No final do vi­brante co­mício de Gui­ma­rães que en­cerrou a cam­panha elei­toral da can­di­da­tura do ca­ma­rada Fran­cisco Lopes à Pre­si­dência da Re­pú­blica – a nossa can­di­da­tura –, um velho amigo do Par­tido in­ter­pelou-me, ma­ni­fes­tando a sua sa­tis­fação pela forma como acom­pa­nhou esta im­por­tante jor­nada. Que tinha sen­tido nas nossas ac­ções a mo­bi­li­zação, que tinha sen­tido a de­ter­mi­nação e a con­fi­ança que, aqui, não são pa­la­vras vãs. Olhando para trás, po­demos dizer que assim foi.

O Co­mité Cen­tral do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês reuniu no dia 25 de Ja­neiro para ana­lisar as elei­ções pre­si­den­ciais, a si­tu­ação po­lí­tica e os de­sen­vol­vi­mentos mais re­centes do quadro eco­nó­mico e so­cial na­ci­onal. O Co­mité Cen­tral apre­ciou ainda as­pectos da ac­ti­vi­dade e ini­ci­a­tiva po­lí­tica do Par­tido e de­bateu as ta­refas ime­di­atas para o re­forço da or­ga­ni­zação e ini­ci­a­tiva par­ti­dá­rias.

Para Fran­cisco Lopes, «as cen­tenas de mi­lhares de votos nesta can­di­da­tura sig­ni­ficam cen­tenas de mi­lhares de vozes que se le­van­taram a dizer “basta!”, a exigir a mu­dança». Na re­acção aos re­sul­tados elei­to­rais do pas­sado do­mingo o can­di­dato ga­rantiu, ainda, que «temos en­contro mar­cado na luta que con­tinua», pa­la­vras se­cun­dadas pelo Se­cre­tário-geral do PCP, Je­ró­nimo de Sousa, para quem «a cor­rente de mo­bi­li­zação que a can­di­da­tura de Fran­cisco Lopes sus­citou», se pro­jecta nas «ba­ta­lhas po­lí­ticas que a si­tu­ação do País e a po­lí­tica de di­reita im­põem aos tra­ba­lha­dores e ao nosso Par­tido».

Pu­bli­camos nestas pá­ginas os re­sul­tados das elei­ções para a Pre­si­dência da Re­pú­blica, nos con­ce­lhos, dis­tritos e re­giões au­tó­nomas, se­gundo o es­cru­tínio pro­vi­sório ofi­cial, di­vul­gado pela Di­recção-Geral da Ad­mi­nis­tração In­terna, num mo­mento em que ficou en­cer­rada a con­tagem dos votos em todas as fre­gue­sias do Con­ti­nente e Re­giões Au­tó­nomas, e es­tavam por apurar 11 dos 71 con­su­lados.

Nos 20 qua­dros são apre­sen­tados os re­sul­tados dos seis can­di­datos nos vá­rios con­ce­lhos e no total de cada cír­culo elei­toral; em cada um destes in­cluímos ainda os dados re­la­tivos a ins­critos, vo­tantes, abs­tenção, votos em branco e votos nulos.

Na In­ternet, os re­sul­tados elei­to­rais estão pu­bli­cados pela DGAI no en­de­reço http//​www.pre­si­den­ciais.mj.pt

No dia em que cum­priu 90 anos, Jaime Serra ma­ni­festou a con­fi­ança que as novas ge­ra­ções de co­mu­nistas es­tarão à al­tura da luta e dos ob­jec­tivos do Par­tido que nor­te­aram toda a sua vida.

Ar­rancou ontem, em Faro, a se­mana na­ci­onal de luta da CGTP-IN contra os ata­ques do Go­verno, sem pre­ce­dentes, aos sa­lá­rios e aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores.

Os sin­di­catos da CGTP-IN estão a in­terpor nos tri­bu­nais ac­ções co­lec­tivas contra os ser­viços e em­presas que aplicam cortes sa­la­riais.

O se­cre­tário-geral da Fen­prof, Mário No­gueira, re­jeitou an­te­ontem a ideia de que os es­ta­be­le­ci­mentos par­ti­cu­lares possam re­ceber mais fundos do Es­tado do que as es­colas pú­blicas.

«To­tal­mente des­pro­por­ci­o­nada e ina­cei­tável», assim clas­si­fica o PCP a ac­tu­ação po­li­cial que cul­minou na de­tenção de dois di­ri­gentes sin­di­cais. Um caso que re­vela o cres­cente ner­vo­sismo do Go­verno.

A des­res­pon­sa­bi­li­zação do Es­tado na área da Cul­tura está a atingir ní­veis ini­ma­gi­ná­veis, es­tando neste mo­mento a pôr em causa a pró­pria li­ber­dade de cri­ação. Exemplo disso é o apoio às artes, cuja si­tu­ação as­sume já «con­tornos ver­da­dei­ra­mente dra­má­ticos».

Bai­xaram à co­missão para apre­ci­ação na es­pe­ci­a­li­dade as pro­postas do PCP e do BE pre­co­ni­zando al­te­ra­ções ao di­ploma do Go­verno sobre o sa­lário mí­nimo na­ci­onal para que este seja fi­xado com efeitos ime­di­atos nos 500 euros.

A Con­fe­de­ração Na­ci­onal dos Or­ga­nismos de De­fi­ci­entes re­pudia as me­didas res­tri­tivas do Go­verno que atingem du­ra­mente a so­bre­vi­vência de grande parte da po­pu­lação, par­ti­cu­lar­mente as pes­soas com de­fi­ci­ência.

Com o nú­mero mí­nimo de mi­nis­tros em fun­ções e elei­ções an­te­ci­padas pre­vistas para o final de Fe­ve­reiro ou início de Março, o go­verno ir­landês e os par­tidos da opo­sição acordam a apro­vação da lei que con­so­lida a aus­te­ri­dade re­cla­mada pela UE e FMI a troco e um em­prés­timo de mi­lhões de euros.

Mi­lhares de pes­soas con­ti­nuam a exigir na Tu­nísia a de­mo­cra­ti­zação do país e a pu­nição dos res­pon­sá­veis pela re­pressão das úl­timas se­manas e du­rante a di­ta­dura. As mo­vi­men­ta­ções de massas alas­tram no Norte de África, com ma­ni­fes­ta­ções na Ar­gélia e Egipto.

O texto que se segue é a in­ter­venção de Blade Nzi­mande, Se­cre­tário-geral do Par­tido Co­mu­nista Sul-Afri­cano (SACP), na aber­tura do 12.° En­contro In­ter­na­ci­onal de Par­tidos Co­mu­nistas e Ope­rá­rios (ICWP), re­a­li­zado em Tshwane, na África do Sul, de 3 a 5 de De­zembro de 2010.