A crise económica e financeira do capitalismo que está a abalar o mundo transporta consigo grandes perigos. Mas ela representa simultaneamente uma importante oportunidade para avanços na luta libertadora e na batalha ideológica.
O Comité Central do PCP, reunido no dia 27 de Outubro de 2008, analisou a crise do capitalismo, as suas causas e consequências, a sua expressão em Portugal. O CC do PCP identificou as manobras e medidas que no plano nacional e internacional estão a ser desenhadas para proteger os interesses do grande capital e apontou orientações essenciais que, em ruptura com a política de direita, dêem resposta imediata a esta situação. O Comité Central sublinhou a necessidade de ampliar o protesto e a luta dos trabalhadores e do Povo, de intensificar a intervenção política do Partido no quadro da preparação do XVIII Congresso do PCP.
O socialismo é a «única, real e necessária resposta à crise». A afirmação é do Comité Central do PCP, que esteve reunido na segunda-feira para analisar a crise do capitalismo e os seus efeitos nas condições de vida dos trabalhadores e do povo.
No âmbito do debate preparatório do XVIII Congresso do PCP, realizou-se, sábado, em Setúbal, um Encontro Regional dos Micro, Pequenos e Médios Empresários.
Realizou-se no dia 25, em Alcácer do Sal, a III Assembleia da Organização Regional do Litoral Alentejano do PCP, que reuniu cerca de 150 delegados dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines.
O afastamento dos comunistas no «Prós e Contras» de segunda-feira discriminou o único partido que apresentou uma proposta global sobre as questões da habitação.
Para exigir uma real valorização salarial e repudiar as «reformas» do Governo, a Frente Comum convocou os funcionários públicos para um grande protesto nacional, dia 21, em Lisboa.
A defesa dos direitos ameaçados pela revisão do Código do Trabalho tem que ser feita, cada vez mais, com a luta dos trabalhadores «no terreno», como foi várias vezes salientado no 8.º Congresso da União dos Sindicatos do Porto.
São 184 as alterações apresentadas pelo PCP ao Código do Trabalho, actualmente em debate na especialidade no Parlamento. Este é um processo que não está encerrado e, por isso, os comunistas não dão tréguas à bancada do PS e ao Governo para evitar que se concretize o que apelidam de «autêntico crime económico e social».
Mais de 2,5 milhões de pessoas afluíram, dia 25, ao Circo Máximo, antiga arena romana no coração da capital italiana, para expressar o seu veemente protesto contra as políticas de direita do Governo de Silvio Berlusconi.
Nas últimas duas décadas as desigualdades sociais na esmagadora maioria dos 30 países da OCDE cresceram a olhos vistos e a parte dos salários no valor acrescentado diminuiu cerca de 10 pontos percentuais.
Milhares de colombianos protestaram, nos últimos dias, contra a política antipopular do governo de Álvaro Uribe. À marcha dos indígenas, juntaram-se as lutas de outros sectores sociais.
O referendo sobre a nova Constituição da Bolívia foi aprovado por mais de dois terços dos votos dos deputados e agendado para o dia 25 de Janeiro de 2009. Os sectores populares preparam a mobilização.
Ciclicamente, políticos, jornalistas, comentadores e analistas vêm a público defender algumas «teses» que há anos e anos fazem parte do arsenal ideológico do anticomunismo. Para fazer passar essas mensagens recorre-se aos mais variados métodos. Dos documentários, mais ou menos científicos, às análises escritas e faladas. Dos filmes às séries de TV. «Teses» que, precisamente por serem repetitivas, é importante esclarecermos e desmascararmos.
O salário e a pensão constituem dois pilares fundamentais em que assenta a estabilidade financeira (e/ou a falta dela) de cerca de 82% dos residentes em Portugal (atenção: estamos a referir o número de pessoas e não o volume de rendimentos). Dada a sua dimensão – do salário e da pensão – nunca é demais falar de cada um destes temas na justa medida em que cada um deles condiciona, não apenas o quotidiano, mas o próprio espaço temporal que vai desde o berço até ao caixão, condicionamento que tem, como uma moeda, duas faces: a que vive do lucro e a que vive do salário.