Em 20 de Fevereiro de 2005, há dois anos, realizaram-se eleições legislativas. Muitos trabalhadores e uma parte significativa da população criaram a ilusão de que o voto no PS se traduziria por uma mudança de rumo face aos três anos de governos do PSD/CDS-PP.
O balanço de dois anos de Governo de Sócrates, salienta a CGTP-IN, confirma as razões para os trabalhadores do sector empresarial e da Administração Pública participarem na acção nacional de luta convergente, convocada pela central para exigir mudança de políticas.
Jerónimo de Sousa participou, anteontem, no lançamento da Conferência Nacional do PCP sobre Questões Económicas e Sociais, que se realiza nos dias 24 e 25 de Novembro. Proceder a uma análise global e integrada da situação económica e social do País e traçar as propostas necessárias para a resolução dos grandes problemas nacionais são os objectivos da iniciativa.
Os comunistas querem impedir a liberalização dos despedimentos, agora disfarçada sob o termo «flexi-segurança» (ou «flexigurança»). Quanto mais cedo começar a luta, mais provável será o recuo do Governo, realça o PCP.
A vida de António Gervásio confunde-se com a história do PCP nas últimas décadas. Ambas foram celebradas no domingo, em Montemor-o-Novo, num almoço comemorativo dos oitenta anos do histórico dirigente comunista.
No comício realizado pelo PCP no sábado passado, em Alverca, Jerónimo de Sousa denunciou o aumento crescente do desemprego e alertou para a ofensiva que o Governo tem em curso contra o mundo do trabalho.
No dia 6 de Março, terça-feira, numa iniciativa comemorativa dos 86 anos do PCP, será feita em Lisboa a apresentação pública das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal.
Os representantes dos trabalhadores da Portugal Telecom, que promoveram uma concentração junto à residência oficial do primeiro-ministro, manifestaram «esperanças» de que o Governo «terá que assumir as suas responsabilidades» e negar a «desblindagem» dos estatutos exigida por Belmiro de Azevedo.
O fórum «Administração Pública, património do País» concluiu, dia 22, em Lisboa, que só a luta de massas pode impedir a destruição do património público.
O Governo prepara-se para acabar com o Incentivo ao Arrendamento Jovem, uma decisão contestada na sexta-feira pela JCP numa campanha nacional em todo o País. O Avante! acompanhou acções em Lisboa e no Seixal. O IAJ existe desde 1992 e dele usufruem 25 mil jovens.
Baixaram à discussão na especialidade, sem votação, os diplomas sobre o combate à corrupção apresentados pelo PS, PCP, PSD, BE, CDS-PP e pelo ex-deputado socialista João Cravinho.
O recente anúncio de que a previsão do défice de 2006 poderá ser inferior a 4,6 por cento é visto pelo PCP como mais uma manobra de propaganda do Governo, a quem acusa de exultar com tal resultado mas simultaneamente esconder que, a dar-se, sê-lo-á com incomensuráveis custos para o País e os portugueses.
A CDU da Amadora acusa a maioria PS na Câmara da Amadora de favorecer o Grupo Mello, que gere o Hospital Amadora-Sintra, ao ter aprovado a aquisição de acções daquele grupo económico.
Os habitantes da Vidigueira estão a responder a inquéritos promovidos pela Câmara Municipal, que pretende conhecer as suas condições de vida para detectar problemas sociais e ajudar as famílias mais carenciadas.
Má gestão e descontrolo dos custos de empreitadas são as principais irregularidades apontadas no relatório sobre a actividade da empresa municipal lisboeta Gebalis.
Dois votos bastaram para que o primeiro-ministro italiano batesse com a porta, ameaçando com a ruptura definitiva caso não obtivesse o apoio «total» dos seus parceiros de coligação.
Oito por cento dos adultos com emprego nos 25 países da UE auferem rendimentos abaixo do limiar da pobreza. Em Portugal, a percentagem de trabalhadores pobres é a mais elevada do conjunto (14%), apenas igualada pela Polónia.
A Comissão Europeia vai assinalar o Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, com a publicação de um relatório que alerta para graves as desigualdades salariais entre homens e mulheres no seio dos estados-membros.
Dezenas de milhares de pessoas (60 mil segundo a organização «Parem a Guerra») manifestaram-se, no sábado, 24, nas ruas de Londres, para exigirem a retirada total das tropas britânicas do Iraque.
A pretexto de um excesso de produção de vinho, a Comissão Europeia pretende promover o arranque de 400 mil hectares de vinhedo. Os deputados do PCP condenam esta reforma e propõem caminhos alternativos.
O Grupo de Trabalho do Encontro de Partidos Comunistas e Operários reuniu em Atenas e agendou a próxima assembleia plenária para Novembro, data em que se comemora o 90.º aniversário da Revolução de Outubro.
Lu-Olo é candidato às eleições presidenciais de Abril em Timor Leste. Após a apresentação da candidatura da Fretilin, Ramos-Horta também anunciou que está na corrida para o cargo.
No âmbito da sua vista a Lisboa, na passada semana, onde realizou um encontro com a direcção do PCP, o secretário-geral do Partido Comunista de Espanha, Paco Frutos, concedeu uma entrevista ao nosso jornal, em que fala da cooperação internacional e aborda alguns aspectos da actualidade do seu país.
As consequências das políticas (no seu conceito amplo) impostas ao País nos últimos 30 anos, designadamente após a integração, em 1986, por razões ideológicas, (leia-se: anticomunista) naquilo que se designa por União Europeia, essas consequências, dizíamos nós, são múltiplas e complexas.
A falta de objectividade a nível dos média, que leva muitos dos jornalistas a não cruzar fontes de informação diferentes e a não divulgar opiniões diferentes, é cada vez mais frequente. O exemplo mais recente é o «conselho» dado a Portugal pela OCDE para liberalizar ainda mais os despedimentos individuais, que foi transformado por muitos jornalistas em verdade absoluta, inquestionável e única e assim transmitido à opinião publica. Assiste-se ainda à tendência de certos profissionais para fazer passar como suas ou como posição dos jornais em que trabalham as opiniões e informações de entidades interessadas em condicionar a opinião pública, bem como em ajustar o que publicam às posições do poder político e mesmo económico. Isto não significa que não existam jornalistas, e felizmente ainda existem muitos, que resistem a «esta onda», pautando a sua conduta pela objectividade e rigor.