CDU alerta para a grave situação no Algarve

A crise não é para todos!

Na última Assembleia Municipal de Lagos, os eleitos da CDU alertaram para o «fracasso» das políticas de direita e do neoliberalismo dominante.

Não devemos afunilar todos os esforços apenas no turismo

O Algarve e o município de Lagos não estiveram imunes a toda esta situação. «Basta referir que no Algarve o PIB (produto interno bruto) per-capita supera a média nacional, mas é a região do País com maior índice de pobreza permanente, em que os salários e pensões são 13 por cento inferiores à média nacional e em que, em cada dois trabalhadores, um é precário», recordaram os eleitos do PCP, que exigem «uma política de rigor e parcimónia em termos de gastos municipais e uma criteriosa opção dos investimentos, uma vez que a principal receita do município advém das taxas cobradas».
Na sua intervenção, criticaram ainda os Planos de Ordenamento do Território que continuam em «marcha lenta» e «sem ver a luz do dia». Exemplo mais flagrante é o Plano de Pormenor do Chinicato, cujo primeiro contrato para a sua elaboração já conta com mais de 15 anos.
Os comunistas falaram ainda de vários outros problemas, nomeadamente do património, do ambiente e da saúde.
«Depois da visita ao Hospital de Lagos do deputado José Soeiro e da resposta por parte do Ministério da Saúde às questões formuladas, nomeadamente no que diz respeito à relocalização do nosso hospital, continuamos sem saber em que ponto se encontram os estudos preparatórios e verificamos que mais uma vez no Orçamento de Estado não surge qualquer rubrica para a construção das novas instalações», advertiram.
A educação e o desenvolvimento económico também mereceram destaque. «Torna-se cada vez mais urgente criar as condições para a diversificação das actividades: será uma mais-valia se se conseguir atrair investimento diversificado para Lagos, nomeadamente nos sectores industriais com incorporação de ciência e tecnologia, atendendo à racionalidade económica que nos deve levar a produzir o que nos faz falta e o que melhor sabemos fazer», defendem os eleitos, lembrando que «não devemos afunilar todos os esforços apenas no turismo, como se de uma monocultura se tratasse».
«É cada vez mais importante olhar para a agricultura, pescas e pecuária, bem como dinamizar economicamente os nossos produtos artesanais e tradicionais para que não vão pouco a pouco desaparecendo», acrescentaram.


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