Liberais polacos privatizam saúde

Eleito em Outubro passado, após a queda do governo de Jaroslaw Kaczynski, o liberal de direita Donald Tusk aludiu a «um milagre económico» e prometeu aumentos salariais e uma vida melhor para os polacos.
Três meses depois, o seu governo ataca-se ao «deficitário» sistema público de saúde e propõe-se transformar os hospitais em sociedades de direito comercial, ou seja, privatizar a sua gestão ainda que 51 por cento do capital fique reservado aos municípios ou ao estado.
Entretanto, a ministra da Saúde está a elaborar uma lista de tratamentos e medicamentos que deixarão de ser comparticipados pela segurança social. A imprensa polaca, segundo o Le Monde (25.01), assegura que essa lista já inclui três mil dos 18 mil actos médicos e fármacos hoje garantidos gratuitamente pelo sistema.
Lembrando ao governo as promessas eleitorais, os enfermeiros polacos cumpriram uma greve de duas horas, dia 21, exigindo aumentos salariais, eles que ganham entre 330 e 630 euros por mês.
Em luta estão também os médicos, cujo sindicato exige uma convenção colectiva que assegure até 2010 a elevação dos salários para 1500 euros mensais para um médico generalista e para 2250 euros um especialista. Os médicos internos ameaçam manifestar-se caso não vejam aumentados os seus vencimentos que rondam os 330 euros mensais.


Mais artigos de: Europa

Alemães à esquerda

As duas eleições regionais realizadas no domingo nos estados de Hessen e da Baixa Saxónia resultaram numa pesada sanção para o partido conservador de Angela Merkel e num claro reforço do Die Linke (A Esquerda).

A queda de Prodi

Vinte meses de governação da coligação de centro-esquerda terminaram com a demissão de Romano Prodi na sequência de um caso de corrupção que atingiu o partido do ex-ministro da Justiça.

Conselho da Europa denuncia «listas negras»

A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, com sede em Estrasburgo, aprovou, dia 23, uma resolução, na qual se afirma que as «listas negras» estabelecidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e pela União Europeia não respeitam os direitos fundamentais.O texto, que se congratula com o facto de nos últimos...

Polícias protestam em Londres

Cerca de 18 mil polícias desfilaram, dia 23, em Londres, exigindo aumentos salariais. Esta foi a maior manifestação das forças policiais desde 1919, segundo a federação do sector que representa cerca de 139 mil polícias. O conflito foi provocado pela recusa por parte do governo trabalhista de proceder à actualização...

Igualdade e indústria

Não é a primeira vez que esta coluna se debruça sobre a questão do papel da mulher na indústria. Há algumas semanas atrás, ainda em 2007 e aquando do início da discussão do projecto de relatório de Ilda Figueiredo sobre este tema, na Comissão para os Direitos das Mulheres e a Igualdade de Género do Parlamento Europeu...