Municipais no Chile

Comunistas conquistam posições

Pela primeira vez desde o fim da ditadura, o Partido Comunista do Chile conquistou uma câmara municipal na província de Santiago do Chile. Na autarquia de Pedro Aguirre Cerda, nos arredores da capital, Claudina Núñez Jiménez venceu o candidato da direita, Rafael Izquierdo, por 52,6 por cento dos votos contra 47,3 por cento.
O presidente e o secretário-geral do Partido Comunista do Chile, Guillermo Teillier e Lautaro Carmona, acompanharam Claudina Jiménez em várias iniciativas de campanha e compareceram no momento de festejar o triunfo. No que à zona metropolitana diz respeito, os dirigentes comunistas estiveram igualmente empenhados na candidatura de Hugo Gutiérrez, no município de Estación Central, mas, neste caso, a recusa da Democracia Cristã em renunciar a uma candidatura própria impediu a vitória, embora o sufrágio se tenha saldado num sucesso para as forças progressistas, sobretudo para os comunistas, que aumentaram a sua votação neste círculo.
O PC do Chile apresentou-se às urnas no quadro da plataforma eleitoral Juntos Podemos Mais (JPM). A coligação garantiu cerca de oito por cento dos votos a nível nacional, aumentando de quatro para sete o número de autarquias ganhas.
Para além de Claudina Jiménez, os candidatos apresentados pelo Partido Comunista no quadro da JPM, Salvador Delgadillo, Isaías Zavala e Rodrigo Sanchéz, venceram, respectivamente, em Til Til, Diego de Almagro e La ligua. Em Illapel, Lota e Yumbel, levaram a melhor os independentes Denis Cortés Vargas e Jorge Venegas Troncoso, e o membro do Partido Humanista Camilo Cabezas.
No que a outros resultados nacionais diz respeito, a coligação de centro-esquerda da presidente Michelle Bachelet ficou atrás da direita em votos e número de câmaras municipais, embora tenha conquistado mais eleitos que a oposição.
No conjunto dos 345 municípios do país, a Allianza obteve um total de 40 por cento dos votos, ao passo que a Concertacion se ficou pelos 38 por cento.
Reagindo aos resultados do sufrágio, o Guillermo Teillier considerou que estes «constituem um passo importante para as lutas em curso apoiadas pelo PC do Chile, e para que o povo chileno ganhe confiança e derrote de vez a exclusão que afasta os comunistas do parlamento do país».


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