O desemprego é hoje um dos primeiros problemas sociais que atinge os trabalhadores do nosso país e que irá ter nos próximos tempos, uma gravidade crescente. O direito ao emprego, que é garantido pela nossa Constituição, confronta-se com décadas de política de direita que mantém e acentua o fenómeno do desemprego.
O Comité Central do PCP, na sua reunião de 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro de 2009, analisou aspectos da situação nacional e internacional, marcada pela agudização da crise do capitalismo e pela acentuação da política de direita com reflexos na profunda deterioração da situação económica do País e no agravamento das condições de vida do povo, apreciou os aspectos mais marcantes da luta de massas contra esta política e aprovou uma Resolução com medidas imediatas de combate à crise.
O Comité Central do PCP procedeu ainda a à definição das principais orientações e linhas de trabalho para a intervenção do Partido ao longo do ano, com particular destaque para o reforço da organização partidária e para as tarefas decorrentes das três exigentes batalhas eleitorais que se irão travar.
Sob o lema «Por um Portugal de progresso e justiça social numa Europa de paz e cooperação», foi apresentada, quinta-feira, em Lisboa, Ilda Figueiredo como a primeira candidata da CDU ao Parlamento Europeu. Nesta iniciativa, que contou com a presença de mais de 500 pessoas, Jerónimo de Sousa afirmou que a CDU é a única força cujo o reforço eleitoral e político pode pôr fim à alternância e abrir portas à construção de uma alternativa política. «A grande força que junta, que une e torna mais próxima a possibilidade de uma ruptura com a política de direita», sublinhou o Secretário-geral do PCP. Segue a intervenção na íntegra:
Ilda Figueiredo, primeira candidata da lista da CDU ao Parlamento Europeu, prometeu lutar, no Parlamento Europeu, contra a política de direita e defender os interesses dos portugueses e as conquistas da Revolução de Abril.
O Sector Intelectual da Organização Regional de Coimbra do PCP criou recentemente um sub-sector de bolseiros de investigação científica. As dificuldades são muitas e os passos dados são ainda curtos, mas os comunistas estão determinados em organizar e mobilizar estes trabalhadores para a conquista dos direitos laborais e sociais que lhes são actualmente negados.
O processo de regressão e económica e social que se vive no distrito do Porto é anterior à crise internacional, afirma o PCP, que tem propostas para o desenvolvimento da região.
Só com a luta é possível aos trabalhadores defenderem os direitos e os postos de trabalho, afirma o PCP. Nas empresas, aproveita-se a crise para reduzir e eliminar direitos.
Ameaçados como nunca pelas políticas do Governo PS, os jovens sindicalistas da CGTP-IN darão prioridade, no actual mandato, à sindicalização e à acção nos locais de trabalho, combatendo a precariedade.
Muitas empresas invocam a «crise global» para aplicarem medidas que não têm a ver com esse contexto, e o Governo apresenta um Orçamento «suplementar» com previsões desactualizadas e medidas de reduzido impacto na economia.
É sistemática a recusa patronal de realizar a negociação colectiva, não são respeitados direitos fixados nos contratos colectivos, as empresas persistem nos baixos salários e na precariedade, protesta o Sindicato da Hotelaria do Sul.
O PCP desafiou o ministro Rui Pereira a pôr na ordem os governadores civis que, no exercício das suas funções, actuam à margem da Constituição e da lei.
Jerónimo de Sousa interpelou na passada semana José Sócrates sobre a «situação concreta» das minas de Aljustrel e da Qimonda, num debate parlamentar que considerou ter «o passo trocado com a realidade nacional», sobretudo por responsabilidade do Governo.
Quando a agricultura atravessa a pior crise dos últimos 30 anos, a CNA vai realizar, dia 26 de Março, em Lisboa, uma concentração nacional de protesto contra a política do Governo.
Representantes de mais de 300 freguesias concentraram-se, na passada semana, em São Bento para protestarem contra o corte de transferências do Orçamento de Estado que asseguram os salários dos presidentes de junta.
Despedimentos, salários em atraso, pobreza – este o drama de milhares de trabalhadores portugueses que esta semana esteve em foco no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
A análise dos regimes de segurança social em França e em Portugal, bem como a sua interligação, juntou em Paris, a 31 de Janeiro, dezenas de emigrantes portugueses.
O Hamas reiterou a vontade de estabelecer uma trégua na Faixa de Gaza. A proposta mantém-se apesar de Israel ter voltado a bombardear o território e da ajuda humanitária ser bloqueada por Telavive.