OIT prevê ano negro
O número de desempregados em todo o mundo pode aumentar em 51 milhões em 2009, alertou a Organização Internacional do Trabalho.
O total de desempregados no mundo deve superar os 230 milhões
De acordo com estimativas divulgadas pela organização, durante este ano o total de desempregados em todo o mundo deve superar os 230 milhões, fazendo a taxa de desemprego ultrapassar os 7 por cento. Ásia Oriental e Sul, União Europeia e as economias mais desenvolvidas contribuem decisivamente para o agravamento.
Na UE e nas principais potencias do sistema capitalista, a taxa de desemprego deve aproximar-se dos 8 por cento, num total de cerca de 40 milhões de pessoas, contra os 5,7 registados em 2007 e os 6,4 em 2008, diz a OIT.
A confirmar estas previsões estão os dados divulgados nas últimas semanas, que fazem o balanço do ano de 2008 e indicam uma tendência generalizada para o agravamento da situação. Na zona euro, diz o Eurostat, o total de desempregados cresceu 230 mil entre Novembro e Dezembro de 2008, sendo agora de quase 12 milhões e meio de pessoas. Face ao mesmo período de 2007, o crescimento é de quase um milhão e 400 mil indivíduos. Em todos os 27 países da UE, o total de desempregados aproxima-se dos 18 milhões
França, com mais 200 mil indivíduos inscritos nos centros de emprego em 2008, Espanha, com uma taxa superior a 14 por cento, e Alemanha com uma taxa que ascendeu, já em Janeiro deste ano, aos 8,3 por cento (3,5 milhões de pessoas) são meros exemplos.
Fora da Europa, os EUA confirmam que na terceira semana de Janeiro estavam inscritos nos centros de emprego quase 4 milhões e 800 mil cidadãos, a cifra mais elevada desde final da década de 60. No Japão, o desemprego aumentou 4,4 por cento em Dezembro passado, o valor mais elevado dos últimos três anos. Na Rússia, o governo diz que o total de desempregados no país ascende a 5,8 milhões e que em 2009 pode chegar aos 7 milhões, mas fonte do Centro de Política Social da Academia das Ciências, citada pela Lusa, admite que o total pode chegar este ano aos 10 milhões.
Na China, a economia com maior crescimento - tendência que deve manter este ano embora com um abrandamento significativo - as autoridades confirmaram que face à crise já ficaram sem emprego 20 milhões de trabalhadores migrantes, obrigados a regressar ao campo.
Milhares na rua
Se contabilizarmos os despedimentos anunciados entre os quatro últimos dias de Janeiro e os primeiros dois de Fevereiro, constatamos que empresas de diversos sectores em todo o mundo previam nesse período colocar cerca de 60 mil trabalhadores na rua. A Manitowoc Crane Group elimina 2100 postos de trabalho; a japonesa Toshiba suprime 4500 até Março, menos que a conterrânea Nippon Sheet Glass, que prevê despedir 5800. Entre as norte-americanas, a IBM traçou um plano para despedir 2800 empregos, a Kodak entre 3500 e 4500, a Ford Motor Credit (braço financeiro da construtora automóvel) 1200, a AstraZeneca 6 mil, a Bon-Ton 1150, a Starbucks 7 mil e encerra 300 lojas em todo o mundo, a Jabil Circuit 3 mil, a AOL - Time Warner 700 funcionários e a Boeing 10 mil.
O grupo bancário Dexia, por sua vez, vai dispensar entre 700 e 800 empregados; a Renault reduz a produção em Palencia, Norte de Espanha e não renova contrato com 400 trabalhadores temporários; o Metropolitano de Londres deixa sem emprego mil funcionários, um terço de que prevê a SAP, gigante europeia de software empresarial, que estima cortar 3 mil postos de trabalho, e menos que a STMicroelectronics, franco-italiana de semi-condutores que vai despedir 4500 pessoas em várias das suas unidades.
Na UE e nas principais potencias do sistema capitalista, a taxa de desemprego deve aproximar-se dos 8 por cento, num total de cerca de 40 milhões de pessoas, contra os 5,7 registados em 2007 e os 6,4 em 2008, diz a OIT.
A confirmar estas previsões estão os dados divulgados nas últimas semanas, que fazem o balanço do ano de 2008 e indicam uma tendência generalizada para o agravamento da situação. Na zona euro, diz o Eurostat, o total de desempregados cresceu 230 mil entre Novembro e Dezembro de 2008, sendo agora de quase 12 milhões e meio de pessoas. Face ao mesmo período de 2007, o crescimento é de quase um milhão e 400 mil indivíduos. Em todos os 27 países da UE, o total de desempregados aproxima-se dos 18 milhões
França, com mais 200 mil indivíduos inscritos nos centros de emprego em 2008, Espanha, com uma taxa superior a 14 por cento, e Alemanha com uma taxa que ascendeu, já em Janeiro deste ano, aos 8,3 por cento (3,5 milhões de pessoas) são meros exemplos.
Fora da Europa, os EUA confirmam que na terceira semana de Janeiro estavam inscritos nos centros de emprego quase 4 milhões e 800 mil cidadãos, a cifra mais elevada desde final da década de 60. No Japão, o desemprego aumentou 4,4 por cento em Dezembro passado, o valor mais elevado dos últimos três anos. Na Rússia, o governo diz que o total de desempregados no país ascende a 5,8 milhões e que em 2009 pode chegar aos 7 milhões, mas fonte do Centro de Política Social da Academia das Ciências, citada pela Lusa, admite que o total pode chegar este ano aos 10 milhões.
Na China, a economia com maior crescimento - tendência que deve manter este ano embora com um abrandamento significativo - as autoridades confirmaram que face à crise já ficaram sem emprego 20 milhões de trabalhadores migrantes, obrigados a regressar ao campo.
Milhares na rua
Se contabilizarmos os despedimentos anunciados entre os quatro últimos dias de Janeiro e os primeiros dois de Fevereiro, constatamos que empresas de diversos sectores em todo o mundo previam nesse período colocar cerca de 60 mil trabalhadores na rua. A Manitowoc Crane Group elimina 2100 postos de trabalho; a japonesa Toshiba suprime 4500 até Março, menos que a conterrânea Nippon Sheet Glass, que prevê despedir 5800. Entre as norte-americanas, a IBM traçou um plano para despedir 2800 empregos, a Kodak entre 3500 e 4500, a Ford Motor Credit (braço financeiro da construtora automóvel) 1200, a AstraZeneca 6 mil, a Bon-Ton 1150, a Starbucks 7 mil e encerra 300 lojas em todo o mundo, a Jabil Circuit 3 mil, a AOL - Time Warner 700 funcionários e a Boeing 10 mil.
O grupo bancário Dexia, por sua vez, vai dispensar entre 700 e 800 empregados; a Renault reduz a produção em Palencia, Norte de Espanha e não renova contrato com 400 trabalhadores temporários; o Metropolitano de Londres deixa sem emprego mil funcionários, um terço de que prevê a SAP, gigante europeia de software empresarial, que estima cortar 3 mil postos de trabalho, e menos que a STMicroelectronics, franco-italiana de semi-condutores que vai despedir 4500 pessoas em várias das suas unidades.