Pela Con­fe­rência Na­ci­onal do PCP dos dias 12 e 13 de No­vembro passou o País real: os tra­ba­lha­dores, seus sa­lá­rios e di­reitos; os utentes e a de­fesa dos ser­viços pú­blicos; os jo­vens e suas as­pi­ra­ções. E o Par­tido que or­ga­niza e im­pul­siona a sua luta.

A úl­tima edição do Avante!, com um su­ple­mento sobre os mais graves pro­blemas que afectam os tra­ba­lha­dores e o povo e as pro­postas do Par­tido para os su­perar, foi mo­tivo de uma venda es­pe­cial, que re­velou reais po­ten­ci­a­li­dades de cres­ci­mento.

O PCP re­a­lizou na se­gunda-feira, 28, na As­sem­bleia da Re­pú­blica (AR), uma au­dição pú­blica in­ti­tu­lada «Al­te­ra­ções à le­gis­lação la­boral. De­fender os di­reitos dos tra­ba­lha­dores», onde foi anun­ciado o agen­da­mento e dis­cussão de um pro­jecto de lei, já no dia 9 de De­zembro, sobre a re­dução do ho­rário de tra­balho se­manal para as 35 horas, para todos os tra­ba­lha­dores do sector pú­blico e pri­vado. «As re­po­si­ções, con­quistas e avanços, por muito justos que sejam, não nos vão cair ao colo», sa­li­entou Paulo Rai­mundo, Se­cre­tário-geral do Par­tido.

Paulo Rai­mundo re­a­firmou o com­pro­misso de classe do PCP, de­nun­ciou a sub­missão do Go­verno ao grande ca­pital e apelou a que mais tra­ba­lha­dores se juntem à luta e ao Par­tido, que o vejam pelo que é e não pelo que dizem ser.

O PCP con­si­dera que a ope­ração da PJ no dis­trito de Beja «peca por tardia», in­cide apenas numa fracção da re­a­li­dade da ex­plo­ração e não es­gota as ac­ções que o Es­tado tem de im­ple­mentar para lhe pôr cobro.

A ga­rantia dos di­reitos de acesso a cui­dados de saúde no SNS e da mo­bi­li­dade e trans­portes têm es­tado em foco na acção rei­vin­di­ca­tiva das or­ga­ni­za­ções do PCP.

Em «tempos de­sa­fi­antes, de uma enorme ofen­siva, que re­clama uma po­de­rosa res­posta», a CGTP-IN reuniu no dia 25 de No­vembro mi­lhares de pes­soas em frente da As­sem­bleia da Re­pú­blica, re­pro­vando na rua o Or­ça­mento do Es­tado que es­tava a ser vo­tado no he­mi­ciclo e ga­ran­tindo o pros­se­gui­mento da luta. É dada pri­o­ri­dade ao au­mento geral dos sa­lá­rios, no dia-a-dia de cada em­presa e sector, e, em con­ver­gência, na se­mana de 10 a 17 de De­zembro.

A Ah­resp e as em­presas con­ces­si­o­ná­rias res­pon­deram às justas rei­vin­di­ca­ções dos tra­ba­lha­dores com a ex­plí­cita in­tenção de re­ti­rada de di­reitos e re­cu­saram ini­ciar ne­go­ci­a­ções com os sin­di­catos.

Na con­cen­tração de dia 23, junto do Mi­nis­tério da Saúde, du­rante o quarto e úl­timo dia de greve, os en­fer­meiros e o SEP/​CGTP-IN afir­maram a de­ter­mi­nação de manter a luta, va­lo­ri­zando re­sul­tados.

A dis­cussão em torno do Or­ça­mento do Es­tado para 2023 ficou con­cluída no dia 25, com a sua apro­vação em vo­tação final global pela mai­oria ab­so­luta do PS, as abs­ten­ções de PAN e Livre e os votos contra das res­tantes ban­cadas.

O PCP en­tregou ontem no Par­la­mento um pro­jecto de lei com al­te­ra­ções ao Es­ta­tuto do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde (SNS) ori­en­tadas para a re­so­lução de pro­blemas no sector e para travar uma ainda maior en­trega dos cui­dados de saúde aos grupos eco­nó­micos.

«Ser­viços Pú­blicos de Pro­xi­mi­dade e Qua­li­dade – Exigir o Cum­pri­mento da Cons­ti­tuição!» foi o lema do 14.º En­contro Na­ci­onal do Mo­vi­mento de Utentes dos Ser­viços Pú­blicos (MUSP), que se re­a­lizou, dia 26, nas ins­ta­la­ções d’ A Voz do Ope­rário, em Lisboa.

Com a nova em­presa In­ter­mu­ni­cipal de Águas do Alto Alen­tejo, em Alter do Chão, Ar­ron­ches, Crato, Cas­telo de Vide, Fron­teira, Ga­vião, Marvão, Nisa, Ponte de Sor e Sousel já se sente o brutal au­mento dos preços da água.

Na As­sem­bleia da União de Fre­gue­sias de Al­verca do Ri­ba­tejo e do So­bra­linho foi apro­vada, no dia 24 de No­vembro, a de­sa­gre­gação destas fre­gue­sias, nos termos do n.º 2 do ar­tigo 25.º da Lei n.º 39/​2021.

