente das forças que integram o actual Grupo da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica, que conta com 49 deputados, o PCP não subscreveu o «Apelo para a formação de um partido da esquerda europeia» recentemente lançado por 11 partidos.
O regresso do «mayor» de Londres, Ken Livingstone, ao seio do Partido Trabalhista, de que havia sido afastado em 2000, assinala um dos mais expressivos gestos de recuo jamais personificados por um primeiro-ministro britânico. Tony Blair dissera que a eleição do «mayor», como independente, em 2001, se traduziria num desastre tanto para o Partido como para a cidade de Londres. Mas os factos dizem o contrário.
A rebeldia às fórmulas tradicionais de dualidade – o bem e o mal, o certo e o errado, Deus e o Diabo, esquerda e direita – deu nascimento à denominação de «terceiro» ao que se pretende como nova alternativa, livre e independente da dualidade. Mas, como a liberdade e a independência só podem resultar do confronto explícito com o que se quer combater, a fórmula alternativa, vestida de terceira, subordina-se à força mais poderosa que prevalece na sociedade, sendo a sua máscara ou a sua fantasia.