Acidente do Tua

A «má consciência» do Governo

O PCP contestou a recusa em ouvir no Parlamento o Ministro das Obras Públicas sobre as causas do acidente ferroviário no Tua, acusando a bancada socialista de «ter problemas de consciência» pela «política de destruição» deste transporte pesado no interior do país.
Esta posição foi assumida pelo deputado comunista Agostinho Lopes, no dia 21, após a rejeição pelo PS de um requerimento do PCP a solicitar a presença de Mário Lino para o esclarecimento cabal das causas do acidente, nomeadamente as que poderão estar associadas ao estado da Linha.
Independentemente dos resultados do inquérito mandado instaurar pela Procuradoria-Geral da República, na opinião do PCP, afigura-se importante que a Assembleia da República esclareça e possa debater o sucedido. Imperativo este tanto maior, segundo Agostinho Lopes, se se levarem em conta as declarações do bastonário das Ordem dos Engenheiros quando este afirmou publicamente que o Governo não tem capacidade técnica para concretizar todo o acompanhamento para as obras de conservação da linha do Tua.
O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, em entrevista à Rádio Renascença, defendeu que o acidente na linha do Tua podia ter sido evitado caso as estruturas ferroviárias tivessem sido alvo de manutenção.
Do acidente ocorrido no dia 12 de Fevereiro, com uma composição do Metro de Mirandela ao serviço da CP, que se despenhou no rio, recorde-se, resultaram três mortos e dois feridos.


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