A RESPOSTA NECESSÁRIA
No próximo sábado as cidades do Porto e de Lisboa serão palco de duas grandes manifestações convocadas pela CGTP-IN contra o empobrecimento e as injustiças, pela defesa do direito ao emprego, ao salário, às pensões e à Segurança Social.
Com as grandes manifestações que vão ter lugar em Lisboa e no Porto, «1 de Outubro vai ficar na história da luta social como um dia marcante do combate firme a esta política de direita e de luta pela alternativa que será capaz de responder às aspirações justas dos trabalhadores e ao desenvolvimento do País».
As conhecidas intenções de alteração da legislação do trabalho têm um carácter retrógrado inequívoco e constituem a mais profunda tentativa de revisão das leis laborais, desde o 25 de Abril, posta em marcha de forma encapotada e cínica, a partir do acordado entre a troika dos credores (UE, BCE e FMI) e a troika dos submissos (PS, PSD e CDS).
A CGTP-IN, nas mais recentes posições que divulgou, salienta que a redução de salários e de direitos dos trabalhadores visa intensificar a exploração e nada tem a ver com a dívida pública, já que o resultado vai para os accionistas e donos das empresas. Aos trabalhadores, particularmente aos mais jovens, mas também à sociedade portuguesa, em geral, a central apela a que se mobilizem e lutem, contra as «propostas execráveis» já avançadas, contra a política de direita de sucessivos governos, por uma alternativa que garanta a dignidade de quem trabalha e que tenha por objectivos centrais o progresso e a justiça social. Só pela luta tal será possível – desde já, com uma muito forte participação nas manifestações do próximo sábado, em Lisboa e no Porto.
Num comício realizado no sábado do centro histórico de Braga, Jerónimo de Sousa apelou à criação de um «vasto movimento popular de exigência de rejeição» do programa comum da troika estrangeira e do Governo.
As alterações que o Governo quer introduzir na legislação laboral visam o drástico agravamento da exploração, denunciou o PCP, que apelou a uma forte participação dos trabalhadores nas manifestações do próximo sábado, em Lisboa e no Porto.
O anunciado «Livro Verde» para a reforma administrativa do poder local é, para a Comissão Política do CC do PCP, um programa de «subversão do poder local democrático», que urge derrotar.
O PCP alertou, domingo, para as consequência na área da Cultura do Programa de Redução e Melhoramento da Administração Central e apelou à luta de todos os criadores e trabalhadores da Cultura.
O Ministério da Economia e do Emprego e o Parlamento foram os destinatários dos protestos, mas estes ganharam visibilidade na Praça Luís de Camões.
O ministro Nuno Crato declarou disponibilidade para ouvir os professores, mas os responsáveis do Ministério não receberam os sindicatos da Fenprof e abandonaram o edifício a alta velocidade.
Intensificar a luta contra «o roubo organizado» que significam as privatizações, fazendo-a convergir para a jornada de luta de 1 de Outubro foi o compromisso assumido, dia 22, em Lisboa, numa tribuna pública.
A ordem do dia da sessão plenária de hoje será dominada pelo debate de urgência sobre Educação suscitado pelo PCP, que entretanto entregou dois diplomas relacionados, um, com as listas dos concursos, o outro, com a integração dos professores contratados na carreira docente.
As mais recentes propostas de alteração à legislação laboral constituem um novo e «gravíssimo ataque aos trabalhadores». A esta autêntica «declaração de guerra» responde o PCP afirmando que «a hora é de luta», como ficará patente já no próximo sábado, dia 1.
A maioria PSD/CDS, reforçada em quatro dos oito diplomas em debate com os votos negativos do PS, chumbou na passada semana o pacote legislativo do PCP destinado a uma maior justiça fiscal.
O Governo teima em liquidar o Serviço Nacional da Saúde (SNS), propondo ir mais longe do que o próprio memorando da troika e transformando a Saúde num negócio.
A JCP integrou, entre os dias 18 e 22, uma missão de solidariedade com o povo palestiniano, promovida pelo Conselho Mundial da Paz e pela Federação Mundial da Juventude Democrática.
Depois do anúncio, na semana passada, de um novo pacote de austeridade, o governo grego voltou a ameaçar, no domingo, 25, com novas medidas de empobrecimento das massas.
Milhares de trabalhadores suíços e estrangeiros, entre eles portugueses, desfilaram, no sábado, 24, em Berna, contra o dumping salarial e para exigir a negociação de uma nova convenção colectiva.
O Conselho de Segurança da ONU começou a analisar esta segunda-feira, 26, em Nova Iorque, o pedido do presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, de reconhecimento do Estado da Palestina.
René González, um dos Cinco patriotas cubanos ilegalmente presos nos EUA, foi condenado a passar três anos de liberdade condicional em Miami, antro da extrema-direita anti-cubana.
A criação de um serviço público de Saúde resultou em Portugal da iniciativa revolucionária do povo e de muitos profissionais de Saúde no contexto da Revolução de Abril. A Constituição da República designou-o como Serviço Nacional de Saúde e inscreveu-o como instrumento da concretização da responsabilidade prioritária do Estado garantir o direito à Saúde.
O agravamento da crise nos países do Sul da zona euro intensificou o debate ideológico na Europa.
Os governantes, os banqueiros, os dirigentes das transnacionais e os media ditos de referência repetem monocordicamente que não há alternativa para o capitalismo. Mas é indisfarçável o seu mal-estar perante o avolumar da contestação ao sistema.
Na apresentação do «Documento de Estratégia Orçamental 2011-2015» na Assembleia da República, o característico ministro das Finanças deu novamente um «ar do seu saber». Citou Keynes para justificar o corte brutal da despesa pública ficando evidente que não tinha lido ou não tinha compreendido Keynes, pois qualquer estudante de economia sabe que Keynes defendeu a intervenção do Estado para animar a economia, nomeadamente durante uma recessão.