CS recusa sanções
A Rússia e a China vetaram, sexta-feira, no Conselho de Segurança, a imposição de sanções contra o Zimbabué. Ao veto dos dois membros permanentes do CS das Nações Unidas, juntaram-se as recusas da África do Sul, Líbia e Vietname.
Favoráveis à moção apresentada pelos EUA com o apoio da Grã-Bretanha e da França, votaram Bélgica, Croácia, Itália, Costa Rica, Panamá e Burkina Faso. A Indonésia absteve-se.
Ao chumbo das sanções contra o governo de Harare reagiu o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Miliband, com dureza para com Moscovo e Pequim, aludindo a um pretenso entendimento sobre a matéria entre Londres e o Kremlin alcançado na última cimeira do G8, a semana passada, no Japão.
A Rússia não demorou a justificar a sua posição considerando que uma resolução daquela natureza visava «castigar as autoridades do Zimbabué por acções que, segundo eles [os americanos e os membros ocidentais do Conselho de Segurança que os apoiam, nas palavras do comunicado de imprensa] minam a democracia e esmagam os direitos humanos nesse país», mas esquecem, que a situação no Zimbabué «não constitui uma ameaça nem à paz e segurança regional, e muito menos à paz e segurança internacional», e, como tal, o emprego de sanções é descabido.
«Uma componente importante da posição da Rússia em relação ao projecto americano de resolução residiu em que a aprovação desse documento pelo Conselho de Segurança da ONU criaria um perigoso precedente que abriria caminho à ingerência do CS nos assuntos internos dos Estados por estes ou aqueles acontecimentos políticos, incluindo eleições, o que constitui uma violação grosseira da Carta da ONU» e abriria caminho ao «desejo de alguns Estados membros do CS de retirar esse órgão das suas prerrogativas estatutárias, mais precisamente, de o levar para além da manutenção da paz e segurança mundiais», pode ler-se na nota emitida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, citada pela Lusa.
Acresce aos argumentos de Moscovo o facto de, no dia anterior à votação nas Nações Unidas, os representantes da ZANU-PF, partido de Robert Mugabe, e do MDC, formação política opositora liderada por Morgan Tsvangirai, terem regressado à mesa das negociações medidas pela África do Sul, país que disse ter rejeitado a via da intimidação que o levantamento de sanções preconizava não só para não obstaculizar o regresso do diálogo entre as partes, mas também porque tais medidas tenham sido colocadas de parte pela União Africana.
Favoráveis à moção apresentada pelos EUA com o apoio da Grã-Bretanha e da França, votaram Bélgica, Croácia, Itália, Costa Rica, Panamá e Burkina Faso. A Indonésia absteve-se.
Ao chumbo das sanções contra o governo de Harare reagiu o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Miliband, com dureza para com Moscovo e Pequim, aludindo a um pretenso entendimento sobre a matéria entre Londres e o Kremlin alcançado na última cimeira do G8, a semana passada, no Japão.
A Rússia não demorou a justificar a sua posição considerando que uma resolução daquela natureza visava «castigar as autoridades do Zimbabué por acções que, segundo eles [os americanos e os membros ocidentais do Conselho de Segurança que os apoiam, nas palavras do comunicado de imprensa] minam a democracia e esmagam os direitos humanos nesse país», mas esquecem, que a situação no Zimbabué «não constitui uma ameaça nem à paz e segurança regional, e muito menos à paz e segurança internacional», e, como tal, o emprego de sanções é descabido.
«Uma componente importante da posição da Rússia em relação ao projecto americano de resolução residiu em que a aprovação desse documento pelo Conselho de Segurança da ONU criaria um perigoso precedente que abriria caminho à ingerência do CS nos assuntos internos dos Estados por estes ou aqueles acontecimentos políticos, incluindo eleições, o que constitui uma violação grosseira da Carta da ONU» e abriria caminho ao «desejo de alguns Estados membros do CS de retirar esse órgão das suas prerrogativas estatutárias, mais precisamente, de o levar para além da manutenção da paz e segurança mundiais», pode ler-se na nota emitida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, citada pela Lusa.
Acresce aos argumentos de Moscovo o facto de, no dia anterior à votação nas Nações Unidas, os representantes da ZANU-PF, partido de Robert Mugabe, e do MDC, formação política opositora liderada por Morgan Tsvangirai, terem regressado à mesa das negociações medidas pela África do Sul, país que disse ter rejeitado a via da intimidação que o levantamento de sanções preconizava não só para não obstaculizar o regresso do diálogo entre as partes, mas também porque tais medidas tenham sido colocadas de parte pela União Africana.