Bush aposta na superioridade americana
Bush assume-se como um «presidente da guerra», garante que não vai perder as eleições de Novembro e diz querer «liderar o mundo para a paz e a liberdade».
55 % dos americanos tem «dúvidas e reservas» sobre Bush
Com os índices de popularidade em baixa e cada vez mais atolado na controvérsia sobre a (falta de) credibilidade das informações que fundamentaram a guerra no Iraque, Bush decidiu aparecer no programa «Meet the Press» (Encontro com a Imprensa) da NBC, no passado domingo. Incapaz de produzir um discurso coerente, o presidente norte-americano foi no entanto bastante claro quanto à opção belicista que preside à sua administração e que se propõe prosseguir num segundo mandato.
«Sou um presidente da guerra», disse. «Tomo decisões na sala oval para os assuntos de política externa com a guerra na minha cabeça. Gostaria que não fosse verdade, mas é. E o povo americano deve saber que tem um presidente que vê o mundo como ele é. E vê os perigos que existem e é importante para nós lidar com ele.»
Esta advertência para os «perigos» que o mundo enfrenta e para o papel que cabe aos EUA na sua resolução, enquanto superpotência, toca fundo no eleitorado, sempre pronto a vibrar com a «superioridade» norte-americana. Utilizando um tom quase messiânico, Bush insistiu na tecla ao abordar a questão das eleições de Novembro, que segundo algumas sondagens podem vir a ser ganhas pelo pré-candidato democrata à presidência, John Kerry.
«Não vou perder. Não pretendo perder. Tenho uma visão sobre o que quero fazer pelo país. Quero liderar o mundo para a paz e a liberdade. Quero liderar este grande país para trabalhar junto com os outros para mudar o mundo de maneira positiva», afirmou Bush, que se escusou no entanto a comentar o favoritismo de Kerry.
Afinal não havia armas
Confrontado com a inexistência de armas de destruição maciça no Iraque, Bush, ainda mais obtuso do que de costume, refugiou-se no domínio da futurologia, dizendo que «pode ser que Saddam Hussein não tivesse as armas não convencionais anunciadas, mas tinha capacidade de desenvolvê-las».
Embora reconhecendo que a decisão de invadir o Iraque se baseou em informações erradas da CIA, o presidente não só garantiu que o lugar do respectivo director, George Tenet, não está em perigo, como insistiu na necessidade da guerra com uma «argumentação» digna de registo: «Ele (Saddam) tinha a capacidade de ter uma arma, de fazer uma arma. Nós achávamos que ele tinha armas. A comunidade internacional achava que ele tinha armas. Mas ele tinha a capacidade de produzir uma arma e fazer com que essa arma caísse nas mãos de uma rede terrorista.»
À boa maneira americana, foi agora decidido criar uma comissão «independente» para analisar o que correu mal entre os desejos e a realidade. A comissão é tão «independente» que todos os membros são nomeados por Bush, que definiu igualmente o âmbito da investigação. Mesmo assim, o presidente não está descansado quanto aos resultados, pelo que decidiu que as conclusões da investigação só serão divulgadas em 31 de Março de 2005, ou seja, até bem depois das eleições.
A preocupação percebe-se. Uma sondagem da Time/CNN divulgada no domingo revelou que 55 por cento dos americanos tem «dúvidas e reservas» sobre Bush e que só menos de metade, 44 por cento, o consideram um dirigente em quem se pode confiar.
Fazendo jus à sua reconhecida ignorância, Bush aproveitou ainda para garantir que no Iraque não voltará a vigorar um regime islâmico fundamentalista, por que «esse povo está comprometido com uma sociedade pluralista», embora o caminho para a democracia esteja «cheio de obstáculos», sobretudo porque «essa gente foi aterrorizada e torturada por Saddam Hussein».
Uma estranha sociedade
Tanto Bush como Kerry são formados pela Universidade de Yale e membros de uma organização secreta que dá pelo nome de «Crânio e Ossos».
Segundo informações divulgadas pelo jornal «Vermelho», a sociedade «Crânio e Ossos» opera na Universidade de Yale há mais de um século e meio.
Fundada em 1833 por Alphonso Taft e William Russell Huntington, a ordem «inicia» todos os anos quinze neófitos através de rituais obscuros que incluem simulacros de sacrifícios humanos, onde é usado mel vermelho para representar o sangue.
O mais inquietante desta secreta sociedade - «tão secreta que não se pode falar disso», segundo afirmou Kelly recentemente - é que tem produzido muitas das principais figuras que ocupam os lugares cimeiros da sociedade norte-americana, desde a presidência ao Supremo Tribunal de Justiça, ao Congresso, aos serviços secretos, à Bolsa e às principais corporações financeiras.
