Fenprof valoriza os resultados
Em carta dirigida a toda a classe docente, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira faz um apelo à resistência e à luta para obrigar o Governo a alterar profundamente as suas políticas.
Rever o ECD, impedir a gestão antidemocrática e valorizar a escola
O também porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores salienta a necessidade de continuar a luta pela revisão do Estatuto da Carreira Docente, contra a gestão antidemocrática das escolas e pela valorização da escola pública.
Ao recordar o «memorando de entendimento», acordado a 17 de Abril, entre a Plataforma Sindical dos Professores e o Ministério da Educação, Mário Nogueira salienta que ele «não significou o fim da luta dos professores contra a política educativa do actual Governo», mas antes «que um mês depois de a ministra ter considerado irrelevante a Marcha que juntou cem mil professores, se tornou evidente que, afinal, o seu muro de intransigências também abre brechas, o que deverá reforçar a nossa confiança na obtenção de novos resultados se por eles lutarmos».
Ao lembrar não haverem «nenhumas razões para abrandarmos a contestação contra quem passou três anos a degradar a escola pública e a desvalorizar e atacar os professores», o dirigente sindical salienta que com o “Memorando” acordado «conseguimos que, este ano, a avaliação, tal como foi concebida e legislada pelo Governo, não se aplicará a um único professor ou educador porque os sindicatos agiram e os professores lutaram».
Avaliação travada
Depois de o ME ter classificado o seu modelo de avaliação dos professores como «o ponto de honra», com a força da luta ele foi suspenso e no próximo ano será apenas aplicado a título experimental, «estando já prevista a sua alteração», recordou Mário Nogueira.
Quanto aos critérios de avaliação constantes no modelo proposto pelo ME, «só razões de ordem economicista e administrativa, e uma evidente intenção de controlar politicamente os professores justificam este modelo e avaliação».
Coloca-se, portanto, aos professores e às suas organizações sindicais o desafio de lutar por outro modelo que «sirva as escolas, contribua para melhoria do desempenho dos docentes e, assim, para um ensino e uma educação de qualidade».
Mário Nogueira considera que os trabalhadores podiam ter recusado «este passo intermédio, mas, nesse caso, teríamos de fechar os olhos ao que se passava à nossa volta, nas escolas, com a avaliação, a bem ou a mal, a avançar as suas piores consequências», nomeadamente o despedimento de docentes, horários de trabalho «pedagogicamente absurdos ou mesmo ilegais», entre outras matérias gravosas.
Gestão antidemocrática
No dia em que foi publicado o Decreto-Lei 75/2008, que põe a vigorar o novo regime de autonomia e gestão das escolas, a 22 de Abril, a Fenprof fez saber, através de comunicado, que os professores continuarão a lutar contra o novo regime que «configura um retrocesso no funcionamento democrático da escola pública».
Os docentes «recusam a imposição a todas as escolas da figura do Director todo-poderoso, e exigem a consagração dos princípios de elegibilidade, colegialidade e participação, pilares fundamentais da organização democrática da escola».
Abaixo-assinado
Está a decorrer um abaixo-assinado, no Norte do País, para recolher 35 mil assinaturas e obrigar à discussão parlamentar do Estatuto da Carreira Docente. Trata-se de uma iniciativa legislativa de cidadãos que é encabeçada por dez docentes.
Porque «os desafios continuam a ser muitos e exigem que se mantenha a luta e a unidade», a Fenprof salienta a necessidade de os professores prosseguirem a luta pela revisão do ECD, contra o acentuar da precariedade e o aumento do desemprego, o combate ao modelo de «gestão antidemocrática» e pela valorização da escola pública.
Ao recordar o «memorando de entendimento», acordado a 17 de Abril, entre a Plataforma Sindical dos Professores e o Ministério da Educação, Mário Nogueira salienta que ele «não significou o fim da luta dos professores contra a política educativa do actual Governo», mas antes «que um mês depois de a ministra ter considerado irrelevante a Marcha que juntou cem mil professores, se tornou evidente que, afinal, o seu muro de intransigências também abre brechas, o que deverá reforçar a nossa confiança na obtenção de novos resultados se por eles lutarmos».
Ao lembrar não haverem «nenhumas razões para abrandarmos a contestação contra quem passou três anos a degradar a escola pública e a desvalorizar e atacar os professores», o dirigente sindical salienta que com o “Memorando” acordado «conseguimos que, este ano, a avaliação, tal como foi concebida e legislada pelo Governo, não se aplicará a um único professor ou educador porque os sindicatos agiram e os professores lutaram».
Avaliação travada
Depois de o ME ter classificado o seu modelo de avaliação dos professores como «o ponto de honra», com a força da luta ele foi suspenso e no próximo ano será apenas aplicado a título experimental, «estando já prevista a sua alteração», recordou Mário Nogueira.
Quanto aos critérios de avaliação constantes no modelo proposto pelo ME, «só razões de ordem economicista e administrativa, e uma evidente intenção de controlar politicamente os professores justificam este modelo e avaliação».
Coloca-se, portanto, aos professores e às suas organizações sindicais o desafio de lutar por outro modelo que «sirva as escolas, contribua para melhoria do desempenho dos docentes e, assim, para um ensino e uma educação de qualidade».
Mário Nogueira considera que os trabalhadores podiam ter recusado «este passo intermédio, mas, nesse caso, teríamos de fechar os olhos ao que se passava à nossa volta, nas escolas, com a avaliação, a bem ou a mal, a avançar as suas piores consequências», nomeadamente o despedimento de docentes, horários de trabalho «pedagogicamente absurdos ou mesmo ilegais», entre outras matérias gravosas.
Gestão antidemocrática
No dia em que foi publicado o Decreto-Lei 75/2008, que põe a vigorar o novo regime de autonomia e gestão das escolas, a 22 de Abril, a Fenprof fez saber, através de comunicado, que os professores continuarão a lutar contra o novo regime que «configura um retrocesso no funcionamento democrático da escola pública».
Os docentes «recusam a imposição a todas as escolas da figura do Director todo-poderoso, e exigem a consagração dos princípios de elegibilidade, colegialidade e participação, pilares fundamentais da organização democrática da escola».
Abaixo-assinado
Está a decorrer um abaixo-assinado, no Norte do País, para recolher 35 mil assinaturas e obrigar à discussão parlamentar do Estatuto da Carreira Docente. Trata-se de uma iniciativa legislativa de cidadãos que é encabeçada por dez docentes.
Porque «os desafios continuam a ser muitos e exigem que se mantenha a luta e a unidade», a Fenprof salienta a necessidade de os professores prosseguirem a luta pela revisão do ECD, contra o acentuar da precariedade e o aumento do desemprego, o combate ao modelo de «gestão antidemocrática» e pela valorização da escola pública.