Trabalhistas afundam-se
O partido trabalhista sofreu a sua mais pesada derrota eleitoral dos últimos 40 anos nas eleições municipais realizadas quinta-feira, dia 1, na Inglaterra e País de Gales. Os conservadores agradecem a impopularidade das políticas do governo.
O importante município de Londres passou para os conservadores
Reconhecendo os resultados como «maus», Gordon Brown, primeiro-ministro e chefe dos trabalhistas, prometeu «tirar lições» e garantiu que o seu partido «ouviu» a mensagem do eleitorado.
Com eleições legislativas dentro de dois anos, Brown apressou-se a prometer medidas de carácter social, dando a entender que está disposto a revogar a recente alteração fiscal que aboliu o escalão mais baixo do IRS de 10 por cento, agravando para o dobro as contribuições das famílias de mais fracos recursos.
Mas muito mais haverá a rever na linha política do governo para que o Labour possa recuperar do naufrágio eleitoral da passada semana, o mais grave desde o final da década de 60.
Já nas eleições municipais de 2004, os trabalhistas tinham sido autenticamente vaiados pelo eleitorado, que terá assim expressado o seu profundo repúdio pela decisão de Tony Blair de envolver o país na odiosa guerra contra o Iraque. Nesse ano, pela primeira vez desde há muito, os trabalhistas passaram para terceira força política nas autarquias, recolhendo 26 por cento dos votos.
No último sufrágio, a condenação dos britânicos foi ainda mais expressiva, desta vez tendo com causa próxima o brutal agravamento das condições de vida, em resultado da inflação galopante, da subida das taxas de juro e da política de contenção salarial.
Desta vez o Labour apenas recolheu 24 por cento dos votos, ficando atrás dos liberais-democratas, com 25 por cento dos votos, e muito longe dos conservadores (tories) que pularam para uma expressivos 44 por cento dos votos.
Em relação ao resultado positivo que já tinham realizado em 2004, os tories ganharam mais 256 eleitos e 12 municípios. Ao contrário, os trabalhistas perderam 331 eleitos e nove municípios. Por seu lado, os sociais-liberais conquistaram 34 novos eleitos. Os lugares restantes foram repartidos por pequenas formações.
A perda de Londres
A derrota do Labour foi acentuada pela perda do importante município de Londres que era governado há oito anos pela equipa de Ken Livingstone, cuja imagem de esquerda, entretanto já muito desgastada, lhe valeu o epíteto de «vermelho».
A provar a ausência de alternativas políticas credíveis, o eleitorado londrino voltou-se para candidato conservador, o ultra-reaccionário Boris Johnson, dando-lhe a vitória por uma escassa margem de 140 mil votos num universo de cinco milhões de eleitores.
Jonhson obteve 1 168 738 votos contra 1 028 966 recolhidos por Livingstone. A taxa de participação não foi além dos 45 por cento.
Com eleições legislativas dentro de dois anos, Brown apressou-se a prometer medidas de carácter social, dando a entender que está disposto a revogar a recente alteração fiscal que aboliu o escalão mais baixo do IRS de 10 por cento, agravando para o dobro as contribuições das famílias de mais fracos recursos.
Mas muito mais haverá a rever na linha política do governo para que o Labour possa recuperar do naufrágio eleitoral da passada semana, o mais grave desde o final da década de 60.
Já nas eleições municipais de 2004, os trabalhistas tinham sido autenticamente vaiados pelo eleitorado, que terá assim expressado o seu profundo repúdio pela decisão de Tony Blair de envolver o país na odiosa guerra contra o Iraque. Nesse ano, pela primeira vez desde há muito, os trabalhistas passaram para terceira força política nas autarquias, recolhendo 26 por cento dos votos.
No último sufrágio, a condenação dos britânicos foi ainda mais expressiva, desta vez tendo com causa próxima o brutal agravamento das condições de vida, em resultado da inflação galopante, da subida das taxas de juro e da política de contenção salarial.
Desta vez o Labour apenas recolheu 24 por cento dos votos, ficando atrás dos liberais-democratas, com 25 por cento dos votos, e muito longe dos conservadores (tories) que pularam para uma expressivos 44 por cento dos votos.
Em relação ao resultado positivo que já tinham realizado em 2004, os tories ganharam mais 256 eleitos e 12 municípios. Ao contrário, os trabalhistas perderam 331 eleitos e nove municípios. Por seu lado, os sociais-liberais conquistaram 34 novos eleitos. Os lugares restantes foram repartidos por pequenas formações.
A perda de Londres
A derrota do Labour foi acentuada pela perda do importante município de Londres que era governado há oito anos pela equipa de Ken Livingstone, cuja imagem de esquerda, entretanto já muito desgastada, lhe valeu o epíteto de «vermelho».
A provar a ausência de alternativas políticas credíveis, o eleitorado londrino voltou-se para candidato conservador, o ultra-reaccionário Boris Johnson, dando-lhe a vitória por uma escassa margem de 140 mil votos num universo de cinco milhões de eleitores.
Jonhson obteve 1 168 738 votos contra 1 028 966 recolhidos por Livingstone. A taxa de participação não foi além dos 45 por cento.