Neste início de 2008 o povo português é atingido por uma situação de dificuldades sem paralelo desde o 25 de Abril. Mais de trinta anos de política de direita, quase três anos de Governo PS conduziram o País a uma situação preocupante.
Mais de cinco mil representantes de centenas de milhares trabalhadores de todo o País exigiram, dia 24, diante da Confederação da Indústria Portuguesa e do Ministério do Trabalho, o fim do bloqueio da negociação colectiva.
Num momento em que o Governo intensifica a sua ofensiva contra direitos fundamentais dos trabalhadores e do povo, o PCP está na frente da luta contra a política de direita. A edição especial do Avante! subordinada às alterações, para pior, ao Código do Trabalho e a defesa do Serviço Nacional de Saúde estiveram em destaque nestes dias.
O secretário-geral do PCP acusou o Governo de mentir ao povo no que à garantia dos cuidados de saúde diz respeito, e de promover os negócios privados no sector.
Foi com emoção que largas dezenas de pessoas prestaram, no dia 25, uma última homenagem à nossa camarada de redacção Ivone Dias Lourenço, falecida na véspera.
Jerónimo de Sousa participou, quarta-feira, no Seixal, numa acção de protesto contra a destruição do Serviço Nacional de Saúde. No concelho, há 50 mil utentes sem médico de família. No entanto, o Governo insiste em encerrar serviços de saúde.
Esta remodelação «é expressão de um profundo desgaste e descredibilização da política do Governo, cuja insustentabilidade se expressa na amplitude da luta e do protesto dos trabalhadores e das populações».
No primeiro comunicado deste ano, a Frente Comum de Sindicatos aponta resultados concretos e importantes, alcançados com a luta dos trabalhadores, e afirma a determinação de prosseguir o combate em 2008.
Trabalhar mais de 700 propostas de alteração ao ante-projecto de Programa de Acção e concluir a lista de candidatos ao Conselho Nacional são as principais tarefas da direcção da CGTP-IN, a duas semanas do 11.º Congresso da central.
O PCP exige a suspensão imediata do processo em curso de encerramento e concentração de urgências e outras valências hospitalares, bem como de serviços de atendimento urgente em centros de saúde.
O rumo errado da política agrícola e suas consequências desastrosas sobre a produção e o rendimento dos agricultores voltaram a ser postos em evidência em debate com o ministro da Agricultura e Pescas.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) condenou «firmemente» o bloqueio imposto pelo governo e exercito israelita à Faixa de Gaza, na Palestina, e considerou que tal acto constitui um «claro e inequívoco crime contra a humanidade».
As duas eleições regionais realizadas no domingo nos estados de Hessen e da Baixa Saxónia resultaram numa pesada sanção para o partido conservador de Angela Merkel e num claro reforço do Die Linke (A Esquerda).
Vinte meses de governação da coligação de centro-esquerda terminaram com a demissão de Romano Prodi na sequência de um caso de corrupção que atingiu o partido do ex-ministro da Justiça.
Milhares de palestinianos cruzaram a fronteira com o Egipto em busca de víveres. Apesar de ter aliviado a pressão sobre Gaza, a crise continua depois de o governo egípcio ter reposto o controlo no território.
Venezuela, Cuba, Nicarágua, Bolívia e República Dominicana subscreveram, domingo, projectos de cooperação que rompem com o neoliberalismo e asseguram a soberania dos povos, entre os quais o Banco da ALBA.
Até ao dia 6 de Abril está a decorrer, no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, uma exposição sobre a antologia de artes plásticas de José Dias Coelho. Esta mostra divide-se em 12 áreas distintas: «Paisagem», «Auto-Retrato», «Retrato de Família», «Pinhel», «Outros Retratos», «Caricaturas», «Outras Obras», «Retratos de Amigos», «Estudos», «Líricos», «Neo-Realismos» e «Escultura».
A escritora americana Naomi Wolf publicou há quase um ano (Guardian, 23-04-07) um curioso texto: «Fascist America, in 10 easy steps» («Uma América fascista, em 10 etapas simples»). O tema tem sido abordado, com bastante mais rigor, aliás, por várias figuras da esquerda norte-americana. Mas esta autora é aquilo a que costuma chamar-se «francamente insuspeita»: foi uma colaboradora próxima de Clinton, em cujo círculo continua a situar-se. A sua matriz ideológica leva-a a amalgamar ditaduras fascistas e alguns regimes socialistas, mas no fim de contas essa grelha de análise talvez torne ainda mais significativa a posição que assume. Por outro lado, e embora o omita cuidadosamente, nas situações que denuncia no seu artigo houve e há responsabilidades partilhadas por ambas as forças hegemónicas no sistema político norte-americano, nomeadamente no plano político e no plano legislativo.
Começa amanhã, sexta-feira, e prolonga-se até domingo, em Lisboa, no Parque das Nações, uma reunião do Conselho Geral da Federação Mundial da Juventude Democrática, o órgão máximo da Federação entre assembleias, que se realizam de quatro em quatro anos. Ali será abordada a situação e linhas de trabalho a desenvolver por parte da FMJD e suas organizações, no combate ao imperialismo e na luta por uma paz duradoura e com direitos para os jovens do mundo.
Neste evento participarão mais de 70 delegados de países de todos os continentes do mundo, representando as várias organizações membro da FMJD, organização de reconhecida projecção mundial (tendo recebido da ONU a distinção de «Mensageiro da Paz»), que actualmente é presidida por uma organização portuguesa: a Juventude Comunista Portuguesa.
João Abel Manta, arquitecto e artista plástico, trabalha em várias áreas dessas disciplinas deixando obra notável em todas elas. No entanto, incorre no risco de se tornar quase só conhecido publicamente pela sua obra gráfica, ilustrações de livros, composições gráficas para artes aplicadas, principalmente os cartoons que as urgências de intervir, politica e culturalmente, desde os anos 40, na revista Arquitectura até à colaboração no JL nos anos 80/90, sem obviamente esquecer todos os que de 1969 a finais de 1975 escreveram a história de Portugal e que são indispensáveis para a compreender.