O povo português está confrontado com grandes dificuldades na sua vida. A exploração e as injustiças sociais aumentam, o País é sujeito à estagnação e ao subdesenvolvimento, regiões inteiras são privadas de serviços públicos, os grupos económicos e financeiros apossam-se de cada vez maiores fatias da riqueza nacional e de importantes áreas Estado, o regime democrático é atingido, as preocupações e interrogações quanto ao futuro adensam-se.
A prontidão com que se encerrou o «ficheiro Milosevic» legitima a convicção de quantos não se deixaram enganar pela campanha de desinformação levada a cabo a nível mundial, e que cedo perceberam que o grande «perigo» do julgamento do dirigente sérvio não era que este viesse a provar a sua inocência, mas antes que provasse as atrocidades cometidas pela NATO com o patrocínio dos EUA e da União Europeia (UE), e desmascarasse o plano concebido e executado por Washington para a destruição da Federação Jugoslava.
Não é a Constituição mas o PS, PSD e CDS, com as políticas que aplicaram ao longo de mais de 30 anos, os responsáveis pela situação do País, afirmou, domingo, Jerónimo de Sousa, na sessão comemorativa dos 30 anos da Lei fundamental.
Com a chamada «Lei da paridade», o PS não pretende de facto «a adopção de estratégias que contribuam de forma eficaz para o necessário aumento da participação das mulheres no exercício do poder político», acusa a Comissão Política do PCP.
Contra os efeitos de uma crise que afecta gravemente os trabalhadores, mas traz elevados lucros aos patrões dos grandes grupos económicos, e contra a política que favorece os lucros e ataca os salários, trabalhadores de todo o País gritaram, sábado à tarde, «injustiças sociais, arre porra, que é de mais».
As listas que alcançaram maior apoio, nas eleições para as comissões de trabalhadores, assumiram claras posições contra as privatizações e pela unidade e luta de todos os que laboram na TAP e na Carris.
A associação patronal Animee reclama a caducidade do contrato colectivo. A administração da EMEF quer reduzir direitos e salários. Os trabalhadores respondem com a luta.
Uma centena de representantes do STAL/CGTP-IN efectuaram uma vigília, em São Bento, e entregaram uma resolução onde acusam o Governo de lesar trabalhadores e utentes.
Na revisão do subsídio de desemprego – proposta do Governo em discussão –, «há pontos que exigem alterações e clarificações», alerta a CGTP-IN, apontando como a principal matéria o conceito de emprego conveniente.
As universidades entregaram as propostas de adaptação ao Processo de Bolonha até sexta-feira, mas a JCP sublinha que «o Processo de Bolonha não é irreversível, como querem fazer parecer».
Os filhos de africanos que morreram com sida está a aumentar nos países de Língua Portuguesa. A Unicef alerta para a situação e apela à ajuda exterior.
O Governo mostrou-se indisponível para acolher uma proposta do PCP destinada a simplificar as regras de atribuição do Complemento Solidário para Idosos (CSI).
As bancadas do PS e BE aprovaram, na generalidade, na passada semana, quatro diplomas que visam impor quotas de mulheres nas listas eleitorais. Para o PCP, que votou contra, a ideia de paridade não passa de uma «operação de cosmética» em que se muda alguma coisa para que tudo fique na mesma.
Uma «medida inaceitável» com repercussões negativas para o País e para o futuro de muitas crianças, assim classificou Jerónimo de Sousa o anunciado encerramento de mais de quatro mil escolas do ensino básico.
A CDU, que está a preparar protestos contra o anunciado fecho da maternidade do Hospital de Santo Tirso, assegurou sexta-feira que, «no mínimo», a decisão do Ministério da Saúde vai ser alvo de uma «grande manifestação de desagrado».
Contrariando a intenção da Câmara de Vila Franca de Xira, os alhandrenses não querem a demolição do Teatro Salvador Marques. Tem sido inúmeras, mas inúteis, os apelos a favor da reabilitação daquele espaço. Entretanto, segunda-feira, 10 de Abril, quando o teatro faz o seu 101.º aniversário, a Comissão para a Reabilitação do Teatro Salvador Marques vai organizar um recital, na Corpifa, para sensibilizar a população contra este atentado arquitectónico.
Milhões de trabalhadores e estudantes voltaram a manifestar-se maciçamente, na terça-feira, em cerca de 200 cidades. Na rua, o povo francês mostrou claramente a sua disposição prosseguir o combate pela revogação do contrato de primeiro emprego.
O mês de Março e o primeiro dia de Abril marcaram o arranque da luta dos imigrantes ilegais nos EUA. Para o próximo dia dez está agendado novo protesto contra a discriminação e a exploração.
Milhares de portugueses estão em risco de repatriamento por parte das autoridades canadianas. Um responsável canadiano, referindo-se ao problema, tornou claro que este não é um problema que preocupe especialmente o Canadá, afirmando mesmo que outras são as suas prioridades e preocupações. Isto é, os dramas humanos e sociais de milhares de pessoas pouco importam.
Quando, com toda a pompa e circunstância, os OPAdões e os OPAdinhos, tão piores uns que outros, anunciaram as suas acções, operações, manipulações bolsitas, a reacção foi à medida da(s) pompa(s) e da(s) circunstância(s) dos anúncios. Mesmo os que contra elas estiveram e estão, por interesses que são os seus, entraram no coro, ou pelo menos nada disseram que desafinasse este, de alguns consensos que o povoléu, aqueles e aquelas que «ouvêem» as comunicações sociais, têm a obrigação de digerir como se papinha fosse.
A escola constituiu um último serviço em muitas comunidades rurais depois do desaparecimento de outros o que coloca o problema num contexto mais vasto: a questão da escola rural insere-se em questões directamente relacionadas com o mundo rural. Reduzir o problema a números ou a considerações estatísticas por provar reduz um problema que se revela mais complexo.
O Seminário «Los Partidos y una Nueva Sociedad», promovido anualmente no México pelo Partido do Trabalho (PT) daquele país, tornou-se na América Latina (e não só) uma referência para os cientistas políticos e intelectuais progressistas preocupados com o debate de ideias num momento em que a humanidade enfrenta uma crise de civilização.