As comemorações dos 30 anos da Revolução de Abril e do 1.º de Maio em liberdade realizadas num quadro precedido por um grande embate ideológico constituíram dois grandes acontecimentos de grande significado histórico.
O Comité Central do Partido Comunista Português, reunido a 10 de Maio de 2004, procedeu a uma análise a desenvolvimentos recentes da situação política nacional e internacional, à expressão e significado da ampla participação popular nas comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio, ao trabalho de preparação das eleições europeias de 13 de Junho e à actividade partidária com vista ao reforço da intervenção da organização e da iniciativa política do Partido. O Comité Central debateu e aprovou as linhas gerais da Declaração Programática a apresentar pelo PCP às próximas eleições para o Parlamento Europeu.
Com o lema «Outro caminho para Portugal e para a Europa», a CDU começou já a sua pré-campanha para as eleições europeias, assumindo o objectivo de reconquistar o terceiro deputado.
O Entroncamento acolheu, no passado dia 8, a 7.ª Assembleia da Organização Regional de Santarém do PCP, marcada pelas eleições europeias, a ofensiva do Governo e a busca das formas de lhe dar combate.
Intervindo no Entroncamento, o secretário-geral do PCP considerou que votar na CDU a 13 de Junho é a melhor forma de castigar o Governo e a sua política «desgraçada».
Em prémios de mérito, os que administram a Portugal Telecom a bem do capital financeiro decidiram pagar-se abundantemente. O presidente executivo, Miguel Horta e Costa, premiou-se com meio milhão de euros (cem mil contos) e até recebeu mais cedo.
Essencial para a soberania nacional, o Governo pretende entregar a manutenção militar ao sector privado. Para as ORT’s, é uma séria tentativa para destruir a empresa.
Após os graves erros no concurso para colocação de professores, a equipa ministerial deveria demitir-se, exigiram os dirigentes sindicais que intervieram segunda-feira, em Viseu.
As comemorações do Dia do Trabalhador mostraram a combatividade dos jovens portugueses, considera a Direcção Nacional da JCP, reunida no fim-de-semana.
Têm-se multiplicado os casos de encerramento e deslocalização de empresas, com o despedimento de milhares de trabalhadores. Para o PCP esta é uma das consequências da errada política orçamental e económica do Governo.
Os aumentos estão muito acima da estimativa média anunciada pelo Governo. Exemplo disso são os combustíveis, com repercussões em todos os planos, a agravar ainda mais as condições vida e as injustiças sociais.
A CNA acusa o Governo de pouco fazer na prevenção dos incêndios florestais, e de ter responsabilizado as autarquias sem lhes atribuir meios financeiros.
Durante a legislatura de 1999-2004, que terminou na quarta-feira, dia 5, os deputados do PCP distinguiram-se por um intenso trabalho parlamentar que articularam com um contacto permanente com os problemas do País.
Perto de 300 delegados em representação de dezena e meia de partidos de esquerda, na maioria comunistas, reuniram-se em Roma neste fim-de-semana para fundar oficialmente o Partido da Esquerda Europeia.
Os EUA são «um país dedicado que acredita na liberdade, que se preocupa com todos os indivíduos e que enviou tropas para o Iraque para promover a liberdade». As palavras são do presidente norte-americano, George W. Bush, que assim procurou responder à indignação suscitada nos EUA e no mundo pela denúncia das bestialidades cometidas contra prisioneiros iraquianos.
Pouco habituado a pedir desculpas, Bush garantiu que considera tais práticas «condenáveis», mas não se coibiu de tentar dourar a pílula afirmando que «os iraquianos devem compreender que numa democracia nem tudo é perfeito e que se cometem erros», mas que descansassem as ignaras criaturas do vasto mundo pois «numa democracia os erros são alvo de investigação e os seus autores levados perante a justiça».
O plano Sharon ignora os direitos de três milhões de palestinianos, denunciam antigos diplomatas norte-americanos, criticando o apoio dos EUA a Israel.