Entre os membros da «Crânio e Ossos» encontram-se elementos das famílias Rockefeller, Roosevelt, Kellogg, Goodyear, Forbes e Vanderbilt, e das suas fileiras saíram três presidentes, os fundadores da CIA e vários conselheiros de segurança nacional. Esta restrita confraria inclui ainda personagens como os decidiram o lançamento da bomba atómica em Hiroshima (1945), três dos quatro homens que planearam a invasão da Baía dos Porcos, em Cuba (1961), e os principais responsáveis pela guerra do Vietname (1960-1975).
«Sou um presidente da guerra», disse. «Tomo decisões na sala oval para os assuntos de política externa com a guerra na minha cabeça. Gostaria que não fosse verdade, mas é. E o povo americano deve saber que tem um presidente que vê o mundo como ele é. E vê os perigos que existem e é importante para nós lidar com ele.»
Esta advertência para os «perigos» que o mundo enfrenta e para o papel que cabe aos EUA na sua resolução, enquanto superpotência, toca fundo no eleitorado, sempre pronto a vibrar com a «superioridade» norte-americana. Utilizando um tom quase messiânico, Bush insistiu na tecla ao abordar a questão das eleições de Novembro, que segundo algumas sondagens podem vir a ser ganhas pelo pré-candidato democrata à presidência, John Kerry.
«Não vou perder. Não pretendo perder. Tenho uma visão sobre o que quero fazer pelo país. Quero liderar o mundo para a paz e a liberdade. Quero liderar este grande país para trabalhar junto com os outros para mudar o mundo de maneira positiva», afirmou Bush, que se escusou no entanto a comentar o favoritismo de Kerry.
Afinal não havia armas
Confrontado com a inexistência de armas de destruição maciça no Iraque, Bush, ainda mais obtuso do que de costume, refugiou-se no domínio da futurologia, dizendo que «pode ser que Saddam Hussein não tivesse as armas não convencionais anunciadas, mas tinha capacidade de desenvolvê-las».
Embora reconhecendo que a decisão de invadir o Iraque se baseou em informações erradas da CIA, o presidente não só garantiu que o lugar do respectivo director, George Tenet, não está em perigo, como insistiu na necessidade da guerra com uma «argumentação» digna de registo: «Ele (Saddam) tinha a capacidade de ter uma arma, de fazer uma arma. Nós achávamos que ele tinha armas. A comunidade internacional achava que ele tinha armas. Mas ele tinha a capacidade de produzir uma arma e fazer com que essa arma caísse nas mãos de uma rede terrorista.»
À boa maneira americana, foi agora decidido criar uma comissão «independente» para analisar o que correu mal entre os desejos e a realidade. A comissão é tão «independente» que todos os membros são nomeados por Bush, que definiu igualmente o âmbito da investigação. Mesmo assim, o presidente não está descansado quanto aos resultados, pelo que decidiu que as conclusões da investigação só serão divulgadas em 31 de Março de 2005, ou seja, até bem depois das eleições.
A preocupação percebe-se. Uma sondagem da Time/CNN divulgada no domingo revelou que 55 por cento dos americanos tem «dúvidas e reservas» sobre Bush e que só menos de metade, 44 por cento, o consideram um dirigente em quem se pode confiar.
Fazendo jus à sua reconhecida ignorância, Bush aproveitou ainda para garantir que no Iraque não voltará a vigorar um regime islâmico fundamentalista, por que «esse povo está comprometido com uma sociedade pluralista», embora o caminho para a democracia esteja «cheio de obstáculos», sobretudo porque «essa gente foi aterrorizada e torturada por Saddam Hussein».
Uma estranha sociedade
Tanto Bush como Kerry são formados pela Universidade de Yale e membros de uma organização secreta que dá pelo nome de «Crânio e Ossos».
Segundo informações divulgadas pelo jornal «Vermelho», a sociedade «Crânio e Ossos» opera na Universidade de Yale há mais de um século e meio.
Fundada em 1833 por Alphonso Taft e William Russell Huntington, a ordem «inicia» todos os anos quinze neófitos através de rituais obscuros que incluem simulacros de sacrifícios humanos, onde é usado mel vermelho para representar o sangue.
O mais inquietante desta secreta sociedade - «tão secreta que não se pode falar disso», segundo afirmou Kelly recentemente - é que tem produzido muitas das principais figuras que ocupam os lugares cimeiros da sociedade norte-americana, desde a presidência ao Supremo Tribunal de Justiça, ao Congresso, aos serviços secretos, à Bolsa e às principais corporações financeiras.
Entre os membros da «Crânio e Ossos» encontram-se elementos das famílias Rockefeller, Roosevelt, Kellogg, Goodyear, Forbes e Vanderbilt, e das suas fileiras saíram três presidentes, os fundadores da CIA e vários conselheiros de segurança nacional. Esta restrita confraria inclui ainda personagens como os decidiram o lançamento da bomba atómica em Hiroshima (1945), três dos quatro homens que planearam a invasão da Baía dos Porcos, em Cuba (1961), e os principais responsáveis pela guerra do Vietname (1960-1975).