A maioria PS chumbou, na passada semana, dois projectos de resolução do PCP e do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV) que previam medidas de apoio a serviços de transportes urbanos, alguns deles municipais, que não recebem qualquer compensação financeira pelo serviço público prestado. PSD e CDS/PP abstiveram-se.
Para a bancada comunista, trata-se de «pôr cobro a uma injustiça que perdura há décadas», afectando os operadores municipais de transpores público, e que não se cinge à questão das indemnizações compensatórias. Em causa estão também as verbas de investimento para renovação de frotas e modernização das redes, cujos montantes, além de «insuficientes e desactualizados», como sublinhou o deputado comunista Bruno Dias, correm o risco de desaparecer.
Criticado pela bancada do PCP, noutro plano, foi a decisão do Executivo de deixar os operadores municipais de fora das medidas anunciadas por José Sócrates na pasada semana quanto ao aumento da compensação financeira às empresas de transportes públicos, visando evitar que os passes sociais sejam abrangidos pelo aumento generalizado dos transportes.