Unicef alerta

Órfãos de sida aumentam

Os filhos de africanos que morreram com sida está a aumentar nos países de Língua Portuguesa. A Unicef alerta para a situação e apela à ajuda exterior.

2,5 milhões de crianças carecem de recursos para frequentar a escola

O número de crianças órfãs de sida na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pode aumentar em 25 por cento nos próximos quatro anos, revelou a Unicef, no domingo, no encerramento de uma conferência de representantes dos parlamentos da CPLP, em Maputo.
Como referiu o director regional da Unicef para a região austral e oriental de África, Per Engebak, 2,5 milhões de crianças carecem de recursos financeiros para frequentar a escola em consequência da morte de seus pais, vítimas de sida.
«O pior está para vir, por isso, precisamos de reavaliar o papel da Unicef para ver qual a resposta a obter», afirmou Engebak na conferência, solicitando à comunidade internacional «o cumprimento das suas promessas» para suprir as necessidades dos órfãos, sobretudo de países africanos.
O responsável da Unicef defendeu que os países ricos devem «garantir que as promessas que fizeram no ano passado (na cimeira dos oito Nações mais ricas, na Escócia) sejam cumpridas».
O arcebispo anglicano da África do Sul, Desmund Tutu – que também participou na conferência – defendeu que os países africanos devem «unir esforços para vencer a Sida». «A África do Sul conseguiu combater o regime do apartheid graças ao apoio dos países africanos, por isso, juntos podemos vencer a Sida», sustentou.
A conferência insere-se numa campanha realizada pela Unicef em coordenação com a Associação dos Parlamentares Europeus para África (AWEPA) e Assembleia da República de Moçambique, lançada em 2004. O encontro apontou como prioridade a aprovação de leis que protejam os órfãos.

Mais crianças na escola

Entretanto, também no domingo, a Unicef lançou uma campanha para duplicar o número de crianças matriculadas nas escolas do sul do Sudão, depois de 21 anos de guerra civil. Para Rima Salah, directora executiva adjunta do Fundo das Nações Unidas para a Infância, a educação é a chave do futuro da paz e prosperidade nesta região.
Dos cerca de 2,2 milhões de crianças em idade escolar, estão inscritas em escolas primárias do sul apenas 22 por cento. Destes, existem quatro vezes mais rapazes do que raparigas. Existem duas mil escolas com 8600 professores, a maioria voluntários não formados.
Com esta campanha, a Unicef pretende construir 1500 escolas e distribuir material escolar a 1,6 milhões de estudantes: 3,8 milhões de manuais escolares e obras destinadas aos professores, seis milhões de cadernos de exercícios e cerca de 1,6 milhões de afia-lápis.
A campanha é conduzida pelo governo regional do sul do Sudão, apoiado por doadores, por agências da ONU e organizações não governamentais. A Unicef já recolheu 18,2 milhões de euros, mas é preciso um montante equivalente para atingir todos os objectivos da campanha em 2006.
Em Janeiro de 2005 foi assinado um acordo de paz que pôs fim a uma guerra civil de 21 anos, que provocou um milhão e meio de mortos e quatro milhões de deslocados.


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