No discurso do 25 de Abril, o PR serviu-se dum estudo, que encomendou à Católica, para discorrer sobre o «distanciamento dos jovens» da política e preparar o anúncio de propostas «para minorar ou inverter esta situação». Mas a verdade é que o estudo foi manipulado para encaixar numa nova operação, que visa a contra-reforma do sistema político.
Em Lisboa, no Porto e em quase meia centena de localidades do Continente e das regiões autónomas, a CGTP-IN deu expressão à vontade firme de muitos e muitos milhares de portuguesas e portugueses, que saíram à rua neste Dia Mundial do Trabalhador, como noutras grandes iniciativas de massas realizadas nos últimos tempos, para declararem que a resposta de luta vai estar à altura dos graves ataques lançados pelo Governo e pelo patronato, com destaque para as propostas anunciadas de revisão do Código do Trabalho.
Num debate em Alverca realizado no dia 2, Jerónimo de Sousa reafirmou a determinação dos comunistas em combater a revisão para pior do Código do Trabalho.
A 5.ª Assembleia do Sector Intelectual de Lisboa do PCP realiza-se a 18 de Maio, na Faculdade de Ciências, e contará com a presença do secretário-geral do Partido. O Avante! foi ouvir quatro dirigentes deste Sector, que falaram das precárias condições em que trabalham muitos intelectuais.
O secretário-geral do PCP participou, no fim-de-semana, em diversas iniciativas partidárias e de contacto com as comunidades portuguesas no Luxemburgo e em França.
Uma manifestação de âmbito nacional, no dia 5 de Junho, em Lisboa, foi convocada anteontem pela CGTP-IN, contra as graves alterações que o Governo propõe introduzir no Código do Trabalho.
Contra a discriminação salarial e a tentativa da administração de impor um Acordo de Empresa através de «coacção e chantagem», os trabalhadores dos CTT cumpriram dois dias de greve, a 30 de Abril e 2 de Maio.
Os trabalhadores e o Sindicato dos Metalúrgicos não aceitam que a multinacional brasileira CSN continue a transformar a Lusosider num armazém, para introduzir os seus produtos nos mercados de Portugal e da Europa.
Em carta dirigida a toda a classe docente, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira faz um apelo à resistência e à luta para obrigar o Governo a alterar profundamente as suas políticas.
São muitas e fundadas as razões para censurar o Governo. Essa é a convicção do PCP que, em coerência, entregou no Parlamento uma moção de censura. Desta forma, acredita, está a dar corpo ao sentimento partilhado por muitos portugueses. O debate é hoje.
Exemplos concretos dos efeitos negativos da actual política, que considerou contrária aos interesses dos trabalhadores e do povo - e por isso merecedora de firme condenação e repúdio -, deu-os ainda Jerónimo de Sousa na conferência de imprensa.
Mais de duas mil pessoas de Mora cortaram, dia 29 de Abril, a Estrada Nacional 2, em protesto contra a integração do concelho na unidade territorial do Alto Alentejo (Portalegre).
A propósito das declarações do Presidente da República por ocasião do 34.º aniversário da Revolução de Abril, em que chama a atenção para o «desinteresse» dos jovens no que concerne às questões políticas, a JCP contrapõem: «Celebrar Abril é também defender os direitos de Abril».
Uma recente sondagem sobre o referendo ao tratado de Lisboa na Irlanda mostra uma notável subida do «não» e uma descida do «sim», que surgem agora separados apenas por quatro pontos percentuais.
O partido trabalhista sofreu a sua mais pesada derrota eleitoral dos últimos 40 anos nas eleições municipais realizadas quinta-feira, dia 1, na Inglaterra e País de Gales. Os conservadores agradecem a impopularidade das políticas do governo.
Milhões de pessoas celebraram em todo o mundo o Dia Internacional dos Trabalhadores, levando às ruas a exigência de melhores condições salariais, trabalho com direitos e direito à alimentação, e rejeitando a ingerência imperialista e a guerra.
O referendo autonómico ilegal convocado pela oligarquia de Santa Cruz foi um fracasso, merecendo, apesar da fraude, da violência e da coação, a reprovação da maioria dos bolivianos.
O Presidente da República deslocou-se entre 14 e 19 de Abril à Região Autónoma da Madeira (RAM), tendo-a percorrido.
Tratou-se de uma viagem no mínimo insólita, tão insólita quanto a declaração do Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, ao declarar, no encerramento do Congresso da Anafre, que Alberto João Jardim era «...um exemplo supremo da vida democrática do que é um político combativo...» Acontece que, em 1992, o mesmo Jaime Gama, de quem um seu correligionário dizia que «...era um peixe de águas profundas...» associava Alberto João Jardim «às atrocidades do Bokassa das ilhas...»
A primeira experiência eleitoral do primeiro-ministro, Gordon Brown, à frente do Partido Trabalhista, saldou-se por uma clamorosa derrota em que o partido que chegara ao poder em 1997 numa atmosfera de esperança e glória, e ganhou três eleições gerais, perdeu nas autárquicas de quinta-feira, mais de 300 vereadores e o controlo de numerosas grandes regiões. Pior ainda, os trabalhistas viram-se humilhados na ocupação de um banal terceiro lugar na média de votos entre os partidos, tendo sido ultrapassados, também, pelos liberais-democratas.
A criação do Museu do Neo Realismo e as iniciativas que tem desenvolvido, exposições, conferências, publicação de catálogos e outros documentos e nomeadamente as actividades de pesquisa dos seus responsáveis (ou coordenadas por eles), vieram em boa hora cobrir uma lacuna na História da Arte Contemporânea em Portugal.