Britânicos acusados de matar civis
«Os soldados britânicos abriram fogo e mataram civis no Sul do Iraque em circunstâncias em nada indicava que representassem uma ameaça iminente. Em muitos casos, o exército britânico nem sequer abriu uma investigação». A acusação é da Amnistia Internacional (AI), que garante que entre as vítimas se conta uma criança de oito anos, atingida no abdómen por uma bala disparada por uma patrulha britânica na cidade de Karmat Ali, em Agosto de 2003.
Tanto o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, como o seu ministro da Defesa, Geoff Hoon, afirmam que não sabiam de nada.
Segundo a AI, as forças britânicas estariam implicadas no assassinato de 37 civis no Iraque, desde 1 de Maio de 2003, quando Bush deu por terminada as principais operações militares no Iraque.
A AI denuncia igualmente que «por motivos políticos, dezenas ou mesmo centenas de civis foram executados por grupos armados no Sul do Iraque desde o começo da ocupação, por vezes em plena luz do dia».
A organização acrescenta ainda que «os iraquianos não têm confiança nem no exército britânico nem na polícia iraquiana para os proteger de tais ataques, e não acreditam que os culpados venham a prestar contas dos seus actos perante a lei».
A alegada ignorância de Blair e Hoon inclui também o relatório confidencial do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), entregue em Fevereiro último ao governo britânico.
«Se percebi bem, não vi o relatório», afirmou Blair, garantindo que o seu gabinete só tomou conhecimento dos abusos de presos iraquianos através da imprensa. No mesmo sentido de pronunciou Hoon no parlamento, onde afirmou que só recentemente leu o relatório do CICV. De acordo com o ministro, o documento confidencial envolve a Grã-Bretanha «em três casos concretos», enfatizando «o caso da morte de Baha Musa na prisão, também conhecido por Baha al Maliki, em Setembro de 2003». O ministro disse ainda que estão a ser investigados 33 casos de abusos a presos iraquianos.
As reacções dos britânicos ao escândalo não se fizeram esperar. Numa sondagem publicada esta semana no jornal The Times, o Partido Trabalhista recolhe o pior resultado desde 1987: 32 por cento das intenções de voto. Os conservadores não vão muito mais longe (36 por cento), o que revela que a queda do partido de Blair reflecte mais o descontentamento com a política seguida pelo governo do que um apoio à oposição.
O mesmo sucede com Bush, do outro lado do Atlântico, onde pela primeira vez a percentagem dos que desaprovam a guerra (54%) supera os que a apoiam (41%), enquanto a popularidade do presidente regista o seu mais baixo nível (46%).
Tanto o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, como o seu ministro da Defesa, Geoff Hoon, afirmam que não sabiam de nada.
Segundo a AI, as forças britânicas estariam implicadas no assassinato de 37 civis no Iraque, desde 1 de Maio de 2003, quando Bush deu por terminada as principais operações militares no Iraque.
A AI denuncia igualmente que «por motivos políticos, dezenas ou mesmo centenas de civis foram executados por grupos armados no Sul do Iraque desde o começo da ocupação, por vezes em plena luz do dia».
A organização acrescenta ainda que «os iraquianos não têm confiança nem no exército britânico nem na polícia iraquiana para os proteger de tais ataques, e não acreditam que os culpados venham a prestar contas dos seus actos perante a lei».
A alegada ignorância de Blair e Hoon inclui também o relatório confidencial do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), entregue em Fevereiro último ao governo britânico.
«Se percebi bem, não vi o relatório», afirmou Blair, garantindo que o seu gabinete só tomou conhecimento dos abusos de presos iraquianos através da imprensa. No mesmo sentido de pronunciou Hoon no parlamento, onde afirmou que só recentemente leu o relatório do CICV. De acordo com o ministro, o documento confidencial envolve a Grã-Bretanha «em três casos concretos», enfatizando «o caso da morte de Baha Musa na prisão, também conhecido por Baha al Maliki, em Setembro de 2003». O ministro disse ainda que estão a ser investigados 33 casos de abusos a presos iraquianos.
As reacções dos britânicos ao escândalo não se fizeram esperar. Numa sondagem publicada esta semana no jornal The Times, o Partido Trabalhista recolhe o pior resultado desde 1987: 32 por cento das intenções de voto. Os conservadores não vão muito mais longe (36 por cento), o que revela que a queda do partido de Blair reflecte mais o descontentamento com a política seguida pelo governo do que um apoio à oposição.
O mesmo sucede com Bush, do outro lado do Atlântico, onde pela primeira vez a percentagem dos que desaprovam a guerra (54%) supera os que a apoiam (41%), enquanto a popularidade do presidente regista o seu mais baixo nível (46%).