Israel aposta na provocação
Dezenas de veículos militares apoiados por centenas de soldados de infantaria do exército de Israel ocupam, desde domingo, a cidade de Nablus, na Cisjordânia. A incursão é a terceira nos últimos seis meses e já foi qualificada pela Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) de «brutal agressão».
De acordo informações recolhidas por agências internacionais junto de fontes palestinianas, durante as primeiras horas do ataque o exército de Telavive decretou o recolher obrigatório e passou em revista dezenas de edifícios. Cerca de cem pessoas foram presas e interrogadas durante horas, mas destas apenas cinco se mantêm detidas pelos ocupantes, disseram as mesmas fontes.
Pelo menos oito palestinianos e dois soldados israelitas ficaram feridos em resultado da operação «Inverno Quente», lançada sob o pretexto de proceder ao desmantelamento de fábricas e armazéns de explosivos no território controlado pela ANP, divulgaram por sua vez responsáveis militares israelitas.
Quem não acredita na justificação de Israel são as autoridades palestinianas. A ANP considerou, em comunicado à imprensa, que a reocupação de Nablus, mesmo que temporária, outro objectivo não tem que não seja sabotar a formação de um governo de unidade palestiniano, fomentando condições de crispação armada na região.
Hamas, Fatah e outras formações políticas palestinianas têm vindo a ultimar a entrada em funções de um executivo de reconciliação nacional, fórmula que, sustentam, deverá desbloquear o embargo decretado pelos EUA e pela UE contra a Palestina desde que o Hamas venceu as eleições legislativas no território, embora a posição das potências capitalistas pouco ou nada tenha mudado desde que foi instaurado o boicote.
Líbano de novo envolvido
No dia anterior à invasão na Cisjordânia, Israel voltou a sobrevoar o Sul e o Ocidente libanês, acção que, para além de violar a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, é entendida como uma provocação procurando envolver o país novamente no conflito. Caça-bombardeiros israelitas simularam ataques a baixa altitude, operação à qual o Líbano não parece ter respondido.
A troca de tiros ocorreu mas no final da semana passada, quando a um «exercício» semelhante respondeu o exército libanês com a defesa antiaérea. Igualmente grave foi a movimentação de tropas de ambos os países junto à fronteira, situação que só não degenerou em violência graças à intervenção dos contingentes das Nações Unidas estacionados no país dos cedros.
Manifestantes reprimidos
Simultaneamente, em Israel, um protesto de centenas de palestinianos e militantes pacifistas israelitas foi reprimido pela polícia com recurso a gás lacrimogéneo e balas de borracha.
Os manifestantes juntaram-se junto à localidade de Bilin para rejeitarem a construção do muro de separação entre os territórios e as alterações introduzidas recentemente pelo primeiro-ministro Ehud Olmert ao projecto inicial. A nova linha de fronteira, dizem, agrava as condições anteriores porque para incluir um colonato israelita com cerca de 1500 habitantes e algumas propriedades agrícolas deixa completamente isolada uma vila palestiniana com cerca de 20 mil pessoas.
O muro de separação começou a ser construído em 2002 e, caso se concretize o plano inicial, cerca de 15 por cento das terras cultiváveis palestinianas ficarão do lado de Israel. Mais de 120 aldeias e cidades vão desaparecer obrigando ao êxodo forçado de quase 300 mil palestinianos.
De acordo informações recolhidas por agências internacionais junto de fontes palestinianas, durante as primeiras horas do ataque o exército de Telavive decretou o recolher obrigatório e passou em revista dezenas de edifícios. Cerca de cem pessoas foram presas e interrogadas durante horas, mas destas apenas cinco se mantêm detidas pelos ocupantes, disseram as mesmas fontes.
Pelo menos oito palestinianos e dois soldados israelitas ficaram feridos em resultado da operação «Inverno Quente», lançada sob o pretexto de proceder ao desmantelamento de fábricas e armazéns de explosivos no território controlado pela ANP, divulgaram por sua vez responsáveis militares israelitas.
Quem não acredita na justificação de Israel são as autoridades palestinianas. A ANP considerou, em comunicado à imprensa, que a reocupação de Nablus, mesmo que temporária, outro objectivo não tem que não seja sabotar a formação de um governo de unidade palestiniano, fomentando condições de crispação armada na região.
Hamas, Fatah e outras formações políticas palestinianas têm vindo a ultimar a entrada em funções de um executivo de reconciliação nacional, fórmula que, sustentam, deverá desbloquear o embargo decretado pelos EUA e pela UE contra a Palestina desde que o Hamas venceu as eleições legislativas no território, embora a posição das potências capitalistas pouco ou nada tenha mudado desde que foi instaurado o boicote.
Líbano de novo envolvido
No dia anterior à invasão na Cisjordânia, Israel voltou a sobrevoar o Sul e o Ocidente libanês, acção que, para além de violar a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, é entendida como uma provocação procurando envolver o país novamente no conflito. Caça-bombardeiros israelitas simularam ataques a baixa altitude, operação à qual o Líbano não parece ter respondido.
A troca de tiros ocorreu mas no final da semana passada, quando a um «exercício» semelhante respondeu o exército libanês com a defesa antiaérea. Igualmente grave foi a movimentação de tropas de ambos os países junto à fronteira, situação que só não degenerou em violência graças à intervenção dos contingentes das Nações Unidas estacionados no país dos cedros.
Manifestantes reprimidos
Simultaneamente, em Israel, um protesto de centenas de palestinianos e militantes pacifistas israelitas foi reprimido pela polícia com recurso a gás lacrimogéneo e balas de borracha.
Os manifestantes juntaram-se junto à localidade de Bilin para rejeitarem a construção do muro de separação entre os territórios e as alterações introduzidas recentemente pelo primeiro-ministro Ehud Olmert ao projecto inicial. A nova linha de fronteira, dizem, agrava as condições anteriores porque para incluir um colonato israelita com cerca de 1500 habitantes e algumas propriedades agrícolas deixa completamente isolada uma vila palestiniana com cerca de 20 mil pessoas.
O muro de separação começou a ser construído em 2002 e, caso se concretize o plano inicial, cerca de 15 por cento das terras cultiváveis palestinianas ficarão do lado de Israel. Mais de 120 aldeias e cidades vão desaparecer obrigando ao êxodo forçado de quase 300 mil palestinianos.