Silêncios
O generalizado silenciamento a que foi votada a intervenção do PCP, pela voz do seu secretário-geral, no debate sobre o Estado da Nação, é um caso de polícia. Naquele debate estava em análise, precisamente, o estado em que se encontra o país, no fim de mais um ano político, o terceiro na era PS/Sócrates.
Vai daí, o secretário-geral do PCP fez precisamente essa abordagem, discorrendo no seu discurso sobre a grave situação económica e social em que se encontra o nosso país, consequência directa da acção e das opções governativas.
E, sem subentendidos ou meias palavras, deixou bem claro a quem o ouviu, que o país não é o mar de rosas que o PS nos queria vender há uns meses atrás, e que não é verdade que todos os males do presente (que mais não são que agudizações e males já passados) sejam culpa das más companhias, que é como quem diz da crise internacional. Jerónimo de Sousa escalpelizou a situação de um país mais dependente, mais endividado, mais injusto, mais desigual, falando ali pelos portugueses que vêm os seus salários baixar, os seus empregos ficarem mais precários, os preços subirem, e com eles os lucros das grandes empresas dispararem.
E confrontou o Governo com as suas opções, opções de classe tomadas em todos os domínios da vida nacional contra quem trabalha e a favor dos poderosos, e que, por serem as mesmas que os governos de há trinta anos vêem escolhendo, inevitavelmente, teriam que conduzir aos mesmíssimos resultados.
Perante este discurso que, quer se esteja ou não de acordo com ele, é inegavelmente uma contribuição séria para saber em que ponto estamos e para onde nos dirigimos, a generalidade dos grandes órgãos de comunicação social, coincidiu na forma de tratamento.
Meia dúzia de linhas aqui ou ali, um retrato sisudo na molhada, e nem em todos. De resto, silenciamento, silenciamento, silenciamento. Entre o essencial e o acessório, optaram pelos arrufos, pelos amuos e pelas falsas zangas. Porque esses preenchem os telejornais, mas deixam tudo na mesma.
Vai daí, o secretário-geral do PCP fez precisamente essa abordagem, discorrendo no seu discurso sobre a grave situação económica e social em que se encontra o nosso país, consequência directa da acção e das opções governativas.
E, sem subentendidos ou meias palavras, deixou bem claro a quem o ouviu, que o país não é o mar de rosas que o PS nos queria vender há uns meses atrás, e que não é verdade que todos os males do presente (que mais não são que agudizações e males já passados) sejam culpa das más companhias, que é como quem diz da crise internacional. Jerónimo de Sousa escalpelizou a situação de um país mais dependente, mais endividado, mais injusto, mais desigual, falando ali pelos portugueses que vêm os seus salários baixar, os seus empregos ficarem mais precários, os preços subirem, e com eles os lucros das grandes empresas dispararem.
E confrontou o Governo com as suas opções, opções de classe tomadas em todos os domínios da vida nacional contra quem trabalha e a favor dos poderosos, e que, por serem as mesmas que os governos de há trinta anos vêem escolhendo, inevitavelmente, teriam que conduzir aos mesmíssimos resultados.
Perante este discurso que, quer se esteja ou não de acordo com ele, é inegavelmente uma contribuição séria para saber em que ponto estamos e para onde nos dirigimos, a generalidade dos grandes órgãos de comunicação social, coincidiu na forma de tratamento.
Meia dúzia de linhas aqui ou ali, um retrato sisudo na molhada, e nem em todos. De resto, silenciamento, silenciamento, silenciamento. Entre o essencial e o acessório, optaram pelos arrufos, pelos amuos e pelas falsas zangas. Porque esses preenchem os telejornais, mas deixam tudo na mesma.