Fundo Imobiliário

Mais um favor à banca

Mais de um milhão de famílias que adquiriram habitação própria e permanente no regime geral viram, no último ano, as suas prestações ao banco subirem exponencialmente, afirmou o PCP no dia 22, em nota do seu Gabinete de Imprensa. Para os comunistas, este é mesmo um dos «mais graves problemas sociais com que o País está confrontado». O número de famílias que entram diariamente numa situação de incumprimento não pára de crescer, situando-se já nas 22 mil.
Perante o agravar da situação, o Governo «pouco ou nada tem feito» para aliviar este «sufoco financeiro», acusa o PCP. Mas, por outro lado, apresentou uma proposta para a criação de Fundos de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional (FIIAH) que mais não é, garante o PCP, do que um grande negócio para a banca.
Com esta medida, o Governo garante mais uma «grande oportunidade de negócio para os bancos e para o sector imobiliário que, desta forma, vão poder rentabilizar no mercado de arrendamento uma parte do seu património imobiliário e garantir a isenção de um conjunto de obrigações fiscais».
Com este fundo, revela o PCP, as famílias com a «corda na garganta» e sem saídas, «depois de se desfazerem do seu património e, com ele, em muitos casos, das economias de uma vida, ficam a pagar uma renda cujo valor ainda não é possível determinar». Durante um período máximo de 12 anos, poderão exercer a opção de compra de uma casa que já foi sua, «caso venha a reunir as condições para tal, sujeitando-se mais uma vez à avaliação do banco e a recorrer de novo a um empréstimo bancário».
Na opinião dos comunistas, no actual contexto de crise económica e social, a solução para as famílias que não têm os meios necessários para assumirem os seus compromissos «não passa por mais apoios à banca, mas pelo aumento dos salários» a par de um conjunto de medidas que o PCP propôs.


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