Sonetos de Amor e Luta

Nona Sinfonia

É por dentro do homem que se ouve
o tom mais alto que tiver a vida
a glória de cantar que tudo move
a força de viver enraivecida.

Num palácio de sons erguem-se as traves
que seguram o tecto da alegria
pedras que são ao mesmo tempo as aves
mais livres que voaram na poesia.

Para o alto se voltam as volutas
hieráticas sagradas impolutas
dos sons que surgem rangem e se somem.

Mas de baixo é que irrompem absolutas
as humanas palavras resolutas.
Por deus não basta. É mais preciso o Homem.

José Carlos Ary dos Santos


Mais artigos de: Argumentos

Noite e nevoeiro

No princípio foi, desta vez, uma reportagem integrada no telenoticiário comum. Depois o assunto alastrou para outros lugares da comunicação social, quer da televisão quer da imprensa, talvez da rádio. Desta vez, a semente da abordagem residiu num estudo que o governo terá encomendado para com ele, ao que se ouviu na TV,...

Das habilitações dos empresários portugueses

Mais uma vez: que fazer?As intuições, se não as queremos ver transformadas em dogmas, devem ser, sempre e outra vez sempre, testadas, enriquecidas, emendadas pelos factos da vida, factos novos ou antigos, que ainda não eram de nós conhecidos, e também pelas novas explicações ou pelo ajuste das explicações que já íamos...

A questão da «Igreja dos pobres»

O caso do Atlântico está longe de representar um acidente isolado nos percursos da igreja portuguesa. Porque são numerosos os grandes negócios onde se regista a presença do capital canónico. Se olharmos com atenção, havemos de notar que as mesmas firmas de referência confessional (por exemplo, o grupo do BCP, agora...