Intervindo na sessão de apresentação do programa da presidência irlandesa, dia 14, ao Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo considerou «inaceitável a chantagem dos signatários da denominada “carta dos seis” que visa limitar o orçamento comunitário a 1% do Produto Nacional Bruto comunitário, na sequência da inexistência de acordo na Cimeira de Bruxelas sobre o projecto de novo Tratado Constitucional».
Na própria Comissão Europeia, referiu a deputada, o debate oscila entre «a manutenção do actual limite das perspectivas financeiras (1,24% do PNB) e a sua redução para 1,15 por cento, apesar do alargamento a países com rendimentos inferiores, em média, a 50 por cento da média comunitária, o crescimento das desigualdades sociais e as disparidades nacionais e regionais na União Europeia.»
Para além das perspectivas financeiras, a deputada considerou ainda que a presidência irlandesa devia centrar-se na «necessária revisão do Pacto de Estabilidade, esse instrumento que a realidade económica e social já mostrou ser desajustado», salientando ainda: «relativamente à CIG para revisão dos Tratados, a sugestão que deixo é que ignorem o projecto existente».