Um duro golpe nas FARC
O comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Manuel Marulanda, morreu de ataque de coração no passado dia 26 de Março. Alfonso Cano assume a liderança da organização.
O governo da Colômbia tem em execução uma nova «caça às bruxas», diz o PCC
O desaparecimento de Pedro Antonio Marín, conhecido como Manuel Marulanda Vélez em homenagem a um sindicalista assassinado, ou, entre os seus camaradas, chamado de «Tiro Fixo» devido à pontaria certeira que evidenciava, foi confirmada, domingo, em comunicado do Secretariado das FARC-EP transmitido pela cadeia televisiva Telesur, o qual transcrevemos abaixo na íntegra.
A notícia do falecimento de Marulanda foi inicialmente avançada, sábado, com requintes triunfantes pelo almirante David Moreno, corroborando uma anterior declaração do ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, que afirmava que o revolucionário colombiano havia sucumbido a um bombardeamento na região de Meta.
Depois da execução de Raul Reys, durante um ataque do governo de Álvaro Uribe efectuado em território equatoriano, e do assassinato de Ivan Rios, cometido por um traidor membro do seu corpo de segurança, a morte de Marulanda representa mais um duro golpe na direcção das FARC-EP, mas a organização promete não desarmar na defesa da «justiça social, da soberania nacional e da verdadeira democracia».
Reacção afina a mira
A corroborar tais preocupações estão os recentes processos e investigações levados a cabo pelo executivo de Bogotá contra políticos progressistas, dirigentes da plataforma eleitoral Pólo Democrático Alternativo (PDA) e do Partido Comunista Colombiano (PCC), personalidades e jornalistas de esquerda, entre os quais o director do órgão central comunista Voz, Carlos Lozano, acusando-os de ligações à guerrilha.
Segundo um comunicado emitido domingo pelo Comité Executivo Central do PCC, citado pela Prensa Latina, o objectivo do governo com esta «caça às bruxas» é encobrir os processos contra os seus aliados vinculados com o narcotráfico e o paramilitarismo, por isso, alerta a direcção comunista, é urgente que todas as forças democráticas façam frente a medidas cujo fito é silenciar o PDA e imobilizar a luta dos trabalhadores.
O PCC insta ainda o povo a defender as liberdades e os direitos democráticos exercendo-os e solidarizando-se activamente com os visados, e exige que o Supremo Tribunal de Justiça e o Ministério Público observem as garantias constitucionais de cidadãos cujas ideias e militância estão a ser perseguidas e judicializadas.
A tudo isto acrescem as preocupações sobre a escalada militarista de Washington contra a Venezuela e o Equador com a cobertura do presidente colombiano Álvaro Uribe.
Uribe assumiu que pretende satisfazer o desejo de Bush em instalar na província de La Guajira, na fronteira com a Venezuela, o aparato militar até agora estacionado em Manta, no Equador, base que o presidente daquele país, Rafael Correa, já disse querer recuperar em 2009.
Ainda recentemente, a Casa Branca decidiu recolocar na costa do subcontinente a uma frota desactivada nos anos 50, medidas que têm como fito travar o avanço de processos revolucionários e patrióticos afogando num banho de sangue os povos da América Latina, aqueles a quem Marulanda e milhares de outros revolucionários comunistas dedicaram e dedicam a vida.
A notícia do falecimento de Marulanda foi inicialmente avançada, sábado, com requintes triunfantes pelo almirante David Moreno, corroborando uma anterior declaração do ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, que afirmava que o revolucionário colombiano havia sucumbido a um bombardeamento na região de Meta.
Depois da execução de Raul Reys, durante um ataque do governo de Álvaro Uribe efectuado em território equatoriano, e do assassinato de Ivan Rios, cometido por um traidor membro do seu corpo de segurança, a morte de Marulanda representa mais um duro golpe na direcção das FARC-EP, mas a organização promete não desarmar na defesa da «justiça social, da soberania nacional e da verdadeira democracia».
Reacção afina a mira
A corroborar tais preocupações estão os recentes processos e investigações levados a cabo pelo executivo de Bogotá contra políticos progressistas, dirigentes da plataforma eleitoral Pólo Democrático Alternativo (PDA) e do Partido Comunista Colombiano (PCC), personalidades e jornalistas de esquerda, entre os quais o director do órgão central comunista Voz, Carlos Lozano, acusando-os de ligações à guerrilha.
Segundo um comunicado emitido domingo pelo Comité Executivo Central do PCC, citado pela Prensa Latina, o objectivo do governo com esta «caça às bruxas» é encobrir os processos contra os seus aliados vinculados com o narcotráfico e o paramilitarismo, por isso, alerta a direcção comunista, é urgente que todas as forças democráticas façam frente a medidas cujo fito é silenciar o PDA e imobilizar a luta dos trabalhadores.
O PCC insta ainda o povo a defender as liberdades e os direitos democráticos exercendo-os e solidarizando-se activamente com os visados, e exige que o Supremo Tribunal de Justiça e o Ministério Público observem as garantias constitucionais de cidadãos cujas ideias e militância estão a ser perseguidas e judicializadas.
A tudo isto acrescem as preocupações sobre a escalada militarista de Washington contra a Venezuela e o Equador com a cobertura do presidente colombiano Álvaro Uribe.
Uribe assumiu que pretende satisfazer o desejo de Bush em instalar na província de La Guajira, na fronteira com a Venezuela, o aparato militar até agora estacionado em Manta, no Equador, base que o presidente daquele país, Rafael Correa, já disse querer recuperar em 2009.
Ainda recentemente, a Casa Branca decidiu recolocar na costa do subcontinente a uma frota desactivada nos anos 50, medidas que têm como fito travar o avanço de processos revolucionários e patrióticos afogando num banho de sangue os povos da América Latina, aqueles a quem Marulanda e milhares de outros revolucionários comunistas dedicaram e dedicam a vida.