Crise do sistema financeiro

Casa Branca evita bancarrota

O governo norte-americano decidiu auxiliar as duas maiores empresas de créditos hipotecários do país. As medidas visam salvar as instituições da bancarrota e o sistema financeiro dos EUA do colapso.

Cinco bancos norte-americanos já abriram falência

Depois da queda vertiginosa do valor das acções da Fannie Mãe e da Freddie Mac, cuja desvalorização chegou, sexta-feira, aos 33,4 e 35,2 por cento, acumulando perdas semanais de 64 e 78 por cento, respectivamente, o secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, anunciou o aumento temporário da linha de crédito junto da Reserva Federal (Fed) e pediu ao Congresso que permita a aquisição de acções, embora tenha recusado admitir a passagem dos bancos para mãos públicas.
Com medidas de acesso vantajoso ao refinanciamento junto da Fed, Washington assume os prejuízos das instituições privadas resultantes da crise do crédito de alto risco nos EUA, e procura responder à previsível falência daqueles bancos, responsáveis por cerca de metade dos créditos hipotecários no país. Em Março, a Casa Branca foi obrigada a intervir no mesmo sentido por forma a evitar o colapso da Bear Sterns.
Desde o início da crise do subprime, o sector financeiro mundial já perdeu mais de 400 mil milhões de dólares. Só em 2008, o valor das acções das instituições financeiras cederam 28 por cento na cotação do MSCI World.

Indymac faliu

À crise da Fannie Mãe e do Freddie Mac, junta-se, a semana passada, a falência do Indymac, o quinto banco norte-americano a declarar insolvência desde o início da crise. A Reserva Federal assumiu a tutela da instituição californiana dias depois dos clientes terem cancelado as respectivas contas num valor global de 1,3 mil milhões de dólares.
Para travar o pânico instalado, a Reserva Federal avançou e garantiu que os depositários com menos de 100 mil dólares não serão afectados, mas insistiu que a orientação é manter o banco em mãos privadas.


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