São difíceis e perigosos, os tempos que vivemos – para a imensa maioria das pessoas e, de forma especial, para os que não aceitam como uma inevitabilidade o sistema dominante e o combatem contrapondo-lhe uma alternativa de justiça social, de liberdade, de fraternidade, de paz e de respeito pela soberania dos povos.
Na semana em que, no parlamento, o Governo entregou a sua proposta de lei de revisão do Código do Trabalho e José Sócrates falou sobre «o estado da nação», a CGTP-IN mobilizou dirigentes e activistas dos principais sectores de actividade para mostrar, mais uma vez, que o executivo da maioria absoluta mandou às urtigas as promessas e compromissos do PS na oposição e colocou-se abertamente do lado do poder económico e do patronato.
Contra esta mexida na lei laboral, pela mudança de rumo na governação do País e pela defesa dos direitos que a caducidade das convenções colectivas pretende liquidar, os representantes dos trabalhadores asseguraram que a luta vai continuar, quer no período de discussão pública da proposta do Governo, quer em acções já agendadas para Setembro, quer resistindo dia a dia nas empresas.
Está em Portugal, a convite do PCP, uma delegação do Partido Comunista do Brasil. Trocar experiências e aprofundar os laços de cooperação são os principais objectivos deste encontro.
Alicerçados nas gloriosas tradições revolucionárias da Marinha Grande, os comunistas reforçam a organização e intervenção do Partido. Os avanços são já visíveis mas há ainda muito mais por onde crescer.
Duas centenas e meia de pessoas, militantes e simpatizantes do PCP, participaram no domingo, em Peniche, no almoço de Verão, que contou com a presença de Jerónimo de Sousa.
No último número do seu boletim Força do Trabalho, o Sector de Empresas de Loures do PCP analisa vários processos de luta em curso em várias empresas do concelho.
Para que os trabalhadores possam exercer o direito de participação e para que possa haver um grande debate na sociedade sobre o conteúdo desta revisão do Código do Trabalho, a discussão pública não pode ser feita em tempo de férias.
Para rejeitar o grave conteúdo do regime de contrato de trabalho em Funções Públicas e a sua apressada aprovação na A. R., e para exigir uma correcção salarial, a Frente Comum efectuou um cordão humano, dia 11, em Lisboa.
Depois da «luta mais prolongada após o 25 de Abril», os 80 trabalhadores da Pereira da Costa, na Amadora, já receberam metade dos créditos a que têm direito e «tudo aponta para que recebam o restante».
O Parlamento apreciou na semana transacta em debate com o Governo o estado da Nação. Dele emergiu um quadro sombrio, confirmando aquilo que de essencial já se sabia e que o Secretário-geral do PCP sintetizou com precisão: «o País está mais desigual, mais injusto, mais endividado e mais dependente».
A CDU está em completo «desacordo» com o encerramento dos cursos superiores que funcionavam no Fundão e exige uma solução «sustentável» e «definitiva» para o ensino na região.
O Parlamento Europeu aprovou, no dia 9, o «terceiro pacote da energia», através do qual a Comissão Europeia pretende pressionar os estados-membros a acelerarem o processo de liberalização do gás natural e da electricidade.
A maioria de direita no parlamento italiano aprovou, dia 10, uma controversa lei que garante a imunidade judicial ao primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, e determina a suspensão dos processos em que é acusado de corrupção.
OS EUA e a Rússia elevaram, a semana passada, o tom das tensões diplomáticas. Os testes militares iranianos culminaram uma série de episódios reveladores das contradições inter-imperialistas.
O governo norte-americano decidiu auxiliar as duas maiores empresas de créditos hipotecários do país. As medidas visam salvar as instituições da bancarrota e o sistema financeiro dos EUA do colapso.
De visita a Portugal a convite do PCP, o presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PcdoB), Renato Rabelo, explicou ao Avante! o contexto da participação dos comunistas no governo liderado por Lula da Silva e a importância da consolidação, com contradições decorrentes da realidade brasileira, de políticas progressistas no quadro da luta pelo socialismo.
Rabelo abordou ainda o reforço do partido no quadro eleitoral que se avizinha, a influência e afirmação do PCdoB entre as massas populares e junto dos trabalhadores, e o papel do Brasil no contexto da integração latino-americana e da alternativa à hegemonia do imperialismo, passo fundamental no combate pelo derrube do capitalismo e construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados, projecto que, explicou, partilham com os comunistas portugueses e outros partidos comunistas e operários do mundo.
Com o lema «Sentir a vida, transformar o mundo», o Espaço da Ciência e Tecnologias vai, este ano, acolher uma exposição sobre os cinco sentidos (visão, audição, olfacto, paladar e tacto). Em entrevista ao Avante!Augusto Flor, Sílvia Silva, Joana Dinis, Anabela Silva, Alice Figueira, Aurora e Patrícia Barbado desvendaram os «segredos» do espaço, um dos mais interactivos e procurados, durante os três dias, pelos visitantes da Festa.