O 10.º Congresso da CGTP-IN, que decorreu em Lisboa nos dias 30 e 31 de Janeiro, analisou a actividade do movimento sindical unitário desde 1999 e traçou as grandes linhas de orientação para os próximos quatro anos. Das várias dezenas de intervenções produzidas da tribuna do Centro de Congressos de Lisboa, as que resultaram da posição colectiva da direcção cessante foram distribuídas à comunicação social (e estão disponíveis na Internet, na página da central). Apresentamos aqui excertos de alguns destes discursos, onde – como sucedeu durante todo o congresso – é clara a preocupação de apresentar ideias que contribuam para o duro combate que os sindicatos e os trabalhadores travam, numa situação nacional e internacional em que a correlação de forças é mais favorável ao patronato e à direita, exigindo acrescidos esforços de resistência por parte de todos os que se opõem a este rumo.
As opções políticas dos sucessivos governos condenam o Alentejo ao atraso: cresce o desemprego, encerram os serviços públicos e tardam a arrancar os grandes projectos, prometidos, por PS e PSD, em todas as campanhas eleitorais. No plano político, apenas os comunistas parecem ter propostas para desenvolver a região. Isto ficou mais uma vez claro na segunda Assembleia da Organização Regional do Litoral Alentejano do PCP, realizada no passado domingo, em Grândola.
A Organização Concelhia de Alcácer do Sal reuniu, no dia 31 de Janeiro, a sua 5.ª Assembleia de Organização, que aprovou o Projecto de Resolução Política e elegeu a nova Comissão Concelhia.
Em São Pedro da Cova, a acção de contactos com os membros do Partido está avançada. Apesar de faltarem poucos contactos para fazer, os comunistas locais estão insatisfeitos. A forte tradição comunista da freguesia aumenta-lhes a exigência. E muito.
Iniciativas de protesto de vários sectores vão decorrer até à jornada nacional de 11 de Março, convocada pela CGTP-IN e à qual a Frente Comum decidiu anteontem aderir.
Os trabalhadores resolveram devolver a «generosidade» do magro aumento salarial à administração, na sexta-feira passada, para exigir a negociação do Acordo de Empresa.
Fernando Jorge, presidente do sindicato, acusa o Ministério de pretender aumentar a idade de reforma e impor, coercivamente, a mobilidade num sector atolado de burocracia.
A Academia de Coimbra defende a consagração dos direitos dos trabalhadores-estudantes e o fomento do desporto escolar na legislação sobre o ensino superior.
O Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) está hoje, se não morto, moribundo. Crítico desde que ele está em vigor, o PCP voltou a demonstrá-lo, evidenciando como é um instrumento que, para além de não servir o País, agravou o nosso atraso estrutural e degradou as condições de vida dos portugueses.
Quinze partidos de esquerda da Europa reuniram-se em Lisboa no passado sábado, dia 7, a convite do PCP, para discutir a situação na Europa e a sua intervenção nas eleições para o Parlamento Europeu.
O Conselho Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes», reunido no sábado, 7, decidiu indicar a deputada à AR, Heloísa Apolónia, como primeira candidata do partido a integrar as listas da CDU.
Bush assume-se como um «presidente da guerra», garante que não vai perder as eleições de Novembro e diz querer «liderar o mundo para a paz e a liberdade».
A quarta cidade do Haiti, Gonaives, foi tomada, quinta-feira, pela Frente de Resistência Revolucionária de Artibonita (FRRA), que exige a destituição do presidente Jean Bertrand Aristide.
Apontado como o ano da recuperação económica 2004, para já, revela-se como o ano do agravamento das condições de vida e pela degradação dos rendimentos dos trabalhadores portugueses. Contrariamente ao que a direita pretende fazer passar, os actuais sacrifícios, de que Durão tanto fala, não são uma inevitabilidade, muito menos uma necessidade. Estes resultam da política desenvolvida pelos sucessivos governos, e muito especialmente da opção neo-liberal do actual executivo PSD/CDS-PP.
A vegetação frondosa da encosta sudoeste da Serra da Estrela serve de moldura a um edifício em granito, com três pisos, onde se exibem as mais antigas e artísticas tradições do pão português. Desde a Sala do Ciclo do Pão, ao Centro de Investigação Gastronómica, passando pelo pão político, social e religioso, tudo no Museu do Pão foi pensado para dar protagonismo à história do principal alimento dos povos.
A baixa escolaridade e a baixa qualificação profissional da maioria da população empregada constitui um das causas do atraso do País, do baixo nível de vida da população, da baixa produtividade e competitividade das empresas portuguesas.
Mas não se pense que esta situação apenas atinge os trabalhadores. Um estudo recente realizado por um centro de investigação (CIRUS) do ISEG, a pedido do Ministério da Segurança Social e do Trabalho, concluiu-se que os empresários que apareceram no período 1991/2000 tinham uma escolaridade média de apenas 7,7 anos.
Os dias de terça-feira, 26, e quarta-feira, 27 de Janeiro, criaram um inabitual «suspense» em toda a Grã-Bretanha. No primeiro, o debate nos Comuns quanto à nova lei que permite o aumento das propinas dos estudantes universitários para 4500 euros anuais, anunciava-se como susceptível de produzir a derrota do governo Blair em consequência de uma enorme deserção de deputados trabalhistas adversários daquela medida. No segundo, a apresentação pública do relatório Hutton revelaria, assim se esperava, a descarada duplicidade do primeiro-ministro quando teve de defender-se de acusações graves relacionadas com a guerra do Iraque e com a morte do cientista Kelly.