Assinalam-se hoje os cinco anos do início da Guerra do Iraque. Uma guerra de ocupação sustentada por mentiras e manipulações, que levou ao Iraque uma colossal tragédia humana e a ameaça constante de guerra a toda a região do Médio Oriente.
Começou com um aviso dos representantes do pessoal não docente, prosseguiu com a «marcha da indignação» dos professores, terminou com a greve e a manifestação nacional da Função Pública, mas passou também pelo protesto da Administração Local. As perdas salariais acumuladas, o congelamento dos escalões, o emprego público posto em causa para abrir o Estado aos grupos económicos, a instabilidade e insegurança que alastram com a aplicação da «mobilidade especial», o aumento da idade de reforma e a redução das pensões são motivos justos e bastantes para que mais de 300 mil vozes se juntassem na semana de luta dos trabalhadores da Administração Pública, numa primeira estimativa da Frente Comum de Sindicatos.
O aniversário do Partido continua a ser assinalado em centenas de iniciativas por todo o País, envolvendo largos milhares de militantes comunistas e amigos. Jerónimo de Sousa esteve na Madeira e em Santiago do Cacém em duas grandes iniciativas.
Mil e duzentas pessoas vindas de todo o Alentejo comemoraram em Santiago do Cacém o 87.º aniversário do PCP num grande almoço realizado no domingo, dia 16.
Centena e meia de pessoas, grande parte das quais jovens trabalhadores, participaram, no dia 15, num debate do PCP que teve como lema «Não à precariedade, trabalho com direitos».
A política de educação foi anteontem alvo de uma severa censura, com o PCP a lançar o desafio ao Governo para que suspenda o sistema de avaliação de professores.
A obtenção de acordos salariais que garantem melhorias significativas do poder de compra contrasta com sectores, nomeadamente o Estado, que tenta reduzir ainda mais o valor real dos salários.
Os sindicatos minoritários e a UGT ofereceram à administração dos CTT importantes direitos dos trabalhadores e a garantia de caducidade do «novo acordo de empresa». Os sindicatos da CGTP-IN e outros recusam a traição e apelaram à luta.
Os trabalhadores da ETAR de Ribeira de Moinhos, em Sines, mantêm a greve iniciada a 6 de Fevereiro, com solidariedade da população e sem acção do Governo e da Águas de Santo André, dona da estação.
A política de ensino voltou a estar sob o fogo cerrado dos partidos da oposição, com o PCP a acusar o Governo de atacar a escola pública e ser um «factor de instabilidade e entropia».
O Grupo Parlamentar do PCP acusou o Governo PS de, literalmente, «levar ao colo o grande capital» e, em paralelo, executar uma política que penaliza duramente os agricultores e as pequenas empresas.
O Governo anunciou, à dias, que a Universidade de Évora vai despedir 200 professores e aumentar as receitas internas (propinas). Para JCP este «ataque» só poderá ser travado com a luta dos estudantes, dos professores e dos funcionários da instituição.
O repúdio dos franceses pelas políticas anti-sociais do governo de Sarkozy foi reforçado no domingo, na segunda volta das eleições municipais e cantonais em França. A direita no poder perdeu em número de votos e de municípios conquistados. A derrota foi estrondosa.
Na véspera da cimeira dos Vinte e Sete, nos dias 13 e 14, que analisou os objectivos sociais e económicos proclamados pela chamada «Estratégia de Lisboa» em 2002, a Confederação Europeia de Sindicatos divulgou um estudo sobre a explosão da precariedade.
Mais de um milhão de iraquianos mortos e cinco milhões de refugiados e deslocados é o preço de sangue e dor por cinco anos de ocupação do Iraque pelos EUA.
As principais bolsas mundiais voltaram a cair confirmando a dimensão da crise inicialmente restrita ao subprime. O FMI anunciou uma revisão em baixa das previsões de crescimento para a economia mundial, e o ex-presidente da Reserva Federal, Alan Greenspan, diz que a crise é a mais grave desde 1945.
Rogério Ribeiro foi um artista em movimento perpétuo alimentado por um imenso amor à pintura. Atravessou a vida a desenhar e a pintar o que lhe era tão essencial como o bater do coração ou respirar o vento das lutas que vão construindo o homem e animavam a sua mão prodigiosa inventando a realidade de paisagens naturais e humanas que preenchem algumas das páginas mais sublimes da história de arte portuguesa.
Alberto Núñez Betancourt escreveu num artigo publicado recentemente no diário Granma, que a «história de África se faz antes e depois de Cuito Cuanavale». Com justiça se pode produzir tal afirmação, uma vez que depois da batalha ali travada, profundas mudanças na correlação de forças ocorreram na África Austral, permitindo não apenas a consolidação da soberania de Angola, como ainda a independência da Namíbia e o nascimento de uma nova África do Sul, liberta do apartheid.