Ministro foge às questões
O ministro da Ciência e do Ensino Superior foi ao Parlamento anunciar a apresentação para breve de um novo sistema de mobilidade para os estudantes. Classificando-o de «revolução no sistema de mobilidade nacional e internacional», afirmou que o mesmo permitirá o reconhecimento automático em Portugal de licenciaturas e mestrados obtidos no estrangeiros.
Mariano Gago, que falava aos deputados faz amanhã oito dias em sessão de perguntas sobre a área por si tutelada, informou ainda que remeterá dentro de semanas à Assembleia da República a proposta da nova lei de avaliação do ensino superior.
O pior foi quando o governante foi confrontado com as perguntas e críticas da oposição, oriundas de todos os quadrantes, em particular do PCP. Aí, num mal disfarçado desconforto, reagindo mal à crítica, optou por fugir como o diabo da cruz às questões que lhe foram colocadas pelos deputados comunistas João Oliveira e Miguel Tiago.
De tal maneira que, no final, o líder parlamentar comunista não pôde calar o seu protesto por o Governo não ter respondido a inúmeras questões.
«É evidente que quando a propaganda do Governo não resiste à realidade concreta, as dificuldades são muito grandes. E quando às perguntas feitas se responde apenas com frases de conveniência, às vezes a roçar o insulto, estamos perante uma atitude de total desrespeito pela Assembleia da República», afirmou Bernardino Soares numa crítica dura à postura do Ministro da Ciência e do Ensino Superior, que, passando ao lado das questões suscitadas pela bancada comunista, preferiu entrar no terreno da falsidade, acusando os deputados comunistas de «conservadorismo», de pretenderem que «tudo fique na mesma» e de não acompanharem o que «são as transformações» em curso na Europa.
Quanto às questões concretas colocadas por João Oliveira e Miguel Tiago, essas, ficaram sem qualquer resposta do Ministro. Nada disse, entre outras importantes matérias, sobre o pagamento de propinas máximas por bolseiros de acção social escolar; a situação de três mil estagiários da administração pública que vão para a rua ao fim de um ano de estágio; a incerteza quanto ao futuro que paira sobre dois mil professores do ensino superior com o emprego em risco por não haver certezas sobre homologações de segundos ciclos de formação superior; sobre a dimensão dos apoios de acção social para os segundos ciclos, tendo em conta que as propinas ascendem a três mil euros; sobre a reforma dos Laboratórios do Estado, marcada pelo congelamento de contratações, pelo recurso ao estatuto do bolseiro de investigação científica e pela diminuição da massa salarial dos trabalhadores.
Mariano Gago, que falava aos deputados faz amanhã oito dias em sessão de perguntas sobre a área por si tutelada, informou ainda que remeterá dentro de semanas à Assembleia da República a proposta da nova lei de avaliação do ensino superior.
O pior foi quando o governante foi confrontado com as perguntas e críticas da oposição, oriundas de todos os quadrantes, em particular do PCP. Aí, num mal disfarçado desconforto, reagindo mal à crítica, optou por fugir como o diabo da cruz às questões que lhe foram colocadas pelos deputados comunistas João Oliveira e Miguel Tiago.
De tal maneira que, no final, o líder parlamentar comunista não pôde calar o seu protesto por o Governo não ter respondido a inúmeras questões.
«É evidente que quando a propaganda do Governo não resiste à realidade concreta, as dificuldades são muito grandes. E quando às perguntas feitas se responde apenas com frases de conveniência, às vezes a roçar o insulto, estamos perante uma atitude de total desrespeito pela Assembleia da República», afirmou Bernardino Soares numa crítica dura à postura do Ministro da Ciência e do Ensino Superior, que, passando ao lado das questões suscitadas pela bancada comunista, preferiu entrar no terreno da falsidade, acusando os deputados comunistas de «conservadorismo», de pretenderem que «tudo fique na mesma» e de não acompanharem o que «são as transformações» em curso na Europa.
Quanto às questões concretas colocadas por João Oliveira e Miguel Tiago, essas, ficaram sem qualquer resposta do Ministro. Nada disse, entre outras importantes matérias, sobre o pagamento de propinas máximas por bolseiros de acção social escolar; a situação de três mil estagiários da administração pública que vão para a rua ao fim de um ano de estágio; a incerteza quanto ao futuro que paira sobre dois mil professores do ensino superior com o emprego em risco por não haver certezas sobre homologações de segundos ciclos de formação superior; sobre a dimensão dos apoios de acção social para os segundos ciclos, tendo em conta que as propinas ascendem a três mil euros; sobre a reforma dos Laboratórios do Estado, marcada pelo congelamento de contratações, pelo recurso ao estatuto do bolseiro de investigação científica e pela diminuição da massa salarial dos trabalhadores.