No Reino Unido, fer­ro­viá­rios, en­fer­meiros, em­pre­gados dos cor­reios, pro­fes­sores uni­ver­si­tá­rios, entre ou­tros tra­ba­lha­dores, exigem a su­bida de sa­lá­rios de acordo com a in­flação. De­correm greves e anun­ciam-se novas pa­ra­li­sa­ções até ao final do ano.

Re­sul­tado da re­cente vi­agem in­ter­na­ci­onal do pre­si­dente Mi­guel Díaz-Canel, Cuba deu um im­pulso às re­la­ções po­lí­ticas e eco­nó­micas com di­versos par­ceiros. O pé­riplo de­sen­rolou-se entre os dias 16 e 25 deste mês e in­cluiu vi­sitas à Ar­gélia, Rússia, Tur­quia e China.

O PAIGC reuniu em Bissau o seu 10.º Con­gresso e re­e­legeu para um novo man­dato Do­mingos Si­mões Pe­reira, na pre­si­dência do par­tido desde 2014. O PAIGC quer re­gressar ao poder e pro­mover o de­sen­vol­vi­mento da Guiné-Bissau.

Com a par­ti­ci­pação do Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração, de­correu em Hanói a XXII As­sem­bleia Mun­dial da Paz, que as­sumiu o com­pro­misso de re­do­brar os es­forços na luta pela paz e contra o im­pe­ri­a­lismo.

Tra­di­ções

«À Porta», Ciclo de Con­certos de Natal pro­mo­vido pela Santa Casa da Mi­se­ri­córdia de Évora, com um pro­grama mu­sical en­qua­drado com o es­pí­rito da época. En­trada livre.

Dias 3 (16h00 às 17h00), 5 (14h30 às 15h30), 10 (16h00 às 17h00) e 7 de Janeiro de 2023 (16h00 às 17h00), na Igreja da Mi­se­ri­córdia de Évora (à porta), Largo da Mi­se­ri­córdia de Évora.

Circo

Fes­tival LEME, na sua 4.ª edição, este fes­tival de circo con­tem­po­râneo or­ga­ni­zado pelo 23 Mi­lhas e pela Bús­sola reúne 16 com­pa­nhias de circo, de 10 países di­fe­rentes, que re­pre­sentam 70 ar­tistas de 16 na­ci­o­na­li­dades, com 16 es­pec­tá­culos.

Até dia 4, com exi­bi­ções em Ílhavo, Ga­fanha da Na­zaré, Vista Alegre, Ga­fanha da En­car­nação e Costa Nova, con­celho de Ílhavo.

Ex­po­si­ções

Sem Corpo/ Di­sem­bo­died, uma «car­to­grafia poé­tica» do corpo hu­mano, através de 17 de­se­nhos e de uma es­cul­tura da ar­tista plás­tica Vera Mota, com cu­ra­doria de Fi­lipa Lou­reiro.

Até 14 de Maio de 2023, no Museu de Arte Con­tem­po­rânea da Fun­dação de Ser­ralves, no Porto.

Te­atro

A Sr.ª Mi­nistra, co­média cen­trada na luta pelo poder, muito li­gada à lin­guagem do ab­surdo, numa cri­ação do Te­atro Ex­pe­ri­mental de Cas­cais, com en­ce­nação Carlos Avilez.

Até 18 de De­zembro. Ses­sões de quarta a sá­bado, 21h00, ao do­mingo, às 16h00, no Te­atro Mu­ni­cipal Mi­rita Ca­si­miro, Monte Es­toril, Cas­cais.

A Noite, obra de José Sa­ra­mago que re­cons­trói o mo­mento vi­vido na re­dacção de um jornal diário na noite de 24 para 25 de Abril de 1974, pelo Te­atro Dramax Oeiras, com di­recção de Celso Cleto.

Até 18 de Dezembro, de quarta a sá­bado, às 21h30, ao sá­bado e do­mingo, às 16h00, no Au­di­tório Mu­ni­cipal Eu­nice Muñoz, em Oeiras

Mú­sica

O Mes­sias, de Händel, pelo Coral Sin­fó­nico de Por­tugal, con­jun­ta­mente com o Spa­tium Vo­cale, o Choral Phy­del­lius, a Nova Ca­me­rata de Santa Ce­cília e a Or­questra Alma Mater, sob di­recção ar­tís­tica do ma­estro João Branco e da ma­es­trina Sa­raswati.

Dia 3, 21h30, no Te­atro Vir­gínia, em Torres Novas. Dia 4, com en­trada livre, na Ba­sí­lica da Es­trela, em Lisboa.

Ca­sa­Flo­resta e an­ti­mapa flo­resta, um con­certo e uma ins­ta­lação re­la­ci­o­nados entre si e cri­ados a partir de um pro­jecto de­sen­vol­vido na Serra da Es­trela e no âm­bito do pro­jecto à es­cuta: Ca­sa­Flo­resta, com Joana Sá, Luís J Mar­tins e Lucas Ta­vares.

Dia 4 de De­zembro, con­certo e ins­ta­lação, 19h30; dias 6 e 7, ins­ta­lação, das 15h00 às 20h00, no Te­atro do Bairro Alto, Lisboa.

Ópera

Carmen, de Ge­orges Bizet, pela Com­pa­nhia de Ópera de Se­túbal, numa pro­dução da As­so­ci­ação Se­túbal Voz.

Dias 2, 3 (às 21h30) e 4 (às 17h00), no Fórum Mu­ni­cipal Luísa Todi, Se­túbal.