São muitos e cada vez mais os que sofrem na pele as consequências desta política. São muitos e cada vez mais os descontentes, os revoltados, os que não suportam mais a redução das suas condições de vida, o violento ataque aos seus direitos e à sua dignidade. Mas também são muitos e cada vez mais aqueles que compreendem que o próximo dia 5 de Junho é o momento para expressar todos os protestos, todos os descontentamentos, toda a revolta.
As graves propostas do Governo sobre a legislação laboral, na Administração Pública e no sector privado, fazem parte da política de José Sócrates e do PS, com o objectivo de tirar o máximo a quem trabalha e dar ainda mais ao grande capital: retira direitos a todos os trabalhadores, para diminuir os custos do trabalho, passando mais uns milhões para os cofres patronais; destrói os serviços públicos e retira direitos à maioria dos portugueses, facilitando os negócios dos grandes grupos privados.
Para rechaçar esta política de retrocesso e exigir condições dignas de vida e de trabalho para todos, a CGTP-IN lançou um «alerta geral», apelando a uma «resposta global» dos trabalhadores, com uma forte participação na grande manifestação nacional, convocada para a próxima quinta-feira, 5 de Junho, em Lisboa.
Portugal importa cerca de metade do arroz que consome. Mas os orizicultores do Baixo Mondego desesperam com o aumento dos preços dos factores de produção e vêem constantemente adiados os investimentos necessários à sobrevivência da sua actividade.
No domingo, em Baleizão, Jerónimo de Sousa realçou a importância de se fazer da jornada de dia 5, convocada pela CGTP-IN, uma «grande manifestação de protesto, de descontentamento e de luta».
Os funcionários não docentes das escolas e jardins-de-infância cumpriram uma greve, dia 21, e manifestaram-se em Lisboa contra a ameaça de despedimento de 5 mil trabalhadores.
Jerónimo de Sousa confronta Sócrates com aumento do custo de vida
«Onde é que isto vai parar?»
O primeiro-ministro anunciou na passada semana no Parlamento algumas medidas no plano económico e social. Insuficientes, de curto alcance e tardias é o que se pode dizer destas propostas que ficam muito aquém da resposta necessária à crise e aos problemas que o próprio Governo gerou.
PS, PSD e CDS/PP chumbaram diplomas do PCP e do BE destinados a combater a precariedade na administração pública e garantir aos trabalhadores o vínculo público do emprego.
Sob o lema «contactar a cidade, afirmar a alternativa», centenas de eleitos e activistas da CDU visitaram bairros, freguesias e locais onde os maiores problemas afligem os lisboetas.
O Parlamento Europeu aprovou dia 22 uma resolução sobre o aumento dos preços dos produtos alimentares, na qual salienta a necessidade de atribuir prioridade aos alimentos relativamente aos combustíveis.
As medidas anunciadas pelo governo italiano para resolver a crise do lixo na região de Nápoles foram recebidas com protestos das populações que se opõem à invasão dos resíduos.
O comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Manuel Marulanda, morreu de ataque de coração no passado dia 26 de Março. Alfonso Cano assume a liderança da organização.
Milhares de pessoas manifestaram-se sábado em Joanesburgo, na África do Sul, exigindo o fim da violência xenófoba que em 15 dias provocou a morte de mais de 40 imigrantes.
Em Portugal há cerca de três meses, Adda Brahim é o representante no nosso país da Frente POLISARIO. Em entrevista ao Avante! o dirigente da organização que luta pela autodeterminação do Saara Ocidental falou-nos da situação no território, do curso das negociações com Marrocos, dos interesses capitalistas e do futuro do povo que, acredita, vai alcançar a independência e construir uma pátria moderna, democrática e livre.
No distrito de Santarém, a difusão do Avante! não tem parado de aumentar nos últimos anos. Quer em vendas especiais quer na distribuição semanal, o jornal do Partido chega a cada vez mais mãos e há muito ainda por onde crescer.
Desde há mais de 160 anos, ininterruptamente, dia após dia, políticos, analistas, comentadores e outros que tais, vêm repetindo a mesma lenga-lenga. A luta de classes acabou dizem. Outros vão mais longe e sentenciam que pura e simplesmente nunca existiu. Qual cassete estragada proclamam que o marxismo e/ou o marxismo-leninismo está morto e enterrado. Qual velho disco de vinil riscado, afirmam que o capitalismo é o «fim da história».