Têxtil e vestuário

Há soluções

A Comissão Concelhia de Santo Tirso do PCP denunciou em conferência de imprensa a situação laboral que se vive no Vale do Ave, de baixos salários, desemprego, falências e salários em atraso. Uma situação que tem «culpados» mas também «tem soluções».
Zona essencialmente industrial, com forte concentração na área dos têxteis e Vestuário, a zona do Vale do Ave não tem visto resolvidos os seus principais problemas – requalificação tecnológica e humana -, o que a impede se de afirmar como uma economia regional de grande importância para o País.
A globalização e as novas tecnologias, por sua vez, vieram pôr ainda mais em causa a organização da sua estrutura tradicional, levando as empresas a novas estratégias nos modelos de gestão, à utilização do trabalho precário e clandestino, à denegação dos direitos individuais e colectivos dos trabalhadores e à deslocalização para países terceiros.
No concelho de Santo Tirso, concretamente, apesar das denúncias do PCP, verifica-se a sistemática deslocalização de máquinas da indústria Têxtil e Vestuário para países norte-africanos e asiáticos, como foram os casos da Arcotêxtil, da Flor do Campo, da JMA, da José Machado Almeida ou da Valeo, entre outras.

As propostas

Entretanto, o PCP, face às medidas adoptadas pelos EUA para a salvaguarda das importações de têxteis e vestuário nomeadamente da China, questionou a Comissão Europeia, através da eudeputada Ilda Figueiredo, sobre quais as medidas que pensa tomar para a salvaguarda da indústria, do emprego e do desenvolvimento regional da Região do Vale do Ave. Fez ainda incluir na recente resolução do Parlamento Europeu sobre o futuro da indústria têxtil e do Vestuário na EU alargada a «criação de um programa comunitário específico para o sector», contemplando medidas de apoio à investigação, inovação, formação profissional e PMEs, e a criação de um programa comunitário que incentive a criação de marcas e a promoção externa dos produtos do sector, nomeadamente em feiras internacionais.
Mas o PCP quer mais. Quer «um programa de acção concreto, coeso e explícito quanto aos instrumentos, meios financeiros e calendário», e defende uma «óptica de fileira produtiva» e «uma abordagem sectorial nas negociações da OMC», de forma «a que o sector não seja moeda de troca». Por fim, chama a atenção para a necessidade de se fazer «uma avaliação séria do impacto da crescente deslocalização e liberalização do sector» e o fim do Acordo têxtil e da entrada da China na OMC.


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