Enfermeiros em «tolerância zero»

Devido ao incumprimento de promessas feitas, «tolerância zero» é a resposta dos enfermeiros ao Ministério da Saúde.
No dia 10, cerca de mil enfermeiros, quase metade com contratos precários, concentraram-se diante do Ministério da Saúde, numa acção convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses para exigir o cumprimento de compromissos assumidos pela tutela, nomeadamente a negociação da carreira, e uma prometida reunião para debater o fim da precariedade. Os participantes também exigiram a admissão de mais profissionais e uma dotação de serviços que permita uma prestação de cuidados de saúde que seja segura para os doentes e os trabalhadores.
Uma delegação sindical foi recebida pelo chefe de gabinete do secretário de Estado da Saúde que reafirmou o compromisso de enviar a contra proposta e de efectuar a primeira reunião negocial ainda este mês, o que não convenceu os representantes do SEP/CGTP-IN porque, desde Abril de 2005 que o sindicato reivindica uma revisão das carreiras, no propósito de as adaptar ao actual patamar de competências conferido pela licenciatura e outras legitimas aspirações.
A tutela tinha-se comprometido a iniciar a negociação da carreira com o sindicato na segunda quinzena de Junho e a reunir para discutir a precariedade e a admissão de enfermeiros na primeira semana deste mês, mas «não cumpriu», o que levou o SEP a admitir agora endurecer as formas de luta.

Futuro incerto

Mais de 400 jovens enfermeiros, segundo o sindicato, participaram na concentração, também contra o desemprego na classe e para exigir que a carreira de enfermagem «faça jus às competências que possuem e às funções que desempenham», como reafirmou o SEP, através de um comunicado.
Actualmente, 2500 jovens enfermeiros estão no desemprego.
Entre os mais de 5 mil contratados proliferam os contratos a termo certo e os recibos verdes, embora estes profissionais estejam a desempenhar funções de trabalho permanente, o que devia obrigar à sua passagem à efectividade.


Mais artigos de: Trabalhadores

Tempo para debater e mudar

Para que os trabalhadores possam exercer o direito de participação e para que possa haver um grande debate na sociedade sobre o conteúdo desta revisão do Código do Trabalho, a discussão pública não pode ser feita em tempo de férias.

Pressa na AR

A comissão parlamentar de Trabalho decidiu anteontem realizar até dia 10 de Setembro a discussão pública da proposta de lei de revisão do Código do Trabalho. O PCP apresentou um requerimento para que esta fase decorresse até 30 de Setembro, já que grande parte do período coincide com a época de férias, mas a proposta foi...

Protesto cercou as Finanças

Para rejeitar o grave conteúdo do regime de contrato de trabalho em Funções Públicas e a sua apressada aprovação na A. R., e para exigir uma correcção salarial, a Frente Comum efectuou um cordão humano, dia 11, em Lisboa.

Vale sempre a pena lutar

Depois da «luta mais prolongada após o 25 de Abril», os 80 trabalhadores da Pereira da Costa, na Amadora, já receberam metade dos créditos a que têm direito e «tudo aponta para que recebam o restante».

Luta e acordo nos aeroportos

Um acordo entre a empresa e os sindicatos permitiu desconvocar anteontem a greve de 24 horas, convocada para sábado, na Sociedade Portuguesa de Handling (SPdH/Groundforce), devido a incumprimento do Acordo de Empresa, em matéria de horários, descansos e pausas para refeição, e também por não estarem a ser respeitadas as...