Gouveia homenageia comunista
Foi homenageada no domingo, em Gouveia, a operária comunista Eulália Mendes. A iniciativa, promovida pelo município, foi aprovada pela Assembleia Municipal por proposta do PCP. Na homenagem, que constou do acrescentar do nome desta ilustre gouveense à toponímia do concelho, interveio, em nome do PCP, Maria do Céu Ferreira, membro da Comissão Concelhia do Partido e eleita da CDU na Assembleia Municipal.
Na sua intervenção, Maria do Céu Ferreira salientou que Gouveia é uma terra com «profundas tradições operárias, terra de muitas lutas de que há registo, e onde existiu uma série de jornais operários, um dos quais dos primeiros a surgir do País». Foi esta terra que serviu de berço de «uma das maiores activistas na luta do movimento operário imigrante nos Estados Unidos da América», Eulália Mendes.
Nascida a 30 de Abril de 1910, filha de um operário anarco-sindicalista, Eulália Mendes ruma à América ainda criança, após uma vaga repressiva que recaiu sobre o operariado da região. Na cidade de New Bradford, onde a família se instala, existia uma forte comunidade portuguesa a trabalhar na indústria têxtil. Em 1928, tinha Eulália Mendes 18 anos, é desencadeada uma greve, protagonizada por operários portugueses, que durou mais de seis meses. Este acontecimento, salientou Céu Ferreira, teria em Eulália Mendes a «maior repercussão».
No seguimento desta greve, inicia uma intensa actividade sindical, revelando-se «uma grande organizadora». No final dos anos 20, o movimento operário estava com uma «enorme força» nos Estados Unidos da América.
Após a II Guerra Mundial, começam naquele país as perseguições aos comunistas e aos democratas. Eulália Mendes, conhecida activista sindical e membro do Partido Comunista Americano, é então «perseguida e impedida de trabalhar». A 26 de Maio de 1953, sob o pretexto de não ser americana, acabaria por ser expulsa dos EUA. O fascismo português impediu o seu regresso à pátria, acabando por ir viver em Varsóvia, na Polónia. Neste país viveu até 2004, quando acabaria por falecer.
A vida de Eulália Mendes, assumida comunista até ao fim da sua vida, está perpetuada em documentários e mesmo em estudos universitários de investigadores norte-americanos.
Na sua intervenção, Maria do Céu Ferreira salientou que Gouveia é uma terra com «profundas tradições operárias, terra de muitas lutas de que há registo, e onde existiu uma série de jornais operários, um dos quais dos primeiros a surgir do País». Foi esta terra que serviu de berço de «uma das maiores activistas na luta do movimento operário imigrante nos Estados Unidos da América», Eulália Mendes.
Nascida a 30 de Abril de 1910, filha de um operário anarco-sindicalista, Eulália Mendes ruma à América ainda criança, após uma vaga repressiva que recaiu sobre o operariado da região. Na cidade de New Bradford, onde a família se instala, existia uma forte comunidade portuguesa a trabalhar na indústria têxtil. Em 1928, tinha Eulália Mendes 18 anos, é desencadeada uma greve, protagonizada por operários portugueses, que durou mais de seis meses. Este acontecimento, salientou Céu Ferreira, teria em Eulália Mendes a «maior repercussão».
No seguimento desta greve, inicia uma intensa actividade sindical, revelando-se «uma grande organizadora». No final dos anos 20, o movimento operário estava com uma «enorme força» nos Estados Unidos da América.
Após a II Guerra Mundial, começam naquele país as perseguições aos comunistas e aos democratas. Eulália Mendes, conhecida activista sindical e membro do Partido Comunista Americano, é então «perseguida e impedida de trabalhar». A 26 de Maio de 1953, sob o pretexto de não ser americana, acabaria por ser expulsa dos EUA. O fascismo português impediu o seu regresso à pátria, acabando por ir viver em Varsóvia, na Polónia. Neste país viveu até 2004, quando acabaria por falecer.
A vida de Eulália Mendes, assumida comunista até ao fim da sua vida, está perpetuada em documentários e mesmo em estudos universitários de investigadores norte-americanos.